fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Histórias de desconfinamento: A Oficina – Centro de Artes e Mesteres Tradicionais de Guimarães

Esta semana o Gerador conta mais uma história de desconfinamento, desta feita do Centro de…

Texto de Bárbara Dixe Ramos

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Esta semana o Gerador conta mais uma história de desconfinamento, desta feita do Centro de Artes e Mesteres Tradicionais de Guimarães, conhecido como A Oficina. Este projeto de gestão e programação envolve um conjunto de equipamentos e projetos entre os quais o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, o Centro Cultural Vila Flor com o seu Palácio do século XVIII, a Casa da Memória de Guimarães, o Centro de Criação de Candoso e a Black Box na Fábrica ASA, o Teatro Oficina e um serviço de Educação e Mediação Cultural.

O encerramento destes equipamentos culturais aconteceu no dia 11 de março, e envolveu o Município de Guimarães. Fátima Alçada, diretora drtística d' A Oficina conta que "após uma reunião com a Proteção Civil Municipal, no dia 10 de março, foi decidido que os equipamentos culturais estariam encerrados ao público a partir do dia 11 de março e por tempo indeterminado". O plano de contingência entrara em vigor ainda antes, no dia 6 de março, o que permitiu às várias equipas d'A Oficina iniciarem desde logo o teletrabalho.

Tendo sido assim uma das primeiras entidades nacionais a suspender as atividades culturais, A Oficina iniciou de imediato "os contactos com as companhias e artistas na procura das melhores soluções". De acordo com a Diretora Artística, "mesmo antes de qualquer medida legislativa governamental, tínhamos decidido que (relativamente a todos os espectáculos que estávamos a suspender) iríamos efetuar um pagamento inicial de 30% do valor acordado em contrato, o que permitiria, sem colocar em causa a sustentabilidade financeira de todas as partes envolvidas, ter mais tempo para avaliar o evoluir da situação e tomar as melhores medidas, na expectativa que entretanto fossem emanadas medidas pelas entidades competentes". Foi assim possível "encontrar as melhores soluções para todos, sem sobressaltos ou desconfiança".

Findos os meses mais críticos da pandemia, os equipamentos culturais geridos pel' A Oficina iniciaram o processo gradual de retoma das atividades. O Festival LUFADA lançou o mote da reabertura "com todos os espectáculos esgotados e com muitas pessoas que acabaram por ficar de fora, pois as lotações eram limitadas", conta Fátima Alçada. O LUFADA ocupou os pátios, jardins e salas de museu do CCVF com uma programação que incluiu desde artes performativas e visuais, a ações formativas. Para a diretora artística, este Festival mostrou-se essencial e um excelente exemplo de adaptação aos tempo em que vivemos - "Foi muito importante voltarmos a estar com os artistas e com os públicos e uma programação pensada para o exterior veio a revelar-se uma boa aposta".

A aposta numa nova forma de pensar a programação vai continuar nos próximos tempos, considerando todas as limitações impostas pela Direção Geral de Saúde. A Oficina apresenta assim, para os próximos meses, "espectáculos que serão apresentados em formatos vídeo, no caso da programação pensada para público escolar, oficinas em que é possível estar presencialmente, mas também através das plataformas digitais", tendo ainda sido "criados novos conteúdos, sobretudo para o CIAJG e para a CDMG em que há já distâncias de segurança asseguradas e não há manuseamento de materiais ou equipamentos por mais do que uma pessoa, sem adulterar o objecto artístico".

Em setembro A Oficina regressa em força com a celebração do 15º aniversário do CCVF. Para assinalar a data foi já anunciado o regresso de Teresa Salgueiro a Guimarães, com um projeto de criação realizado com a Orquestra de Guimarães.

Nas palavras de Fátima Alçada, que assumiu funções de diretora artística já durante o período de quarentena, "A Oficina vai continuar o seu caminho de afirmação e trabalhar, construindo novos desafios". Os diferentes equipamentos geridos por este Centro "serão mais do que nunca partes de um todo, com objectivos específicos, mas com uma missão comum". Deixa ainda a mensagem de que, "por outro lado, a relação d’A Oficina com a educação formal e não formal será um eixo de trabalho fundamental e um dos nossos traços distintivos no futuro próximo".

Texto de Bárbara Dixe Ramos
Fotografia via Facebook A Oficina

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

16 Junho 2025

Para as associações lisboetas, os Santos não são apenas tradição, mas também resistência

29 Maio 2025

Maribel López: “Temos de tentar garantir que os artistas possam dar forma às suas ideias”

28 Maio 2025

EuroPride: associações LGBTI+ demarcam-se do evento mas organização espera “milhares” em Lisboa

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

17 Abril 2025

Estarão as escolas preparadas para os desafios apresentados pela IA? O caso de Portugal e da Bélgica 

17 Março 2025

Ao contrário dos EUA, em Portugal as empresas (ainda) mantêm políticas de diversidade

6 Janeiro 2025

Joana Meneses Fernandes: “Os projetos servem para desinquietar um bocadinho.”

23 Dezembro 2024

“FEMglocal”: um projeto de “investigação-ação” sobre os movimentos feministas glocais

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Patrimónios Contestados [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Gestão de livrarias independentes e produção de eventos literários [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Artes Performativas: Estratégias de venda e comunicação de um projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

12 MAIO 2025

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

Nos últimos anos, observa-se na Europa uma tendência crescente de criminalização do ativismo climático, com autoridades a recorrerem a novas leis e processos judiciais para travar protestos ambientais​. Portugal não está imune a este fenómeno: de ações simbólicas nas ruas de Lisboa a bloqueios de infraestruturas, vários ativistas climáticos portugueses enfrentaram detenções e acusações formais – incluindo multas pesadas – por exercerem o direito à manifestação.

Shopping cart0
There are no products in the cart!
Continue shopping
0