De 28 a 30 de abril, o Centro Cultural Malaposta, em Odivelas (Lisboa), recebe a primeira edição do Theia, um festival no feminino que reúne e celebra diferentes gerações de mulheres, à volta do Dia Internacional do Jazz. São três dias de música, filmes e conferências pelas mãos de Rita Maria, responsável pela curadoria artística.
O nome não surge por acaso. Theia, deusa titã da mitologia grega, símbolo da visão e da luz, está por detrás desta atribuição que, por sua vez, representa poder feminino. "Numa realidade de crescente consciência sobre o papel feminino na sociedade e o seu reconhecimento, aparece o primeiro festival inteiramente dedicado às artistas, compositoras e intérpretes contemporâneas do nosso País", partilha Rita Maria, curadora artística do Festival Theia, em comunicado. Neste festival, a mulher é a protagonista, fazendo-se acompanhar pela sua arte. Há espaço para instrumentistas, intérpretes, compositoras e agentes criadores, "que ativamente moldam a realidade artística e cultural dos tempos presentes". É desta forma que o Theia pretende levar até ao público "três gerações de mulheres e jovens criativas", sendo que algumas delas são incógnitas para a generalidade.
Esta primeira edição do Festival Theia disfarça-se de showcase de artistas portuguesas, sendo que o objetivo principal passa essencialmente por "dar a conhecer o trabalho de excelência que se faz na área do jazz contemporâneo/música erudita/exploratória" que, por sua vez, leva a um outro objetivo: "expandir os limites do que o público conhece e espera da Mulher no Jazz". Para além disso, procura ainda ganhar alcance e visibilidade, de modo a tornar-se um possível "marco no panorama nacional", bem como começar a fazer parte do itinerário de festivais internacionais.
No que diz respeito à programação, o Centro Cultural Malaposta apresenta um ciclo de concertos com nomes como Paula Sousa, Joana Raquel, Nazaré da Silva, Marta Garrett ou Inês Laginha e, ainda, o trio Herse, formado por Sofia Sá, Clara Lacerda e Raquel Reis, que nasceu como encomenda para esta estreia de festival. Haverá também um ciclo de conferências sobre a Mulher e o Jazz, ao comando de Beatriz Nunes, uma exibição de filmes e documentários sobre mulheres performers, compositoras e intérpretes sob vários ângulos e alturas, uma instalação visual nos espaços do Teatro, ao comando de Catarina Loura e entre muitas outras atividades.
O programa completo pode ser consultado aqui. Quanto aos bilhetes, podem ser adquiridos individualmente aqui, tendo também em conta que existe a possibilidade de assinatura dos três dias do festival a partir do contacto eletrónico ccmalaposta@gmail.com ou do contacto telefónico 212 478 240.