A lotaria instantânea do património ficou disponível esta terça-feira, 18 de maio,no Dia Internacional dos Museus, um ano depois do previsto. O objetivo visa angariar verbas para o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural.
Esta nova raspadinha, que está à venda em toda a rede de mediadores dos Jogos Santa Casa no país, tem um custo de um euro. O prémio máximo atinge os 10 mil euros, segundo o Ministério da Cultura.
A Lotaria do Património Cultural, que chegou a ser anunciada para o ano passado, foi inscrita no Orçamento do Estado de 2021 para ajudar a responder a necessidades de intervenção de salvaguarda e investimento, em património classificado ou em vias de classificação, segundo as prioridades definidas pelo governo para este ano. Além de servir para angariar verbas que irão reforçar o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural, segundo a ministra da Cultura, Graça Fonseca, a Lotaria do Património Cultural tem também o objetivo de “envolver todos”.
Ainda assim, a iniciativa tem sido alvo de contestações. Uma das vozes mais críticas tem sido a de Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social (CES) que vai até promover um estudo sobre o impacto social do vício da raspadinha. “O Governo deveria reponderar o lançamento de uma nova lotaria instantânea, que está prevista no Orçamento do Estado. (…) Se eu tivesse responsabilidades governativas esperaria, no mínimo, pelo estudo que o CES vai promover”, alertou, em março deste ano.
Um estudo realizado por Daniela Vilaverde e Pedro Morgado revela que em 2018 o valor das raspadinhas vendidas em Portugal foi de 1.594 milhões de euros, o que significa que cada pessoa gastou, em média, cerca de 160 euros por ano nas lotarias instantâneas.