Te Voy A Matar é um alter ego musical de Silas Ferreira, focado na exploração de sintetizadores, batidas e samplagem.
Roqueiro amador. Cartunista por destino. Macrófago musical por necessidade. Te Voy A Matar foi uma vez caracterizado como “o Silas num jogo electrónico a comer um gelado”. Fez parte dos Pontos Negros, de Chibazqui, dos Náufragos de Manuel Fúria, de vez em quando aparece com O Deserto Branco, Filipe da Graça e Marcelo Perdido. Hoje, é mais
frequente encontrá-lo em palco com Samuel Úria ou Pedro de Tróia. Em 2009, por sinistros motivos, começou a assinar, Te Voy A Matar, as suas divagações electrónicas. É um melómano desconfiado. A verdade da música pode estar mais no passado do que no futuro, mas bem sabemos para onde é o caminho.
No dia 7 de setembro, às 19h, Te Voy A Matar dá o pontapé inicial para o arranque da primeira edição do Estação Minhoca. Com o apoio do Fundo de Emergência Social - Cultura da Câmara Municipal de Lisboa e numa altura em que todo o sector musical viu os espetáculos cancelados devido à pandemia da Covid-19, nasceu o projeto Estação Minhoca - nome dado às rádios locais em Portugal no início do Século XX. A proposta é oferecer uma oportunidade a músicos independentes de, em tão difíceis tempos, poder apresentar os seus trabalhos ao vivo. A iniciativa vai concretizar dez micro-concertos privados no centro de Lisboa, entre setembro e novembro, semanalmente, sempre às segundas-feiras, pelas 19h. Cada concerto terá um núcleo extremamente reduzido de espectadores presenciais a juntar à transmissão online pelo Rimas e Batidas.
Fica com a sua seleção de 10 músicas, aqui:
Atalaia Airlines, "Primeira Classe"
"Começar com classe e colocar a classe toda no assador. A ponte aérea Gaia-Lisboa que faltava."
Clã, "Jogos Florais"
"O último álbum dos Clã é bom de mais para ser verdade."
Monday, "Convictions"
"Uma ótima canção de um EP que muito tenho ouvido neste verão."
Rapaz Ego, "Vida Dupla"
"O Luís Montenegro é uma combinação rara de virtuosismo e gente boa."
Conjunto Cuca Monga, "Os Amigos"
"Muito raras também são demonstrações de como o caos pode fazer todo o sentido, como em Cuca Vida."
Jorge Palma, "Tudo Bem (Os Morangos Estão Lá)"
"De um álbum que passa ao lado nas retrospectivas da carreira do Palma, por acaso um dos meus favoritos."
Xungaria no Céu, "Na Cabeça levo a Festa"
"Outro dia, numa conversa telefónica com o Guillul, recordámos esta malha perdida."
Lara Li, "Teu Ponto Final"
"Tropecei outro dia neste single que, segundo parece, foi a estreia discográfica da Lara Li. Uma maravilha."
Moxila e Flamingos, "Videmonte"
"Uma canção sobre a Beira Alta e o Mondego, muito presentes nas minhas memórias, antigas e recentes, das férias de verão."
Luís de Freitas Branco, "Paraísos Artificiais"
"Fora da caixa da pop, este brilhante poema sinfónico de Luís de Freitas Branco. Uma fatia portuguesa daquele que é, para mim, o melhor período da música de sempre."