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Isto é PARTIS 2020

De 24 a 26 de Janeiro, na Fundação Calouste Gulbenkian, a terceira edição da iniciativa…

Texto de Raquel Rodrigues

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De 24 a 26 de Janeiro, na Fundação Calouste Gulbenkian, a terceira edição da iniciativa PARTIS (Práticas Artísticas de Inclusão Social) dedica-se à apresentação dos projectos que trazem as margens para o centro, através da arte, enquanto potência criadora de comunidade. Neste encontro, também estão presentes outros projectos que tocam a mesma realidade.

O programa teve início com uma conferência internacional, “Arriscar juntos: que novos centros de criação artística hoje?”, realizada por Philipp Dietachmair, da European Cultural Foundation (Holanda) e Stella Duffy, cofundadora do projeto “Fun Palaces” (Reino Unido). Esta prosseguirá, dedicando-se ao contexto nacional, pela voz de Magda Henriques, diretora artística das Comédias do Minho, ou Marco Paiva, fundador da Terra Amarela. Esta terminou com a apresentação do livro Arte e Esperança. Percursos da iniciativa PARTIS, coordenado por Hugo Cruz. O dia foi encerrado com a ópera Estamos todos no mesmo barco, inspirada n’Os Lusíadas, recriada e interpretada por reclusos do Estabelecimento Prisional de Leiria, fruto do projeto Pavilhão Mozart – Ópera na Prisão, promovido pela Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), e que decorreu entre 2014 e 2019, com vista a baixar os níveis de reincidência criminal de jovens reclusos. Trata-se da “(…) metáfora das suas vidas/Aqui. Um barco. Doze homens”, como refere a descrição.

No dia seguinte, na Biblioteca Municipal de Marvila, foi dado a conhecer o projeto Meio no Meio, uma iniciativa da ARTEMREDE que desenvolve actividades artísticas com jovens e adultos residentes na Área Metropolitana de Lisboa. Neste espaço, foi ainda exibida uma curta-metragens, um videoclip de Hip Hop e Rap, battle de Hip Hop, haverá oportunidade para realizar exercícios de teatro e dança e decorreu a inauguração de trabalhos de artes visuais. Estas expressões são reflexões que nasceram da primeira fase do projecto, onde as questões “Quem sou? De onde venho? Para onde vou?” foram trabalhadas. De volta à Fundação, houve mais uma sessão do teatro Estamos todos no mesmo barco, à qual se seguirá o filme Batida de Lisboa, de Rita Maia e Vasco Viana, em parceria com a Associação Passa Sabi, uma viagem da música de África pelas ruas de Lisboa.

Trailer - Batida de Lisboa

No dia 26, a instalação/ performance Enxoval, um bordado a muitas mãos poderá ser visitada ao longo do dia. Este objecto artístico parte “do símbolo do enxoval enquanto representação social da condição feminina”. A arca abre-se ao mundo e, com ela, a memória das mulheres que o vêm tecendo. Esta tarde também oferecerá o primeiro espectáculo do projecto Mare Liberum, Monstro em Mim, promovido pela Aporvela – Associação Portuguesa de Treino de Vela, em parceria com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e a associação CUSCA. Interpretado por 13 jovens, entre os 14 e os 18 anos de idade, do Centro Educativo Navarro de Paiva, trata o medo e a separação e “parte da ideia de volta ao mundo” para se descobrir “como dar a volta à vida”, como se pode ler na apresentação. A estreia foi na caravela Vera Cruz, na doca de Alcântara, onde estes jovens contaram as suas travessias e os seus treinos de mar. “O espetáculo é sobre esta ideia de mar interior; de que nós somos também esse horizonte longínquo. Podemos ser muito mais do que aquilo que os olhos alcançam.”, conta Catarina Aidos, dinamizadora do projecto, à Gulbenkian. Estas duas últimas iniciativas são apoiadas pela PARTIS. A música será a da Orquestra de Percussão Corporal, do Conservatório d’Artes de Loures, cujo concerto provará que o corpo é um centro de música. Tal como Batida de Lisboa, Djon África, de Filipa Reis e João Miller Guerra é uma produção de Terratreme e toca a busca interior e o encontro de um lugar em circunstâncias de conflito de identidades, a partir do caso de Tibars: “o que é viver num gueto em Portugal e ser africano sem o ser?”.

Trailer - Djon Africa

Para mais informações, clica aqui.

Texto de Raquel Rodrigues
Cartaz cedido pela Fundação Calouste Gulbenkian

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