O concurso para a recuperação do Solar dos Magalhães, em Amarante, transformando-o num museu, um projeto do arquiteto Siza Vieira, vai ser lançado no início de 2020, disse no dia 30 de julho à Lusa o presidente da câmara.
Segundo José Luís Gaspar, está tudo preparado para a matéria ser apreciada na próxima assembleia municipal, no que toca à afetação de verbas por parte da autarquia, avançando-se, a seguir, para o processo concursal da empreitada.
O financiamento está garantido por fundos comunitários no âmbito de uma candidatura apresentada pelo município, referiu.
Estima-se que a intervenção possa representar um investimento de 2,9 milhões de euros, o que permitirá transformar as ruínas daquele solar do século XVIII, incendiado aquando das segundas Invasões Francesas, em 1809, num novo espaço museológico para a cidade.
O autarca reiterou que se deseja que aquele espaço, designado "Casa da Memória", seja "um dos mais bonitos e interessantes da cidade", o que será potenciado, em termos mediáticos, pela associação ao nome de Siza Vieira.
O futuro equipamento, na zona de Santa Luzia, terá mais de mil metros quadrados de exposição e funcionará como museu municipal, para refletir a história e a evolução do concelho.
As invasões francesas, a vida de São Gonçalo em Amarante, os mosteiros da antiga vila e os grandes vultos da cultura naturais do concelho, como Teixeira de Pascoaes e Amadeo de Souza-Cardoso, entre outros, ocuparão um lugar de destaque no futuro museu, anotou.
A intervenção, prosseguiu o edil, prevê a recuperação da área envolvente às atuais ruínas, no contexto da regeneração urbana.
Durante vários meses, decorreram trabalhos de arqueologia nas ruínas, fase fundamental para ser concluído o projeto ao nível das especialidades.
Desse estudo, referiu José Luís Gaspar, não resultaram elementos patrimoniais relevantes, além dos que já eram conhecidos pela equipa projetista.