Há vários meses que o movimento “Parar o gás” anunciou que hoje, dia 13 de maio, iria “parar o terminal de gás natural liquefeito (GNL) no Porto de Sines”. Nas últimas semanas, assistimos à ocupação de vários estabelecimentos de ensino, um pouco por todo o país, por parte da “Greve Climática Estudantil”. O objetivo era reunir 1.500 pessoas que estivessem dispostas a participar na iniciativa de hoje. Até agora, os jovens ativistas apenas conseguiram pouco mais de 200 assinaturas.
A porta-voz Catarina Viegas não adiantou muito sobre como vai decorrer esta ação de desobediência civil, mas explicou “que vão sair autocarros de Lisboa, do Porto ou de Coimbra, e que o ponto de encontro será em Sines, para uma ação para a qual pede que as pessoas levem água e comida”.
O movimento escolheu a localidade de Sines por ser “a principal porta de entrada do gás fóssil em Portugal”, uma infraestrutura que alimenta “o sistema de exploração e opressão, no qual o lucro está no centro e não a vida das pessoas”. Catarina Viegas chama mesmo ao terminal de GNL um “local de crime”, lamentando que se vão investir mais 900 milhões de euros em infraestruturas para gás natural, que na verdade é fóssil.
As ocupações pelo “Fim ao Fóssil” começaram no dia 26 de abril e, em conjunto com 11 outras ocupações pelo país, o movimento reivindica “o fim ao fóssil até 2030” e a “eletricidade 100% renovável e acessível até 2025”. Para além disso, prometem organizar mais ações como a que está programada para hoje.