Divas Tech é “uma comunidade que promove a igualdade através da educação”. Criado em 2021, por Isabel Melo, é um projeto que procura inspirar mulheres e contribuir para a igualdade de género, “provando que o lugar da mulher é verdadeiramente onde ela quiser, inclusive na tecnologia”.
A comunidade é constituída por programadoras, designers e gestoras de projetos. Estas, por sua vez, partilham a sua experiência com outras mulheres que querem iniciar uma carreira nas mesmas áreas. Tal como nos explicou a fundadora do projeto, é “através de iniciativas gratuitas e da procura por oportunidades democráticas”, que o Divas Tech promove a inclusão e a igualdade para todas as mulheres.
Segundo a nota de imprensa, alguns dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostram que, entre 2015 e 2020, a participação feminina na indústria tecnológica cresceu 60%, com cada vez mais mulheres a ocupar cargos que, até então, eram quase exclusivamente desempenhados por homens. Deste modo, a missão deste projeto “é abrir caminhos para todas as mulheres, ao mesmo tempo que reage a um crescimento da demanda da indústria por novas profissões e por perfis cada vez mais qualificados”. Para além disso, através desta comunidade, as mulheres participantes têm a oportunidade de sair da sua situação socioeconómica mais vulnerável e conseguir agarrar novas oportunidades de emprego. “A proporção de mulheres e homens é muito discrepante. Logicamente que isso se dá por muitos fatores, mas acredita-se que um deles seja porque as mulheres não são tão incentivadas a driblar essa realidade”, salientou Melo.
A equipa é, atualmente, composta por voluntários e voluntárias, e conta com profissionais espalhados pelo Brasil e pela Europa. O primeiro parceiro internacional foi a Angry Ventures, um estúdio digital português “que apoiou o desenvolvimento do negócio e a construção do website do Divas Tech”. No futuro, estão previstas parcerias com outras empresas de tecnologia, divulgação e organização de cursos, e ainda a oferta de bolsas de estudo e de material, como computadores ou outros equipamentos tecnológicos.
“O projeto tem um foco maior no Brasil, mas Portugal é um aliado de grande importância pois, para além de ter empresas que já se demonstraram interessadas, também recebe anualmente dezenas de imigrantes brasileiros”, explicou Isabel Melo. Assim, a fundadora acredita que o nosso país irá “beneficiar com a migração de mulheres” que obtiveram experiência tecnológica através do Divas Tech, no Brasil.
Todas as mulheres brasileiras e portuguesas, de qualquer etnia e a partir dos 16 anos de idade, podem participar no Divas Tech. Terão acesso a cursos online, equipamentos e internet, e ainda à “oferta de oportunidades de trabalho nas empresas parceiras” do projeto. “Acreditamos que a condição socioeconómica não pode ser limitadora para mulheres que sonham. Juntas, ajudar-nos-emos umas às outras e, com o apoio dos nossos parceiros, conquistaremos cada vez mais conhecimento, voz e espaço”, lê-se no website da comunidade.
Isabel Melo caracteriza o projeto como um “agente de mudança que realmente quer fazer a diferença”, tendo como principais objetivos a inclusão e a igualdade, a democratização do conhecimento, e o empoderamento feminino.
Se quiseres fazer parte da comunidade Divas Tech ou apoiar o projeto, consulta o seu site e encontra todas as informações.