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Espólio do pintor Veloso Salgado vai do Chiado para a Golegã

O Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado vai ter um espaço expositivo no Palácio…

Texto de Carolina Franco

At the cemetery (1890) – José Veloso Salgado

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O Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado vai ter um espaço expositivo no Palácio do Pelourinho, na Golegã, para onde vai ser transferido o espólio do pintor José Veloso Salgado, que atualmente se encontra nas reservas do museu. Segundo a agência Lusa, o protocolo de colaboração foi assinado no dia 15 de fevereiro entre  Paula Araújo da Silva, a diretora-geral do Património Cultural, e José Veiga Maltês, o presidente da Câmara Municipal da Golegã. 

O espólio de Veloso Salgado foi doado pela sua neta à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e atribuído ao Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC). Inclui mobiliário, objetos de arte e várias esculturas, que falam pela época em que o artista viveu. A escolha do Palácio do Pelourinho deveu-se ao facto de este permitir “reconstituir ambientes oitocentistas da casa de Ferreira Chaves e Veloso Salgado, cujas famílias viviam em conjunto, num projeto inédito de recriação de ambientes do quotidiano destes artistas”.

Do Chiado para a Golegã 

Segundo o protocolo a que a Lusa teve acesso, parte das peças do espólio de Veloso Salgado “não se integram na vocação ou perfil” do MNAC, “dedicado especialmente às categorias de pintura, escultura, fotografia e obras sobre papel, a partir de 1850 até à atualidade”. O polo do MNAC na Golegã funcionará em articulação com a Casa-Estúdio Carlos Relvas — situada perto do palácio—, onde se encontra atualmente o núcleo de fotografia do espólio de Veloso Salgado, no Arquivo de Documentação Fotográfica, que pode vir a ser lá exposto. 

José Veiga Maltês disse à Lusa que a escolha representa “uma mais valia” para a Golegã, sendo esta uma vila que acolhe vários espaços de relevo como o Museu Municipal Martins Correia (com o espólio do escultor e pintor modernista), a Casa-Estúdio Carlos Relvas (construída pelo fotógrafo) e ainda o núcleo da Fundação José Saramago, na aldeia da Azinhaga. 

O Plano de Valorização do Interior 

No passado dia 13 de fevereiro o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, disse no parlamento que iria ser criado um polo do Museu Nacional de Arte Contemporânea numa cidade do interior do país. No dia seguinte a ministra da cultura, Graça Fonseca, prestou declarações à Lusa, dizendo que a exposição de obras de arte provenientes das reservas dos museus nacionais em museus regionais e locais, faz parte do Plano de Valorização do Interior criado pelo Governo. 

Um dos objetivos do plano é "identificar obras de arte existentes em reservas nos museus nacionais que não estejam em exibição (e para as quais não existe espaço físico disponível para as expor), definindo parcerias com museus regionais e/ou locais para a sua exibição”, como acontece neste caso com o MNAC. 

Veloso Salgado, o artista português que nasceu em Espanha 

Nascido em Orense, Espanha, no ano de 1864, Veloso Salgado tornou-se um cidadão português e frequentou as aulas da Academia de Belas- Artes de Lisboa entre 1883 e Frequentou os ateliers de Cabanel, Delaunay, Benjamin Constant, Laurens e Cormon e Paris, para onde se mudou ao ser admitido na Escola de Belas-Artes. Foi eleito académico de mérito da Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde regressou em dezembro de 1895 para ser professor interino, por intermédio do amigo José Ferreira Chaves.

Entre outros acontecimentos importantes na sua carreira, foi convidado para decorar a sala de audiências do Tribunal de Comércio na Bolsa do Porto e participou na Exposição Universal de St. Louis, onde foi premiado com uma medalha de prata. Em 1906 executou “A Medicina através dos séculos”, um conjunto de grandes painéis destinados a decorar a Sala dos Actos do novo edifício da Escola Médica de Lisboa. 

Sabe mais sobre José Veloso Salgado, aqui

Texto de Carolina Franco e Lusa
Fotografia de Pedro Ribeiro Simões disponível via Flickr

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