Tal como em edições anteriores, a 16ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema reserva uma boa parte da sua programação ao cinema português. Na edição de 2019 esse elemento está à vista uma vez que a programação conta com 51 filmes portugueses, em que metades serão estreias mundiais.
A competição nacional divide-se entre longas e curtas metragens. No caso do primeiro formato, o IndieLisboa apresenta este ano seis filmes, entre ficção e documentário. São eles Alva, primeira ficção longa de Ico Costa; Campo, documentário sobre o campo de tiro de Alcochete da autoria de Tiago Hespanha; Mar, de Margarida Gil cujo filme Adriana venceu o concurso nacional em 2005; A minha avó trelototó, de Catarina Ruivo, híbrido ficção/documentário de Catarina Ruivo, que mostrou Em Segunda Mão na edição 2012; Tragam-me a cabeça de Carmen M., elogio multiculturalista de Catarina Wallenstein e Felipe Bragança (Tiradentes); e Tristeza e alegria na vida das girafas, comédia dramática de Tiago Guedes.
Já na seleção de curtas nacionais, serão 17 títulos dos quais 11 em estreia mundial. Nesta mostra destaque para as estreias dos filmes de Susana Sousa Dias (Fordlândia Malaise), Catarina Mourão (O Mar Enrola na Areia), Pedro Cabeleira (Filomena) e Jorge Jácome (Past Perfect).
A produção nacional recente marca presença também nas sessões especiais, com a estreia nacional de Hotel Império de Ivo Ferreira, que trará também ao festival a antesestreia da série Sul, Understory, de Margarida Cardoso, Donzela Guerreira, de Marta Pessoa e Um Ramadão em Lisboa, de Catarina Alves Costa, Amaya Sumpsi e Carlos Lima.
Em entrevista ao Gerador, Nuno Sena, um dos programadores do festival, realça que a seleção desta edição “reflete um ano forte para a produção portuguesa”. “Há filmes de autores que já têm um percurso reconhecido, como é o caso da Margarida Gil e do Júlio Alves, assim como de novos autores. Além disso, existem apostas muito fortes, em especial na curta-metragem, que no Indie sempre foi um espaço de maior amplitude demográfica e onde se cruzam diversas gerações”, sustenta
Para o programador, desta forma, o festival evidência a sua preocupação face à promoção do cinema português, “quer para o espectador português, mas também para uma possível plateia internacional, que vêm à procura da nova produção nacional”, termina.