fbpx
Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Exibidores de cinema fazem apelo em carta aberta ao Ministério da Cultura

As exibidoras de cinema em Portugal pediram esta sexta-feira, dia 27 de março, ao Governo…

Texto de Lusa

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

As exibidoras de cinema em Portugal pediram esta sexta-feira, dia 27 de março, ao Governo medidas específicas que compensem o encerramento temporário das salas, porque “há custos altíssimos e incomportáveis” com pagamento de rendas e salários.

“As empresas estão preocupadíssimas com a situação, porque a única fonte de receita é a exibição, a publicidade e, eventualmente, a ajuda de outros serviços, como é o caso das pipocas e refrigerantes”, afirmou à agência Lusa Lima de Carvalho, secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC), que representa a maioria da rede de exibição comercial.

A APEC divulgou hoje uma carta aberta, dirigida ao Ministério da Cultura e ao Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), apelando a “medidas que evitem a progressiva fragilização económica das empresas ou até mesmo o incumprimento das suas obrigações sociais, patrimoniais e fiscais”.

Questionado pela Lusa sobre medidas específicas para as exibidoras, Lima de Carvalho não entrou em pormenores: “O que se pede é apoio. Não sabemos quais as disponibilidades quer do Ministério da Cultura quer do ICA para poder apoiar. Neste momento é uma solicitação genérica e um alerta para a situação das salas de cinema nesta emergência”.

Segundo o secretário-geral da APEC, neste momento não estão em risco nem os postos de trabalho nem os salários dos cerca de dois mil trabalhadores que laboram nos recintos de cinema, “mas tudo dependerá da evolução” do estado de emergência.

“Com o encerramento, os cinemas não têm qualquer fonte de onde lhes provenha qualquer tipo de receita para enfrentar esta situação”, disse.

Na carta aberta, a associação afirma que “os operadores continuam com custos altíssimos e incomportáveis”, estimados em três milhões de euros, para, mais à frente, especificar que esse valor é gasto em pagamento de rendas e salários.

“Após a proibição administrativa de encerramento das salas, como é que vai ser recuperado o público e em que condições é que as salas podem ser reabertas? Não se sabe, tudo depende do tempo de encerramento e de eventuais apoios que neste momento não existem”, afirmou o secretário-geral.

A APEC representa a maioria das exibidoras em Portugal, com cerca de 450 das 583 salas de cinema. Entre as empresas representadas por esta associação estão as empresas NOS Cinemas, UCI, Cineplace, Cinema City e Socorama.

De acordo com o ICA, em 2019 a exibição comercial de cinema gerou 83,1 milhões de euros de receita de bilheteira, dos quais 50,9 milhões de euros (61,3%) foram registados nas 219 salas exploradas pela NOS Cinemas.

Desse total das receitas, a exibidora UCI (45 salas) obteve 9,3 milhões de euros, a Cineplace (85 salas) 9,1 milhões de euros, a Cinema City (46 salas) 6,1 milhões de euros e a Socorama (31 salas) 3,8 milhões de euros.

Este mês, as exibidoras foram encerrando as salas de cinema ao público, depois de o Governo ter declarado o estado de alerta, e decretado depois o estado de emergência, para conter a propagação da doença Covid-19.

Além das medidas extraordinárias, gerais para as empresas e trabalhadores, uma das específicas para o setor do cinema abrange as exibidoras.

Por decisão do ICA, os exibidores deixam, temporariamente, de reter 7,5% do preço de venda ao público dos bilhetes de cinema, porque a rede de exibição comercial está praticamente paralisada.

Para a APEC, esta é “uma medida inútil, porque não havendo receita não há nada a reter”. Segundo Lima de Carvalho, uma das atividades da APEC, a Festa do Cinema, com três dias de exibição de cinema a preços reduzidos, deverá ser adiada de maio para outubro, em data a confirmar.

Texto de Lusa
Fotografia de Kaitlyn Baker disponível via Unsplash

Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online ou presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Soluções Criativas para Gestão de Organizações e Projetos [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Pensamento Crítico [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Produção de Eventos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online e presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Práticas de Escrita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Comunicação Digital: da estratégia à execução [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

O Parlamento Europeu: funções, composição e desafios [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Narrativas animadas – iniciação à animação de personagens [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação à Língua Gestual Portuguesa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

1 ABRIL 2024

Abuso de poder no ensino superior em Portugal

As práticas de assédio moral e sexual são uma realidade conhecida dos estudantes, investigadores, docentes e quadros técnicos do ensino superior. Nos próximos meses lançamos a investigação Abuso de Poder no Ensino Superior, um trabalho jornalístico onde procuramos compreender as múltiplas dimensões de um problema estrutural.

8 DE ABRIL 2024

A pobreza em Portugal: entre números crescentes e realidades encobertas

Num cenário de inflação galopante, os salários baixos e a crise da habitação deixam a nu o cenário de fragilidade social em que vivem muitas pessoas no país. O número de indivíduos em situação de pobreza tem vindo a aumentar, mas o que nos dizem exatamente esses números sobre a realidade no país? Como se mede a pobreza e de que forma ela contribuiu para outros problemas, como a exclusão social?

A tua lista de compras0
O teu carrinho está vazio.
0