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João Garcia Miguel leva “Os Passos em Volta” de Herberto Hélder para a sala de teatro

A Companhia João Garcia Miguel vai encenar “Passos em Volta”, partindo da obra “Os Passos…

Texto de Carolina Franco

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A Companhia João Garcia Miguel vai encenar “Passos em Volta”, partindo da obra "Os Passos em Volta" de Herberto Hélder. O Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, no Açores, recebeu no passado dia 8 a ante-estreia da peça que agora segue para o Teatro Ibérico, em Lisboa. 

João Garcia Miguel, o encenador, admitiu à Lusa que se decide pegar num texto de Herberto Helder “por necessidade de se falar sobre aquilo que é escrito por outros portugueses, por gente que vive coisas parecidas”, mas também, “provavelmente, por alguma burrice, porque é um texto difícil”. 

Com interpretação de João Lagarto, David Pereira Bastos, Duarte Melo e Lara Guidetti ou Beatriz Godinho, a peça é uma adaptação de João Garcia Miguel da obra “Os Passos em Volta”, de Herberto Helder, em que os textos do poeta "são um pretexto para a perceção de um eu que tem um corpo, que sente, que procura Deus, o amor, que busca transcender-se”, lê-se na sinopse do espetáculo.

“Escolhemos, especificamente, 'Os Passos em Volta', por ser um texto que tem uma dimensão teatral mais interessante e tem uma dimensão poética que me interessa bastante, e nos obriga a nós, e ao público, a olhar para nós”, esclareceu João Garcia Miguel.

Na preparação do espetáculo foram feitos 'workshops', que permitiram “ir trabalhando o texto e ir trabalhando 'o' Herberto com um conjunto muito alargado de pessoas”, num esforço de agregar “outros agentes, intérpretes e atores”, dando a conhecer, simultaneamente, o trabalho da companhia, explicou.

“Neste caso, os 'workshops'" sobre Herberto Helder "funcionaram sempre como uma forma de perceber a dimensão poética do texto e as infinitas possibilidades de o ler e de o perceber. Claro que não esgotámos os sentidos do texto, mas ajudou-nos a ir percebendo, a ir antecipando e a fazer um trabalho de relação com o universo da poesia que, depois, de uma forma um pouco subtil e provavelmente não fechada, acaba por ser trazida para o trabalho com os atores”.

Este é, também, “um espetáculo sobre o teatro e aqueles que dedicam a sua vida à poesia feita através dos seus corpos”, deixa antever a descrição da peça.

“Nesta peça, o teatro, também ele, é posto em causa, no sentido de não haver aquilo que é a ideia de um personagem no sentido mais tradicional ou mais clássico, e de haver uma relação com o espaço, com o tempo. O próprio personagem da Lara [Guidetti], que é uma personagem que não tem texto, mas que, no fundo, faz parte do imaginário da poética do Herberto… Ela vem como a ideia da mulher, a mãe, a esposa, a prostituta, as várias mulheres, no sentido dos arquétipos – a própria 'mitologia das pessoas', como ele próprio [Herberto Helder] diz”, afirmou o encenador.

As apresentações no Teatro Ibérico estão marcadas entre 19 e 22 e de 26 a 29 de junho. Os bilhetes podem ser comprados nos locais habituais, bem como na Ticketline

Texto de Lusa e Carolina Franco
Fotografia de ©Mário Campos Rainha disponível via Facebook

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