fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Dinh€iro: mala voadora apresenta versão teatral da série “Dallas” na Culturgest

Dinheiro, armas, petróleo e intrigas familiares formam o combo necessário para ambientar a nova peça…

Texto de Ricardo Gonçalves

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Dinheiro, armas, petróleo e intrigas familiares formam o combo necessário para ambientar a nova peça da companhia mala voadora Dinh€iro, que passa pela Culturgest, em Lisboa, desta quarta-feira, dia 29 de maio, a sábado, dia 1 de junho.

No palco, onde uma nota nota americana - com o chavão “In God We Trust” serve de décor, é apresentado um remake da “série mais famosa dos anos 80” Dallas em que se compila a história da família Ewing, da sua empresa Ewing Oil e do célebre Southfork Ranch onde a mesma vive. Dinh€iro começa por ser um drama doméstico mas que rapidamente evolui para uma história que mistura política, interesses económicos e disputas de poder.

A série exibida de 1978 a 1991 fascinou espetadores um pouco por todo o mundo, funcionando por isso, como uma das grandes exportações da cultura americana. A ideia ocorreu a Jorge Andrade, encenador da peça, que era também um desses espetadores.

“Lembrei-me porque era miúdo e via o Dallas, que foi exibido em horário nobre durante anos, tendo sido a primeira exportação massiva cultural americana, naquela escala, nos anos 80. Havia 90 paises que exibiam. Encomendámos os 344 episodios e resolvemos escolher aquilo que nos interessava mais para contar a história”, explica.

No entanto, a vontade de fazer algo sobre dinheiro já vinha de antes. “Nós queríamos fazer algo sobre dinheiro, desde o espetáculo Amazónia e Fausto, sendo que a seguir até vamos fazer um outro que se chama Money. Interessa-nos o tema e não temos nada aquela visão pessimista que o dinheiro corrompe e que a bondade está no lado dos necessitados. Nós achamos que se fazem péssimas coisas com dinheiro, como é evidente, mas também se fazem coisas muito boas”, refere.

Não obstante, para Jorge Andrade Dinh€iro tem também um papel de denúncia e de diálogo com a realidade atual. “Claro que há uma denúncia muito presente, mas não acho que a arte deva ter um papel muito concreto. Acho que a arte se deve legitimar exatamente por não fazer parte de contexto nenhum e de criar a sua pertinência para existir. Porém, às vezes não consigo resistir em ser mais explícito”, realça.

Para este espetáculo e uma vez que não havia recursos suficientes para comprar os direitos da série, Jorge Andrade optou por reescrever os diálogos, todos em língua inglesa. Desta forma, todas as falas da peça são feitas em playback pelos atores que assumem uma representação exagerada, mas que no fim de contas ganha um acréscimo de humor. “É uma outra maneira de entendermos o arquivo. Não me interessa transportá-lo para dentro do palco e partilhá-lo como historiador ou sociólogo. Interessa-me pegar em registos que já tenham algo de ficcional e assim brincar entre o que é realidade e ficção”, conclui.

Texto de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografia de João Peixoto

Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

16 Junho 2025

Para as associações lisboetas, os Santos não são apenas tradição, mas também resistência

29 Maio 2025

Maribel López: “Temos de tentar garantir que os artistas possam dar forma às suas ideias”

28 Maio 2025

EuroPride: associações LGBTI+ demarcam-se do evento mas organização espera “milhares” em Lisboa

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

17 Abril 2025

Estarão as escolas preparadas para os desafios apresentados pela IA? O caso de Portugal e da Bélgica 

17 Março 2025

Ao contrário dos EUA, em Portugal as empresas (ainda) mantêm políticas de diversidade

6 Janeiro 2025

Joana Meneses Fernandes: “Os projetos servem para desinquietar um bocadinho.”

23 Dezembro 2024

“FEMglocal”: um projeto de “investigação-ação” sobre os movimentos feministas glocais

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Artes Performativas: Estratégias de venda e comunicação de um projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Gestão de livrarias independentes e produção de eventos literários [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Patrimónios Contestados [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

12 MAIO 2025

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

Nos últimos anos, observa-se na Europa uma tendência crescente de criminalização do ativismo climático, com autoridades a recorrerem a novas leis e processos judiciais para travar protestos ambientais​. Portugal não está imune a este fenómeno: de ações simbólicas nas ruas de Lisboa a bloqueios de infraestruturas, vários ativistas climáticos portugueses enfrentaram detenções e acusações formais – incluindo multas pesadas – por exercerem o direito à manifestação.

Shopping cart0
There are no products in the cart!
Continue shopping
0