O Dicionário da Invisibilidade vai trazer histórias de luta de volta à capital. O livro editado pela associação SOS Racismo retrata as vidas de mais de três mil pessoas, que, apesar de vistas como “invisíveis”, estiveram na linha da frente das lutas sociais.
Após terem passado por vários locais, dentro e fora do país, as sessões de apresentação vão agora voltar a realizar-se em Lisboa, no recente espaço AH!.
De acordo com a informação divulgada pela associação, o Dicionário da Invisibilidade foi criado com o objetivo de “mostrar que, para se ter conseguido acabar com aquelas opressões e barbáries dos séculos passados (hoje, algumas ainda vão subsistindo ou reaparecendo), muitas e muitos se levantaram, lutaram, morreram sem que o soubéssemos, sem que tivéssemos dado conta”.
A obra é fruto do trabalho de 160 pessoas, oriundas dos 5 continentes, que colaboraram para destacar as personalidades retratadas. As ilustrações são assinadas por André Carrilho. Os cinco continentes estão divididos em seis capítulos (América Latina, Estados Unidos e Canadá, África, Ásia e Médio Oriente, Oceânia e Europa), sendo que, em cada um deles as entradas estão organizadas por temas como "Lutas sociais" e "Cultura e Ciências". No total, são mais de três mil entradas referentes a nomes como Berta Cáceres, Alcindo Monteiro, Mário Pinto de Andrade, Zeca Afonso, Miriam Makeba, entre outros.
Além desta mostra, o livro será também apresentado na Feira do Livro e na Sede da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, onde estará também patente uma exposição com os desenhos de André Carrilho.