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Cinema Ideal programa ciclo em solidariedade com cineastas iranianos presos

O primeiro filme, de Jafar Panahi, é exibido esta quinta-feira. Até dia 3 de agosto, serão também exibidas películas de Mohammad Rasoulof e Mostafa Aleahmad.

Texto de Redação

Fotografia disponível através do Facebook do Cinema Ideal. (“Táxi” de Jafar Panahi)

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A mais antiga sala de cinema em Lisboa vai programar uma semana de filmes em solidariedade com três realizadores iranianos, opositores do regime de Teerão, que foram detidos este mês.

"A perseguição a realizadores, como a qualquer outro artista, apenas por expressarem as suas ideias através dos seus filmes, é uma situação inaceitável", afirmou, em comunicado, a direção do Cinema Ideal.

Recordando que "o cinema iraniano tem tido uma presença regular e muito significativa" nas salas portuguesas, o Cinema Ideal programará filmes do Irão, a partir desta quinta-feira, 28 de julho, abrindo com Táxi (2015), rodado e protagonizado por Jafar Panahi clandestinamente.

Em 2015, Panahi foi distinguido com o Urso de Ouro do festival de Berlim, mas não pode receber o prémio porque estava impedido de sair do país.

No Ideal serão ainda exibidos Três Rostos (2018), também de Panahi, O mal não existe (2020), de Mohammad Rasoulof, premiado em Berlim em 2020, A lei de Teerão, Saeed Roustaee, e O vendedor (2016), de Asghar Farhadi, Óscar de melhor filme estrangeiro em 2017.

A eles juntam-se os filmes Shirin (2008) e Um alguém apaixonado (2012), de Abbas Kiarostami, aquele "que foi durante muitos anos a figura tutelar do cinema iraniano".

Os realizadores Mohammad Rasoulof e Mostafa Aleahmad foram detidos a 8 de julho, acusados de perturbação da ordem pública e de terem encorajado protestos contra o governo iraniano, após o colapso de um prédio, em maio, no sudoeste do Irão, que causou mais de 40 mortos.

Na altura, um grupo de realizadores iranianos, liderado por Rasoulof, publicou uma carta aberta pedindo a deposição de armas das forças de segurança em resposta à "corrupção" e "incompetência" do governo.

Dias depois, também o realizador Jafar Panahi foi detido em Teerão, com os tribunais a obrigarem-no a cumprir uma pena de seis anos de prisão, de acordo com uma sentença proferida em 2010.

Panahi, de 62 anos, um dos realizadores mais premiados do Irão, tinha sido condenado, em 2010, por "propaganda contra o regime", depois de apoiar o movimento de protesto de 2009, contra a reeleição do ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad como Presidente do Irão.

O realizador recebeu uma pena de seis anos de prisão e 20 anos de interdição de viajar, filmar ou falar nos media. Detido por dois meses em 2010, Panahi vivia em regime de liberdade condicional, que poderia ser revogado a qualquer momento.

A semana de cinema iraniano é anunciada numa altura em que se estreia nos cinemas portugueses o filme Estrada Fora, uma primeira obra de Panah Panahi, filho de Jafar Panahi. O filme, inspirado na história da irmã, quando saiu do Irão, acompanha uma família em viagem, de carro, tentando chegar à fronteira, para escapar ao regime opressivo do país.

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