fbpx
Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Eu e os meus milhões

Se há coisa em que já todos pensámos, esta é de certeza uma delas: “e…

Opinião de Nuno Varela

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Se há coisa em que já todos pensámos, esta é de certeza uma delas: "e se eu ganhasse o Euromilhões?!".

Com esta pergunta vem um mar de ideias e projetos que, apesar da possibilidade de ganhar ser mínima, todos nós já perdemos um tempinho a planear. Apesar de tudo, jogamos para ganhar.

Há uns tempos, vi um documentário que entrevistava alguns vencedores de grandes prémios e admito que fiquei um bocado assustado. Parece que o número de pessoas que ganhou e agora se encontra em extrema miséria é enorme.
Já ouvi falar de alguns casos em Portugal, mas sempre pensei em má gestão e total descontrolo na posição de novo milionário.

Mas há muito mais que vem com o prémio: o falso amor, as falsas amizades, o querer fazer tudo e a família - vi um caso de uma senhora que metade da família deixou de trabalhar, e exigiram, ordenados, casas, carros e etc.

Ainda esta  semana soube de um caso de um senhor africano que ganhou 12 milhões  e hoje não tem nada, nem uma casa.
Bem, com tudo isto, tenho a dizer que também eu tenho a minha lista, e acho que passaria muito mais em ajudar outros do que propriamente usá-lo em coisas materiais. Acho que chegando a um patamar de ter mais de 10 milhões, a satisfação de poder ajudar milhares de pessoas vai ser, e deveria ser, muito superior à compra de um carro ou uma casa. Com tão pouco podemos fazer a diferença na vida de tantas pessoas.
Como não sou milionário, não sei, mas muitas vezes me questiono se as notícias que eu vejo, os ricos não as vêem também - refugiados, países com fome, mesmo aqui em Portugal crianças a precisar de tratamentos etc. -, ou o que sentem quando estão a ver essas situações. Não quero com isto dizer que as pessoas não são ajudadas.  Antes pelo contrário, há muito milionário a ajudar diferentes causas, mas penso que podia ser mais, muito mais.

Vi, há uns dias, que a lista dos 200 bilionários do mundo chega a um valor de quase 600 biliões. Eu não percebo muito do assunto, mas pelas minhas contas metade desse valor não acabava com muitos problemas no mundo?

E outra dúvida, para que precisa uma pessoa de 1 bilião?!
Será que se fica cego e de coração frio quando se chega ao 1 milhão?

Isto sou só eu a questionar-me sem querer apontar dedos, mas acho que se chegasse a esse patamar provavelmente iria passar o resto dos meus dias a fazer pessoas felizes. Se tivesse os mais de 100 biliões que tem o senhor Jeff Bezos, deixava todos à minha volta muito bem e o resto seria andar pelo mundo a mudar vidas, e acreditem que com esse dinheiro deixava muita gente feliz. Ontem foi sexta. Se estas a ler isto e jogaste no Euromilhões e não souberes onde gastar, procura-me no Instagram que tenho boas ideias para discutirmos enquanto pagas uma mariscada.

-Sobre Nuno Varela-

Nuno Varela, 36 anos, casado, pai de 2 filhos, criou em 2006 a Hip Hop Sou Eu, que é uma das mais antigas e maiores plataformas de divulgação de Hip Hop em Portugal. Da Hip Hop Sou Eu, nasceram projetos como a Liga Knockout, uma das primeiras ligas de batalhas escritas da lusofonia, a We Deep agência de artistas e criação musical e a Associação GURU que está envolvida em vários projetos sociais no desenvolvimento de skills e competências em jovens de zonas carenciadas.Varela é um jovem empreendedor e autodidata, amante da tecnologia e sempre pronto para causas sociais. Destaca sempre 3 ou 4 projetos, mas está envolvido em mais de 10.

Texto de Nuno Varela
Fotografia de Lucas Coelho

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

18 Abril 2024

Bitaites da Resistência: A Palestina vai libertar-nos a nós

16 Abril 2024

Gira o disco e toca o mesmo?

16 Abril 2024

A comunidade contra o totalitarismo

11 Abril 2024

Objeção de Consciência

9 Abril 2024

Estado da (des)União

9 Abril 2024

Alucinações sobre flores meio ano depois

4 Abril 2024

Preliminares: É possível ser-se feliz depois de um abuso?

4 Abril 2024

Eles querem-nos na guerra

2 Abril 2024

Defesa da Europa

2 Abril 2024

O dia em que o relógio parou

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Soluções Criativas para Gestão de Organizações e Projetos [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Narrativas animadas – iniciação à animação de personagens [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Produção de Eventos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Comunicação Digital: da estratégia à execução [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online ou presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Pensamento Crítico [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

O Parlamento Europeu: funções, composição e desafios [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online e presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Práticas de Escrita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação à Língua Gestual Portuguesa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

22 ABRIL 2024

A Madrinha: a correspondente que “marchou” na retaguarda da guerra

Ao longo de 15 anos, a troca de cartas integrava uma estratégia muito clara: legitimar a guerra. Mais conhecidas por madrinhas, alimentaram um programa oficioso, que partiu de um conceito apropriado pelo Estado Novo: mulheres a integrar o esforço nacional ao se corresponderem com militares na frente de combate.

1 ABRIL 2024

Abuso de poder no ensino superior em Portugal

As práticas de assédio moral e sexual são uma realidade conhecida dos estudantes, investigadores, docentes e quadros técnicos do ensino superior. Nos próximos meses lançamos a investigação Abuso de Poder no Ensino Superior, um trabalho jornalístico onde procuramos compreender as múltiplas dimensões de um problema estrutural.

A tua lista de compras0
O teu carrinho está vazio.
0