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“Do Lugar Onde Estou Já Fui Embora”: nova exposição coletiva para refletir sobre a privacidade no mundo contemporâneo

Uma exposição que pretende entrar em diálogo com a atualidade, tendo como mote a ideia…

Texto de Ricardo Gonçalves

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Uma exposição que pretende entrar em diálogo com a atualidade, tendo como mote a ideia de privacidade – seja ela existencial ou pública e por inerência política – é a proposta de um grupo de 21 curadores da Pós-Graduação em Curadoria de Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Com verso “roubado” a Manoel de Barros a servir de título, a exposição colectiva Do lugar onde estou já fui embora inaugura este sábado, dia 15 de junho, pelas 16h00, na Galeria Liminare, integrada na Junta de Freguesia do Lumiar, em Lisboa.

André Romão, Horácio Frutuoso, Hugo Canoilas, João Fonte Santa, Luísa Cunha, Miguel Tavares, Pedro Barateiro e Pedro Gomes compõem o grupo de artistas que nesta exposição apresentam peças e performances relacionadas com o tema pensado pelo grupo de curadores ao longo de um ano de curso.

Em declarações ao Gerador, Francisco Correia, um dos curadores, falou do tema escolhido que, no seu entender, teria que ser dialogante com as questões presentes na atualidade. “Nunca se pôs sequer a opção de organizarmos uma exposição que lidasse com arte contemporânea e que não ligasse a alguma questão atual. Isso foi um dado adquirido. Queríamos uma problemática que fosse visível e depois de uma série de hipóteses a que começou a ser mais consensual foi a de pensar a privacidade, que é um tema muito debatido e que se intensificou com a questão das redes sociais”, explica.

Escolhido o tema central, foram ainda decididos três conceitos “nucleares” para a forma como a mostra se estrutura. “Temos a normatização de comportamento, a diluição de identidade e a ideia de controlo. Relacionam-se entre eles e servem para pensar sobre lugar do indivíduo e da sua identidade no mundo atual”, tendo em conta a “massificação de comportamentos”, que vão desde do “consumismo à banalização de um vocabulário economicista”, acrescenta o curador.

Além da mostra, que estará patente até ao dia 31 de agosto, estão marcadas para o dia da inauguração duas performances, de Pedro Barateiro e Hugo Canoilas, e a apresentação do site specific de João Fonte Santa.

Assim, este sábado, Pedro Barateiro apresenta Como Fazer uma Máscara e Hugo Canoilas lê o texto Sandes de Merda. O momento de reflexão coletiva continua com a apresentação de Quer ser o seu Big Brother? Pergunte-me como:, site-specific de João Fonte Santa, que estabelece um percurso de ligação entre a Galeria Liminare e o vizinho Mouras Shopping Center, através de uma instalação constituída por cartazes, uma sequência de autocolantes e uma série de desenhos a marcador sobre vinil acrílico que representam imagens da vida íntima de utilizadores anónimos de redes sociais.

Shiu (Luísa Cunha, 2018). Créditos fotográficos atribuídos à artista.

No dia 6 de julho o espaço da exposição acolhe também uma sessão de curtas- metragens com a presença dos realizadores, a começar às 16h00. Sala Vazia de Afonso Mota, 2015 (Ficção), Os Mortos de Gonçalo Robalo, 2018 (Documentário), e Tu.Tu.Tu de Marcelo Tavares, 2019 (Documentário/Experimental) são as curtas escolhidas para este programa paralelo integrante, que ainda se encontra em aberto e com outros nomes por divulgar.

Do lugar onde estou já fui embora é o resultado do projeto de final de curso da 4ª edição da pós-graduação em Curadoria de Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, relativa ao ano letivo de 2018/2019. Após um primeiro semestre com uma componente essencialmente teórica, os alunos são desafiados no segundo semestre a pensar e conceber uma exposição, pondo em prática os conhecimentos que adquiriram até então.

Do lugar onde estou já fui embora estará aberta ao público todas as quintas, sextas e sábados entre as 15h00 e as 17h30. No último dia de exposição, a 31 de agosto, está ainda marcada uma conversa com os artistas, às 16h00.

Texto de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografia de Bruno Lopes

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