Na impossibilidade de levar os mais novos às salas de cinema, num ano peculiar como 2021, a mais recente edição do IndieJúnior propõe que as escolas sejam os novos espaços de exibição das sessões do festival. Com início a 29 de abril, o IndieJúnior Escolas levará a mais de três mil alunos uma programação repleta de filmes, como forma de celebrar a reabertura das escolas e contornar as dificuldades logísticas do evento em situação de pandemia.
O IndieJúnior Escolas prolonga-se até dia 14 de maio, facultando às escolas as exibições das sessões em que se inscreveram, para professores e alunos terem a oportunidade de assistir e participar no festival. Após este período, o IndieJúnior é interrompido, regressando às salas de cinema de 21 de agosto a 6 de setembro, com as novas datas anunciadas no IndieLisboa para as sessões em família.
O IndieJúnior conta com o apoio de todas as escolas envolvidas, através da proposta educativa "Eu Programo Um Festival de Cinema", uma atividade que constrói o contacto entre a equipa de programação do Festival e os mais jovens. Foram alunos dos 10 aos 15 anos, das escolas participantes, que fizeram a curadoria dos filmes exibidos nas sessões a apresentar aos espetadores, através de uma seleção criteriosa dos filmes recebidos.
A sessão de 2º ciclo O Lugar das Memórias | +10, conta com a colaboração da Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos, pela turma do 6ºF, acompanhada pelas professoras Carla Lopes e Eduarda Cardoso. Para a sessão de 3º ciclo Pensar, Sonhar e Voar | +12, a Escola Básica 2,3 Almeida Garrett assumiu a coordenação, com a turma do 9ºA, acompanhada pela professora Elvira Zanatti e pela Dra. Elisa Marques, responsável pelo Programa Cultural do Agrupamento.
Os filmes selecionados para a edição 2021 do IndieJúnior Escolas, proporcionam o envolvimento do público infantojuvenil em temáticas sociais importantes. "RaparigasRapazesmix" é um documentário de Lara Aerts que aborda a perspetiva de uma criança intersexo, que vive numa luta constante com a sua identidade de género, sentindo-se rapariga e rapaz ao mesmo tempo. Já o filme "Os Sapatos do Louis", realizado pelos jovens Théo Jamin, Kayu Leung, Marion Philippe e Jean-Géraud Blanc, pretende relembrar a importância de falar sobre o autismo e a igualdade no acesso às oportunidades. Em "Julho 96", acompanhamos a visão de Sophie, que se apercebe de que está a vivenciar o último verão enquanto criança.
As inscrições das escolas, para exibição dos filmes do festival, podem ser feitas aqui. Para mais informações consulte o site oficial do IndieJúnior Escolas.
Texto de Ana Mendes
Fotografias da cortesia de Indie Lisboa
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