fbpx
Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Covilhã recebe primeira marcha pelos direitos das pessoas LGBTQIA+

Pela primeira vez a região da Beira Interior vai ser palco de uma marcha de combate à discriminação.

Texto de Sofia Craveiro

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Um coletivo de jovens de várias idades juntou-se para levar a cabo a iniciativa "Covilhã a Marchar" que acontece este sábado, pelas 15 horas, na Cidade Neve. O evento é inédito na região e já reuniu o apoio de vários partidos políticos e organizações da sociedade civil.

“A ideia é dar voz à comunidade LGBTQIA+ no interior”, explica ao GERADOR Marta Almeida, membro da organização. A jovem afirma que a discriminação ainda é “algo que está enraizado no quotidiano desta comunidade”, daí que seja necessário sensibilizar a população e promover o debate em torno deste tema. “No interior ainda é preciso fazer um caminho longo, daí fazermos esta primeira marcha, que já existe em Viseu e Vila Real”, acrescenta.

Fotografia via Facebook 'Covilhã a Marchar'

A base do movimento "Covilhã a Marchar" consolida-se num manifesto que defende que "a luta LGBTQIA+ também é pela Coesão Territorial, porque os direitos têm de ser iguais em todos os locais". O documento foi subscrito pelos partidos Livre, PAN, Volt e Bloco de Esquerda, que estarão representados na marcha. Além destes, também o PCP estará presente, apesar de não ter subscrito o manifesto. A par com os partidos, o documento foi subscrito por dezenas de organizações e associações locais e nacionais.

Para já, a iniciativa realiza-se na Covilhã, mas existe a possibilidade de alargar a outras cidades da região, como Fundão, Guarda ou Castelo Branco. “A ideia é que a 'Covilhã a Marchar' possa ser um coletivo onde as pessoas livremente possam entrar - ou sair se não se identificarem -, e fazer a luta na rua, no espaço público, porque acreditamos que é aí que devemos reivindicar os nossos direitos”, diz Marta Almeida.

A par com a divulgação do manifesto, o grupo reuniu com o executivo camarário, com o objetivo de “encontrar soluções conjuntas para a comunidade LGBTQIA+ da região”. Na sessão, o coletivo de jovens propôs que a bandeira de riscas coloridas fosse hasteada nos paços do concelho e que o edifício da Câmara Municipal fosse iluminado com as cores da mesma, no dia 17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. As propostas não foram acolhidas exatamente nos moldes pretendidos, porém a bandeira foi pendurada numa varanda do edifício. “Do nosso ponto de vista é um passo para que, no próximo ano, já estejam mais conscientes e abertos para a pendurarem mesmo no mastro”, diz Marta Almeida.

Fotografia via Facebook Beira BaixaTv

Além disso, foi proposta a criação de um Plano Municipal para a Inclusão de pessoas LGBTQIA+, porém a Câmara Municipal informou já estar a desenvolver um Plano Municipal Para a Igualdade, pelo que o coletivo espera que nele sejam acolhidas as suas reivindicações.

A autarquia foi convidada a participar na marcha deste sábado, mas a presença de um representante ainda está por confirmar, segundo Marta Almeida.

O ponto de encontro para o início da marcha será junto ao Jardim da Goldra, no Anfiteatro da Ponte Mártir-in-Colo. O manifesto pode ser subscrito até que a atividade se inicie.

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

16 Abril 2024

‘Psiquiatria Lenta’: Crónicas de João G. Pereira no Gerador editadas em livro

9 Abril 2024

Fernando Dacosta: “Baixou-se o nível das coisas que fomenta a infantilização das pessoas”

3 Abril 2024

Festival Bons Sons convida o público a viver a aldeia em toda a sua diversidade

2 Abril 2024

Mariana Vieira da Silva: Marcelo “será visto como alguém que contribuiu para a instabilidade”

26 Março 2024

Diana Andringa: “o jornalismo está a colaborar na criação de sociedades antidemocráticas”

19 Março 2024

Leonor Chicó: “no nosso quintal já se sentem os efeitos da crise climática” 

16 Março 2024

José Pacheco Pereira atribuiu nota 7 à probabilidade de uma guerra na Europa

12 Março 2024

A Open Food Facts quer empoderar os consumidores através da informação

5 Março 2024

Bolsa Amélia Rey Colaço abre candidaturas para 7ª edição

29 Fevereiro 2024

50 Abris: diferentes retratos da liberdade precisam de apoio para sair em livro

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Práticas de Escrita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Produção de Eventos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Narrativas animadas – iniciação à animação de personagens [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

O Parlamento Europeu: funções, composição e desafios [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online ou presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Soluções Criativas para Gestão de Organizações e Projetos [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online e presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Comunicação Digital: da estratégia à execução [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Pensamento Crítico [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação à Língua Gestual Portuguesa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

22 ABRIL 2024

A Madrinha: a correspondente que “marchou” na retaguarda da guerra

Ao longo de 15 anos, a troca de cartas integrava uma estratégia muito clara: legitimar a guerra. Mais conhecidas por madrinhas, alimentaram um programa oficioso, que partiu de um conceito apropriado pelo Estado Novo: mulheres a integrar o esforço nacional ao se corresponderem com militares na frente de combate.

Saber mais

1 ABRIL 2024

Abuso de poder no ensino superior em Portugal

As práticas de assédio moral e sexual são uma realidade conhecida dos estudantes, investigadores, docentes e quadros técnicos do ensino superior. Nos próximos meses lançamos a investigação Abuso de Poder no Ensino Superior, um trabalho jornalístico onde procuramos compreender as múltiplas dimensões de um problema estrutural.

A tua lista de compras0
O teu carrinho está vazio.
0