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Conhecer o património industrial de uma cidade tecida a lã

São cinco quilómetros de documentação sobre duas das mais importantes fábricas da Covilhã que podem…

Texto de Redação

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São cinco quilómetros de documentação sobre duas das mais importantes fábricas da Covilhã que podem ser consultados no Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior. Mas é a própria cidade o testemunho de um passado fabril e laborioso que ainda tem muito por contar (e mostrar).

“Puxa o fio!” A frase solta no ar mal se ouve na parafernália ruidosa e assíncrona das máquinas, certeiras na rapidez com que se tece o tecido. “A encomenda é para sair hoje!”, ecoa uma voz determinada e feminina no ar, logo no início da curta-metragem A Paixão do Operário, que retrata a história de amor entre Manuel Roberto, operário têxtil, e Milita, filha de um industrial da Covilhã. O argumento, de Ivo Rocha da Silva e produção de João Morais Inácio, retrata uma Covilhã puramente industrial na primeira metade do século XX, ainda antes do lento declínio fabril, e metaforiza as várias paixões que, entre turnos, desencadeavam entre os operários. E talvez uma ou outra clandestina, como é o caso de Roberto e Milita.

O labor das mãos, a mestria da experiência e inovação tornaram a cidade da Covilhã uma meca no setor industrial ainda no século XVII, apelidada de “Manchester portuguesa”. Mas a história já vem das palavras de Gil Vicente, que apregoava, no século XV, os “panos finos” da Covilhã. Hoje, depois de um declínio fabril anunciado, apesar de ainda se sentir palpitações do setor na região, a Covilhã é, ela própria, a metáfora da resiliência da lã, porque, “no universo das fibras têxteis, a lã é a fibra mais resiliente quando a amachucamos e, depois, quando retiramos a solicitação, a fibra de lã recupera”, explica Rita Salvado, diretora do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior (MUSLAN) e professora na Universidade da Beira Interior (UBI).

A diretora aponta esta qualidade da lã como personificação da resposta que o museu deu em tempos difíceis, não da indústria propriamente dita, mas a originada pela covid-19: “De facto, a equipa do Museu de Lanifícios deu provas também de grande resiliência [na pandemia]” e confessa que tem “muito orgulho na equipa e na resiliência que mostrou”, porque, conta a diretora, muitos projetos que estavam a ganhar forma foram interrompidos e a equipa, já de si reduzida, viu-se obrigada a ficar em casa com os respetivos filhos.

A produtividade foi afetada. Mas a organização tornou-se a chave da equipa e um projeto de alunos do mestrado de Comunicação Estratégica da UBI não podia ter vindo em melhor altura: “Foi um projeto que a pandemia apanhou precisamente a meio, mas iniciado na altura certa porque nos permitiu de imediato, com a ajuda do grupo de alunos do mestrado de Comunicação Estratégica, definir um plano de comunicação a partir das nossas redes sociais”, conta a diretora. O museu passou do físico para o digital e ganhou outra expressão em tempos confinados.

Situado no centro da cidade, o “Museu de Lanifícios, com a sua missão de salvaguardar e conservar o património industrial dos lanifícios, contribui para preservar esta história e para ajudar a cidade a refletir, a perceber e a questionar sobre o que foi, sobre o que é, e o que deseja ser”, especifica a diretora. Este é o objetivo do MUSLAN, criado para preservar o património industrial da cidade através da conservação de maquinaria, infraestruturas e documentos.

O atual edifício está classificado como Imóvel de Interesse Público e é um museu polinucleado, ou seja, tem dois polos: a Real Fábrica dos Panos, mandada construir pelo Marquês de Pombal em 1764, hoje o edifício principal da UBI e com uma exposição permanente; e a Real Fábrica Veiga, junto à ribeira da Goldra, que acolhe o MUSLAN e o Centro de Documentação/Arquivo Histórico.

“Os arquivos são a maior riqueza deste museu porque está cá aquilo que foi possível salvaguardar, de tudo o muito que se perdeu, da história das fábricas”, refere Elisa Calado Pinheiro, historiadora, fundadora do MUSLAN e reconhecida como uma das mulheres mais notáveis da História recente da Covilhã. A documentação das duas “mais importantes fábricas da Covilhã, a Fábrica Alçada e a Fábrica Campos Melo”, perfazem cinco quilómetros de estantes de documentação, explica. Um acervo importante e à distância de um clique, acessível a todos, através do projeto Arquiotex. Para a historiadora, é importante conhecer bem o nosso passado para pensarmos o presente e projetar o futuro.

Não foi ao acaso que, quando as sinergias se alinharam para projetar o MUSLAN, Elisa Calado Pinheiro cunhou o slogan “os fios do passado a tecer o futuro” ao projeto. O lema é agora adaptado também à autarquia da cidade. Mas que importância tem este museu na zona? Que impacto pode o património industrial ter na identidade da Covilhã? Conhecer e preservar o passado é a chave para construir o presente.

Máquina a vapor com mais de três metros, no MUSLAN

Uma descoberta ocasional e a invenção da roda... hidráulica

A ideia não era nova. E, para perceber isso, foi preciso recuar até ao primeiro quartel do século XIX: “É uma ideia antiga porque o patrono deste edifício onde nos encontramos, o José Mendes Veiga filho, já tinha colaborado na criação de um museu industrial no Porto e tinha já reservado uma série de máquinas que ele considerava que eram equipamentos representativos da História dos lanifícios.”

O gosto com o que Elisa Calado Pinheiro fala sobre o património industrial da Covilhã, do qual é especialista, consegue-se perceber no rosto. Explica como quem conta uma história tradicional. No jardim do MUSLAN, com a água da ribeira da Goldra a fazer o seu percurso de milénios, os pássaros a passearem entre as árvores e o ruído ocasional de motas a passarem, lá no cimo, na estrada, a conversa flui sem tempo. A historiadora explica que já nessa altura havia uma preocupação em preservar os materiais que definiam os lanifícios. Não (ainda) na Covilhã, mas no Porto.

Só a partir das décadas de 40 e 50 do século XX é que começou a surgir a vontade de ter na cidade um museu da indústria. “Chamava-se Museu Têxtil porque foi na altura em que começaram a surgir outras fibras e, portanto, a criação de um Museu Têxtil era uma ideia que tinha alguma sequência.” Mas uma descoberta ocasional, em 1975, baralhou os planos.

É que a Fábrica Real dos Panos foi perdendo expressão entre 1840 e 1885, e o edifício que deu lugar àquele ainda hoje é lembrado como o quartel militar. “Portanto, foi-se perdendo a memória de que [o edifício] foi uma fábrica [a Real Fábrica dos Panos, mandada construir pelo Marquês de Pombal]” e, quando as obras começaram no Batalhão de Caçadores 2, o local para o Instituto Politécnico da Covilhã (hoje UBI), descobriram-se poços cilíndricos e umas fornalhas “e não se percebia bem o que era aquilo. Foi assim que foi que o conjunto foi classificado”, conta a historiadora.

Mais tarde, a avaliação de Natália Correia Guedes, especialista do Instituto do Património Cultural (IPC), deu o veredito: aquelas estruturas eram, de facto, uma manufatura real e as suas oficinas de tinturaria datadas do século XVIII. Mas era preciso identificar de que fábrica era, pois a memória tinha-se desvanecido. Após essa primeira avaliação, Elisa Calado Pinheiro entra na história dos lanifícios da cidade.

Elisa Calado Pinheiro foi reconhecida como uma das mulheres mais notáveis da História recente da Covilhã

A historiadora foi chamada a integrar a Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial (APAI) e tornou-se a representante da região centro. Nesse contexto, foi criado o grupo dos têxteis no qual a historiadora pertencia em conjunto com Jorge Custódio, Luísa Santos e Isabel Ribeiro, nomes sonantes do património industrial.

“Nós só começámos a trabalhar aqui em 1986. Foi quando o Instituto Universitário fez o protocolo com a Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial” e a ideia de um museu avivou-se ainda mais. “Surgiu, de facto, uma campanha para que, entre o Instituto Politécnico e a Câmara, se construísse um museu aqui”, recorda. Burocracias e entrelinhas à parte, a historiadora passou a integrar o Instituto Politécnico da Covilhã e foi “requisitada” para ser a responsável por dar seguimento ao processo de um novo museu na cidade. Entre 1986 e 1992, Elisa Calada Pinheiro dedicou-se ao projeto, inspirada pelo trabalho do arqueólogo Cláudio Torres em Mértola.

“Pensei que a Covilhã estava a precisar disso porque a cidade na altura tinha perdido, no fundo, o paradigma do seu desenvolvimento económico que era a indústria. Estava a lançar um novo modelo de desenvolvimento ao terceirizar a cidade, portanto, uma cidade que começa a ser, também, de serviços.” À época, a cidade da Covilhã estava a tentar reinventar-se: o declínio das indústrias capitalistas de lanifícios tinha começado ainda na década de 1950 e as consequências ainda se sentiam no tecido empresarial e no proletariado.

A historiadora acredita que “as ideias nunca nascem do nada e, portanto, nós temos de visitar, conhecer muitas coisas para construir uma ideia. E a minha inspiração foi o trabalho que eu vi desenvolvido pelo Cláudio Torres em Mértola” e a ponte entre as ruínas do passado e a preparação do futuro começou a ser trabalhado por Elisa Calado Pinheiro, numa vertente de desenvolvimento sustentável da cidade. Em 1992, o sonho tornou-se realidade.

O museu, outrora a Real Fábrica Veiga, não foi ao acaso construída junto à ribeira da Goldra, a sul da Covilhã. A água era uma importante força motriz que acionava os mecanismos na fase final do tecido – na cardação e na tinturaria. E num gesto de inovação, inventou-se a roda, mas a hidráulica.

Covilhã foi a primeira cidade do país a ter este mecanismo aplicado à indústria, ainda quando se utiliza a energia a vapor. Uma investigação de Elisa Calado Pinheiro revela o documento que menciona a contratação por parte de António Pessoa de Amorim, o concessionário da Real Fábrica dos Panos, de um técnico francês para que instalasse nas suas fábricas a primeira roda hidráulica de Portugal, em 1815.

A água era essencial neste processo. A ribeira da Goldra era conhecida como a ribeira dos pisões, oficinas nas margens do curso de água por onde entrava o tecido que saía do tear e que, com a água, levava uma operação de encorpamento e de encolhimento. Dali o tecido saía mais forte, mais resistente e, se bem apisoado, resistente à água. Mais a norte, na ribeira da carpinteira, a água também cumpria as suas funções na cadeia de vida do tecido.

O último vestígio deste tipo de oficinas, o Tinte Velho (ou tinturaria do Ranito), foi demolido no início deste ano, uma obra do século XVIII. Ainda no início deste século, Elisa Calado Pinheiro fez, no âmbito de uma parceria com o Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR) e com a UBI, a identificação do primeiro conjunto industrial do país onde estava, inclusive, o Tinte Velho. Anos e burocracias mais tarde ditaram a demolição do último espécime de pisão na cidade que Elisa Calado Pinheiro tentou evitar. Mostrou o seu desagrado a quem de direito e aponta que “trabalhar para a comunidade não deve cansarmos, são apostas que devemos continuar não prescindindo nunca dos nossos princípios”.

Com um pesar no olhar, a historiadora e Rita Salvado falam da inestimável perda que se assistiu no património da Covilhã. “Era um marco da história da nossa cidade e, portanto, não sendo o edifício glamoroso tinha um valor para contar a nossa história. É insubstituível porque era o último, de maneira que é uma perda irreparável e que urge não repetir”, afirma Rita Salvado.

É nesta tónica que ambas referem a importância da preservação do património industrial da cidade como identidade de um povo e de uma época, o caminho que colide com o futuro: “Quanto mais instruídas as pessoas são, melhor. E como muitas pessoas da área do design, que são grandes criativos, e como nós sabemos que a criatividade não nasce do nada, tendo de estar assente no conhecimento anterior, nós aqui temos, de facto, um mundo de conhecimento excecional que é o património industrial. Que são as memórias conservadas que museu de lanifícios tem”, aponta Elisa Calado Pinheiro.

Preservar e conhecer o que outrora tornou a Covilhã na cidade fábrica é uma das linhas do sistema educativo do MUSLAN, que convida escolas a aprender a olhar para o tecido com outros olhos.

Este é um antigo tear que se pode ver no MUSLAN

O design e o futuro do património industrial

E se pudesse fazer o percurso que outrora os pastores faziam com as ovelhas desde Espanha até à Covilhã? É possível através da Rota da Lã Translana, que permite a qualquer um conhecer e interpretar estas rotas seculares. O projeto transfronteiriço, coordenado por Elisa Calado Pinheiro, ainda diretora do MUSLAN em 2007, permitiu o reconhecimento de mais de mil locais de interesse entre Comarca de Tajo-Salor-Almonte, na Extremadura espanhola, e a Beira Interior.

E no MUSLAN, o serviço educativo permite, entre outras atividades, fazer a tosquia das ovelhas com as crianças. Na parte do debuxo, “temos uma atividade de tecidos à lupa que no fundo é olhar para os tecidos” e copiar, porque uma das técnicas do debuxo é precisamente essa, a de copiar. “É preciso desfazer o tecido para ver como é que ele é feito para depois se reproduzir”, explica Rita Salvado. “Temos uma atividade que passa os tecidos à lupa. Essa abordagem, de espião, de ver como é que é o tecido em detalhe”, aponta.

As atividades, antes da pandemia, iam ser alargadas a outros níveis de ensino escolar, mas a paragem obrigatória deixou os planos em suspenso. Resta agora com o reabrir progressivo que os projetos que Rita Salvado e a sua equipa têm para o MUSLAN se concretizem. Até lá, a diretora e a historiadora estão ligadas noutro projeto, também ele, ambicioso: a candidatura da Covilhã a cidade criativa do Design, na qual integram o Conselho de Curadoria.

Os fios e o labor das mãos, Mural de Rega Salgado nas portas do Sol, Covilhã

Mas o que liga a Covilhã, com um passado de lanifícios, a uma cidade do design? O debuxo, por si só, é uma das formas de design: é através desse desenho técnico que se percebe, entre outras especificidades, o padrão do tecido. No concelho da Covilhã, os lanifícios ainda estão presentes e são a fonte de rendimento de centenas de operários, e estas fábricas são as responsáveis pela produção de, sobretudo, fardamento. E ao longo do tempo, com a implementação da UBI na malha urbana, o design ganhou um contorno mais académico, aponta Rita Salvado, com a abertura dos cursos de Design de Moda, Design Industrial ou Design Têxtil.

A cidade da Covilhã ainda tem uma forte componente fabril, um passado ainda escondido por detrás da modernidade atual e que pode ser explorado no webdoc Covilhã Fábrica, que reúne a linha temporal da cidade que, por agora, quer continuar a reinventar-se através do seu património cultural, histórico e industrial.

“É essa a nossa missão, de preservar a história e contá-la para nos fazer questionar. Aliás, o património industrial dos lanifícios é um património vivo na cidade e faz sentido refletir sobre o que somos atualmente e o desenvolvimento que queremos ter […] Portanto haver sempre aqui uma cooperação própria com a indústria”, reflete Rita Salvado. Aceitar a identidade da cidade e renová-la através do seu passado é, seguramente, o fio condutor para uma malha mais resistente no tempo, nesta que é uma cidade tecida a lã.

Texto e fotografias de Ana Sofia Paiva

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