A cidade de Guimarães recebe a 33.ª edição dos Festivais Gil Vicente, que celebra o teatro contemporâneo e as novas dramaturgias. Entre os dias 2 e 11 de junho, um conjunto de seis espetáculos sobem aos vários palcos da cidade para distinguir as novas gerações de artistas nacionais nesta edição.
Na edição de 2021, destacam-se três espetáculos em estreia absoluta na 33.ª edição, “Cordyceps”, de Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça, que expõe o imaginário de um vírus que contagia e manipula uma sociedade; “A Fragilidade de estarmos juntos”, de Miguel Castro Caldas, António Alvarenga e Sónia Barbosa, sobre o dilema democrático e “Ainda estou aqui”, de Tiago Lima, uma reflexão sobre o acesso excessivo à informação. Todos os espetáculos têm hora marcada para as 19h30, no palco do Centro Cultural Vila Flor e do Centro Internacional das Artes José de Guimarães.
Com a direção artística de Rui Torrinha, os Festivais Gil Vicente resultam da parceria d’A Oficina com a Câmara Municipal de Guimarães e o Círculo de Arte e Recreio – CAR e promovem o encontro da cidade com a cultura teatral, nomeadamente o convite à aproximação dos mais jovens ao teatro contemporâneo.
Sobre a transversalidade dos Festivais Gil Vicente, Adelina Pinto, vereadora da Cultura e presidente d’A Oficina, refere que “estes eventos convocam para discussões que são atuais, como a questão das mulheres ou da democracia, assim como a imprevisibilidade do futuro devido a esta pandemia”.
A partir de dia 2 de junho, a cidade de Guimarães revisita o teatro contemporâneo no olhar de jovens. A estreia dos Festivais inicia-se, nesse dia, com a companhia Sillyseason, que apresenta “Fora e Campo”, uma performance que discute a emancipação da mulher.
Texto de Ana Mendes
Fotografia de Alípio Padilha
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