fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Governo lança LEME, site para promover a literacia mediática

Foi lançada a plataforma Literacia e Educação Mediática em linha (LEME), um sítio na internet…

Texto de Redação

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Foi lançada a plataforma Literacia e Educação Mediática em linha (LEME), um sítio na internet que agrega, organiza e referencia recursos de apoio à educação para os media. O projeto, apresentado ontem pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, e pelo Secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, está disponível gratuitamente para o público em geral e, em especial, para professores e alunos.

Agregando diferentes tipos de recursos de literacia mediática, como áudios, imagens, jogos, planos de atividades e vídeos, o LEME surge com "o propósito principal de servir de ferramenta facilitadora do trabalho de educadores e professores, do ensino pré-escolar ao ensino secundário, que queiram explorar aprendizagens relacionadas com os media", pode ler-se no comunicado do Governo, enviado às redações.

"Quando estamos a trabalhar literacia dos media, literacia digital, estamos a pôr nas mãos de cada aluno das nossas escolas um instrumento fundamental para a preservação da democracia e para a manutenção da sua própria liberdade", afirmou o secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, na apresentação da plataforma, que aconteceu ontem, dia 8 de setembro, em formato online.

João Costa lembrou os resultados do último teste PISA - Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que, entre outros aspetos, concluiu que nove em cada 10 alunos portugueses não distinguem factos de opinião na leitura de um texto. "Se eu não distingo factos de opiniões, sou muito mais facilmente manipulável, se eu não leio até ao fim, fico-me pelo título e se desisto quando não percebo, só consigo lidar com aquela informação facilitada e não com informação com uma natureza mais densa, mais rica", apontou o governante.

Ainda que os educadores e professores sejam os destinatários preferenciais desta ferramenta, a plataforma está disponível para o público em geral que pretenda aceder, no sentido de promover a literacia mediática e o combate à desinformação.

O LEME "tem potencial para ser explorado por uma maior diversidade de agentes: pais e encarregados de educação, pelos próprios alunos, por grupos/instituições e cidadãos interessados em realizar iniciativas, projetos e atividades de promoção e desenvolvimento da educação para os media e da literacia mediática em diferentes contextos de aprendizagem, formais, não formais ou informais", é dito em comunicado.

Cada recurso disponível no site, além de estar hiperligado à sua origem, é apresentado através de uma sinopse que sintetiza informações úteis, como temas e objetivos gerais.

"A valorização da literacia mediática é fundamental por questões de cidadania e de participação social, para que todos possam participar de forma informada. [...] Todos estamos vulneráveis quando estamos nas redes sociais, quando lemos uma notícia, quando vemos uma notícia na televisão ou nos chega uma informação na internet, nós estamos vulneráveis e tendemos a acreditar na notícia. [...] Hoje em dia esse é campo fértil para manobras voluntárias, às vezes involuntárias, de desinformação e isso mina as democracias, destrói a democracia", referiu o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, que também participou na sessão de lançamento.

O projeto, que pretende manter a continuidade com o permanente acrescento de recursos, é da responsabilidade de um grupo de trabalho multidisciplinar, coordenado pela Secretária-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM) e formado por investigadores, professores, formadores, jornalistas e representantes de instituições públicas, sendo o site custeado pelo .PT.

"Em termos conceptuais, o LEME está alinhado com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e com a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania. Também o Referencial de Educação para os Media  e o Referencial Aprender com a biblioteca escolar se encontram entre as principais referências teóricas deste projeto, influenciando, por exemplo, a forma como estão organizados os campos de pesquisa "Etiquetas" e "Áreas", é citado.

O grupo de trabalho conta com a participação de representantes do CENJOR, da agência LUSA, do ISCTE e OBERCOM, do MILObs e do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, do Público na Escola, da Rede de Bibliotecas Escolares, do Sindicato dos Jornalistas, da Visão Júnior, da Direcção-Geral da Educação, da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (as duas últimas, juntamente com a SGPCM, também em representação do GILM - Grupo Informal sobre Literacia Mediática), e, a título individual, do jornalista e investigador Paulo Pena e do professor e formador Vítor Tomé.

Texto com Lusa
Fotografia de brotiN, via Pexels

Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

16 Junho 2025

Para as associações lisboetas, os Santos não são apenas tradição, mas também resistência

29 Maio 2025

Maribel López: “Temos de tentar garantir que os artistas possam dar forma às suas ideias”

28 Maio 2025

EuroPride: associações LGBTI+ demarcam-se do evento mas organização espera “milhares” em Lisboa

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

17 Abril 2025

Estarão as escolas preparadas para os desafios apresentados pela IA? O caso de Portugal e da Bélgica 

17 Março 2025

Ao contrário dos EUA, em Portugal as empresas (ainda) mantêm políticas de diversidade

6 Janeiro 2025

Joana Meneses Fernandes: “Os projetos servem para desinquietar um bocadinho.”

23 Dezembro 2024

“FEMglocal”: um projeto de “investigação-ação” sobre os movimentos feministas glocais

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Artes Performativas: Estratégias de venda e comunicação de um projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Gestão de livrarias independentes e produção de eventos literários [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Patrimónios Contestados [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

12 MAIO 2025

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

Nos últimos anos, observa-se na Europa uma tendência crescente de criminalização do ativismo climático, com autoridades a recorrerem a novas leis e processos judiciais para travar protestos ambientais​. Portugal não está imune a este fenómeno: de ações simbólicas nas ruas de Lisboa a bloqueios de infraestruturas, vários ativistas climáticos portugueses enfrentaram detenções e acusações formais – incluindo multas pesadas – por exercerem o direito à manifestação.

Shopping cart0
There are no products in the cart!
Continue shopping
0