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Raquel Freire

Raquel Freire: “Estas mulheres que me inspiram existem hoje, lutam por uma vida mais digna para as suas famílias, comunidades, para todas.”
Uma entrevista a Raquel Freire, autora da obra literária “Raquel, uma mulher no nosso país”, originalmente publicada na Revista Gerador 39, que podes descobrir também em baixo.

Texto de Andreia Monteiro

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A obra de Raquel Freire tem sido o reflexo de quanto «as mulheres exigem ter voz» e o do espaço que esta lhes dá para tal. Nesta Revista, escolhemos a sua voz ativista pelos sonhos, por via da escrita, para ocupar as páginas da obra literária, e Raquel não tardou em aceitar o nosso convite. 

Nascida no Porto, é cineasta, escritora, argumentista, produtora, cidadã e mãe. Estudou Direito e História e Estética do Cinema e História e Estética do Cinema Português na Universidade de Coimbra. Já conta com filmes como Rio Vermelho, Rasganço, Veneno Cura, SOS, Esta é a Minha Cara: Criadores de Teatro, L’Academie, Dreamocracy, Pela Mão de Alice, Happy Island, Mulheres do Meu País ou a trilogia de documentários Histórias das Mulheres do Meu País. Está a preparar os documentários Mulheres de Abril para 2023, e Quem Manda no Tempo com o Teatro Griot. Escreveu TransIbericLove, Ulisseia e Azul Escuro

Quando a desafiámos a escrever a obra literária desta Revista, demos-lhe total liberdade para escrever. Entregou-nos Raquel, Uma Mulher no Nosso País, que motivou a troca de perguntas e respostas que partilhamos contigo de seguida.

Raquel, uma mulher no nosso país

- E se mudasses de profissão?
A pergunta vinda de um dos meus melhores amigos, que me conhece desde 2006, que partilhou casa comigo, que esteve presente em passagens de ano, férias, e esteve sobretudo em momentos de crise e de mudança, deixou-me sem palavras.
Fiquei em choque até agora.
Dou por mim à mesa com o meu bom amigo andaluz, de vinho branco fresco na mão, a ver-me a não conseguir responder.
Dou por mim a sair de mim e a ver-me naquele pátio cheio de plantas com o meu amigo que tem um percurso de vida admirável, que escolheu caminhos difíceis, ele que tem legitimidade para me pôr estas questões, para me pôr em questão.

- Se não consegues viver do teu trabalho, das tuas obras, dos filmes e dos livros, e estás sempre a trabalhar, então tens que considerar que sabes fazer muitas coisas mais do que cinema.
O meu amigo argumenta numa mistura de português e andaluz que faz com que cada palavra me embale.

- E fazer o quê? Eu adoro escrever, adoro realizar filmes… adoro dar aulas, fiquei tão triste quando fui despedida com a austeridade e nunca mais me readmitiram, ficou lá um homem sem as minhas qualificações, a ganhar metade.

- Tu tens muitas capacidades sociais, podes facilmente trabalhar em projectos sociais, culturais, artísticos.

- Isso não existe cá!, resmungo rabugenta.

- Não tens que abandonar os filmes completamente, mas imagina-te a fazer outra coisa.
Ele tenta com aquele sotaque musical do demo.

- Desistir?
Aí dei por mim a desaparecer. Na musicbox da minha cabeça pela primeira vez um silêncio estranho.
Fiquei tão fora de mim que nem música consigo ouvir dentro de mim.

- Não era desistir, era um nuevo camiño.

Vejo-me a voltar a mim, a reagir como posso:

- Tenho de escrever um artigo para uma revista que gosto muito.
- Pagam?
- Sim.
- Não trabalhas mais se não te pagarem. Não é justo.
Uma voz de mulher leva-me de volta ao meu filme Mulheres do Meu País.
- O meu maior sonho é deixarem-me sonhar, ouço a voz da Mynda Guevara, a mulher rapper negra da Cova da Moura que protagonizou o filme no repeat forever da musicbox da minha cabeça.
Vejo as mulheres de todas as idades e regiões com quem falei e na véspera cancelaram porque o marido não autorizava as filmagens. A invisibilidade das mulheres do nosso país dava um filme. Dou por mim nas filmagens quando fomos filmar as mulheres na nova fase em que estavam das suas vidas e tivemos surpresas maravilhosas, onde a busca da justiça se concretizou. Dessa nova aventura nasceu a série Trilogia Histórias das Mulheres do Meu País acompanhando de perto a história de cada uma destas bravas.
Estes momentos de partilha com as mulheres, com as famílias, com a equipa, na preparação, nas filmagens, no pós-filmagens, na montagem, no trabalho duro, na estreia, são momentos de pura felicidade.
Dou por mim já a preparar o meu próximo filme e série Mulheres de Abril para dar voz a mulheres lutadoras antifascistas e anticolonialistas: as mães da nossa democracia.

- Raquelita, estás a viajar na maionese…
Volto a mim à gargalhada.

- Estou aqui, agora.
Dou por mim a pensar nos anos em que não consegui fazer férias, não tinha como, noutros estava a trabalhar, meses e meses seguidos sem parar, e o cansaço que acumulei, os esgotamentos, os burnout como se diz agora.
Penso sempre nas pessoas que não podem fazer férias. Todavia o meu amigo quer respostas. E se eu só tiver perguntas?

- Então…como ser mentalmente saudável num mundo como este?

- Isso é uma luta diária neste mundo capitalista, mas é a nossa luta, afirma sereno o meu amigo que já foi escudo humano para crianças na Palestina irem à escola, conselheiro do Presidente do Equador, fundador dum partido que revolucionou a política europeia.

- Como é que tu (sobre)viveste e continuas a querer fazer cinema com a austeridade mais a pandemia? O meu amigo volta ao ataque.

- A austeridade filmei-a, co-realizei o documentário Dreamocracy e com ele calcorreei o país para escutar as pessoas durante meses, debatendo a nossa democracia. Descobri um país novo com o lançamento do TransIbericLove e as viagens às universidades alemãs para a tradução do Azul Escuro. Conheci um mundo novo, durante as viagens para a realização do Pela Mão de Alice, a convite do Boaventura Sousa Santos. Foi maravilhoso, agradeço tudo o que aprendi com as lideranças Indígenas, os movimentos sociais brasileiros, as lideranças e as bases do Podemos e do Syriza. Depois tive o processo criativo mais feliz da minha vida: Happy Island, a convite da coreógrafa La Ribot, com Dançando com a Diferença. Mas com muitas dificuldades, com a ansiedade da precariedade de de ter que criar uma criança, e sem conseguir apoio para os meus próprios filmes.

- E emigrar para França? Lá conseguias. Já te produziram um filme!

- Sozinha com uma criança? Eu sobrevivia, mas e o meu filho? Eu não quero desistir do meu país. Eu reclamo o meu país. Este território de liberdade, partilha, solidariedade, onde milhares de pessoas lutaram e deram a vida pela pela democracia. Não sou só eu que descendo de gerações de pessoas que morreram a lutar para que eu possa estar aqui hoje. Não vou deixar que nos apaguem da história. Estas pessoas existem hoje, lutam por uma vida mais digna para as suas famílias, comunidades, para todas. Escolheram viver aqui, como eu, e muitas nem direito à cidadania conseguem, apesar de trabalharem como novas escravas, da limpeza à arte. São heroínas anónimas. Quanto mais viajei e me apaixonei por outros, mais ganhei consciência da necessidade fundamental de, como cidadã e artista, reclamar o direito ao meu país. O poder pode até impedir-me de conseguir filmar e obrigar-me a ter que ir para o estrangeiro para ter meios mínimos para filmar, mas o poder não consegue roubar-me o meu país, as minhas pessoas, o meu valor, o nosso valor, a minha integridade.
Na musicbox da minha cabeça a voz de Lauryn Hill: “Above all you keep you clarity. You keep your focus. You keep your sense of love. And you keep your sense of purpose. Those are, they're integral. The value is internal. Your value is internal.” Até que é interrompida pelo meu bom amigo, será que ele sabe que eu ouço música na minha cabeça?

- Emocionas-me, cariño!
É Teyana Taylor que canta agora: “We got love! You better believe it!”, a lembrar-me das minhas ancestrais.

- Para resistir fui às minhas avós, inspirei-me nos exemplos de vida delas, na minha mãe e no livro sagrado de resistência que me deram e me acompanhou: As Mulheres Do Meu País da magnífica Maria Lamas. Foi também o meu acordar para a acção cinematográfica duma consciência colectiva: as mulheres exigiam ter voz. Sem igualdade não há democracia e metade da população nunca teve esse direito, direito que lhe continua a ser negado. Tinha de dar voz às mulheres que vivem neste território no século XXI: assim nasceu o filme Mulheres Do Meu País.

- Tinhas medo?

- De não conseguir mudar a forma como se faz cinema. Seria possível fazer cinema com ética? Criar estratégias novas? Aprofundar práticas feministas, antirracistas, anticolonialistas, anti-lgbtifobia, anti idadistas, anti-capacitistas, ecologistas, com linguagem inclusiva, com tempo para partilha, debate de ideias, análise das práticas?
O meu amigo continua a questionar-me.

- É possível fazer cinema respeitando estes valores e práticas?

- Este foi o desafio para mim e para toda a equipa. Foi uma experiência maravilhosa com uma equipa que respeito e ficámos amigues. Mas embarrámos em problemas estruturais: como erradicar a corrupção do exercício dos poderes? Como despatriarquizar e descolonizar os poderes que dominam o cinema, os circuitos a ele associados e o sector da cultura no nosso país? Como resolver o problema das desigualdades de forma estrutural se as velhas soluções não funcionaram, e já identificámos os poderes da cultura no nosso país como estruturalmente machistas, lgbtifóbicos, colonialistas e racistas? Como desconstruir a falsa questão da meritocracia no cinema?

- Problemas colectivos exigem soluções colectivas.

- Fundámos este ano a MUTIM: Associação das Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento, somos muitas!

- Bravo!

- Temos de inventar novas narrativas, olharmos para as nossas histórias com novos olhos, sem medos, as nossas, que foram silenciadas.

- É o teu novo projecto?

- É o momento de dar voz às nossas Capitãs de Abril. A história foi até agora contada por homens e sobre os homens: impõe-se uma mudança de olhar, de quem conta, de quem cria, para que meio século depois da nossa revolução, ela possa chegar ao cinema. Estas mulheres lutaram por uma mudança de paradigma de liberdades e direitos humanos…
O riso do meu amigo interrompe-me.

- Já tens financiamento?

- Estou com as produtoras a trabalhar nisso, é uma nova produtora de mulheres, para podermos realizar os nossos projectos, e trabalhar sobre a invisibilidade das mulheres, a Madame Filmes.

- Adoro o nome! Sabes que eu não te disse pra desistires, pero para abrires horizontes?

- Já me puseste a pensar, quando volveres a Lisboa, continuaremos a conversar.

- Te quiero.

Quisemos saber mais sobre a inspiração desta obra e partilhamos contigo, de seguida, a breve entrevista que fizemos à Raquel.

Gerador (G.) – Foste a autora da obra literária desta Revista Gerador, com uma história da tua própria resiliência. De que forma sustentas a tua resiliência pelos exemplos de vida de outras mulheres? 

Raquel Freire (R. F.) – A vontade de contar uma história e de criar a minha narrativa enquanto artista, precária, mulher, mãe «solteira», cidadã, amiga, filha, irmã: como fabricar a liberdade para mim e para todes, na vida como no cinema. Descendo de gerações de pessoas que morreram a lutar para que eu possa estar aqui hoje, de mulheres antifascistas, feministas, desde a minha bisavó Rita Oliveira, republicana, professora num tempo em que poucas conseguiam estudar, que nunca adotou o nome do marido. Foi uma lutadora democrata anónima que morreu na véspera da Revolução e a sonhar com ela. Estas mulheres que me inspiram existem hoje, lutam por uma vida mais digna para as suas famílias, comunidades, para todas. Escolheram viver aqui, como eu, e muitas nem direito à cidadania conseguem, são discriminadas pela cor da pele, classe social, identidade sexual, apesar de trabalharem como novas escravas, da limpeza à arte. São as nossas heroínas anónimas. Estas mulheres inspiraram-me a escrita do livro TransIbericLove, do conto Ulisseia, dos guiões de filmes baseados neles, e juntamente com a obra da magnífica Maria Lamas, os filmes Mulheres Do Meu País e a trilogia Histórias Das Mulheres Do Meu País. Mas mais do que isso, estas mulheres dão-me força no meu dia a dia, fazem-me sentir que não sou a primeira a querer realizar os meus sonhos. As 14 mulheres que protagonizam estes filmes e as da equipa são uma fonte de sororidade na minha vida. Criámos formas de partilha e de apoio informais. São das amizades mais importantes, para mim. Ter sido convidada por duas colegas que admiro para integrar a Madame Filmes tem sido trabalhar com alegria. E nós, Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento, termos fundado a Mutim este ano foi emocionante: agora sei que não estou sozinha.

G. – «Desistir? Aí dei por mim a desaparecer», escreves. Quais são os fins de ciclo que mais sentes enquanto desaparecimento da pessoa que és? E o que distingue esses dos demais? 

R. F. – Quando sou impedida de sonhar. Como diz a Mynda Guevara, uma rapper brilhante da Cova da Moura em Mulheres do Meu País: o meu maior sonho é deixarem-me sonhar. Todas as crianças devem ter o direito a sonhar, e esse direito é inalienável ao longo da nossa vida. Isso é diferente dos fins de ciclo: quando termino uma criação, um filme, um guião, uma série, um conto, um romance. Quando terminei o Rasganço, dei por mim a sentir: eu não tive depressão pós-parto, mas pós-filme… estou a sentir um vazio. Entretanto, já tinha começado a escrever o próximo, Veneno Cura. Foi essa paixão por contar uma nova história dando voz a cinco personagens complexas que se redimem e se emancipam através do amor que consegui fazer o meu luto. Tenho também os ciclos de vida, ponho-me em questão, o que me faz mudar de vida. Não são sempre momentos agradáveis. Mas «Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades», como canta o Zé Mário Branco em plenos pulmões na musicbox da minha cabeça para desentristecer nestes momentos de luto e renascimento.

G. – Mulheres do Meu País foi o filme em que te propuseste a contribuir para o combate à invisibilidade das mulheres do nosso país. Pensando no momento em que surgiu a ideia de avançares com este filme e no momento presente, em que já o concluíste e partilhaste com todas as pessoas, que diferenças notas, em ti, enquanto marcas deste projeto e a tua forma de o entenderes? 

R. F. – O filme ainda não estreou no cinema, nem na RTP1. Sinto que estou no início da partilha, que foi afetada pela pandemia que prejudicou gravemente o meu setor de trabalhadores da cultura. Um filme existe quando é visto e a antestreia, por mais emocionante que tenha sido, que foi (!), sabe a pouco. A boa notícia é que foi selecionado para competição no Porto Femme International Film Festival. A trilogia Histórias Das Mulheres Do Meu País (HMMP), que fiz em seguida, já estreou na RTP1 e RTP2. Foi uma alegria receber tantos telefonemas, mails, mensagens, comentários, partilhas nas redes sociais. Este projeto foi o maior desafio a que me propus e a uma equipa. As mulheres exigiam ter voz. Para conseguir realizar um cinema que as respeitasse, tínhamos de fazer a nossa autocrítica, porque vivemos todes neste mundo machista, racista. Seria possível mudar a forma de trabalhar, os preconceitos enraizados que não vemos, tentar criar novas práticas de trabalho e convivência? Seria possível fazer cinema com ética? Aprofundar práticas feministas, antirracistas, anti-lgbtifobia, anti-idadistas, anti-capacitistas, ecologistas, com linguagem inclusiva, com tempo para partilha, debate de ideias? Foi um processo de criação e crescimento ao longo da realização dos cinco filmes, às vezes duro, mas quase sempre duma grande felicidade.

G. – Deste por ti a preparar o teu próximo filme, Mulheres de Abril. De que forma estas «mulheres lutadoras antifascistas e anticolonialistas» elevam a história de Abril, tornando-se valioso olhar para a mesma com novos olhos? 

R. F. – A nossa Revolução de Abril nasceu de três dinâmicas: militares (maioria dos estudos), político-partidárias (já há alguns) e movimentos sociais (ainda no início). As mulheres estavam nas político-partidárias e muito nos movimentos sociais, e essa é toda uma história que está por contar. A história foi até agora contada por homens e sobre os homens: impõe-se uma mudança de olhar, de quem conta, para que meio século depois da nossa Revolução, ela possa chegar ao cinema. Sou uma filha da Revolução e cresci com duas das 12 mulheres que vou filmar em Mulheres de Abril: a grande Virgínia Moura (numa animação que vou corealizar com a Tainá Maneschy, como já fizemos para a trilogia HMMP), e Ruth Rodrigues, a minha mãe, uma militante antifascista, sindicalista, feminista, professora anónima, que nasceu em 1942 no Couto de Dornelas, Trás-os-Montes. Formei-me enquanto cidadã a ouvir a minha mãe contar as estratégias que usava para manter a sua dignidade e resistir à PIDE que a assediava todas as manhãs quando ia dar aulas na Telescola, a ouvir a Virgínia Moura contar como foi presa 17 vezes pela PIDE e nunca falou, apesar de todas as torturas, e de como o amor pelas pessoas lhe deu forças para continuar. Há uma história de fazer a resistência e de luta pela democracia para contar, feita pelas mulheres, a par da luta armada (que algumas fizeram): o cuidar, organizar, criar redes, construir casas, escolas, hospitais, aldeias, livros, pensamento, arte, crianças — são ações revolucionárias que fizeram a nossa Revolução de Abril em Portugal continental, ilhas e territórios africanos ocupados. É o momento de dar voz a mulheres lutadoras antifascistas e anticolonialistas: as mães da nossa democracia.

A obra literária foi originalmente publicada na Revista Gerador 39, que podes comprar aqui:

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