Miguel Honrado, ex-secretário de Estado da Cultura, vai ocupar o cargo de vogal no conselho de administração do Centro Cultural de Belém (CCB), substituindo Luísa Taveira, cujas funções serão cessadas a seu pedido, e ficará com a área da programação. Elísio Summavielle, nomeado em fevereiro de 2016 por João Soares (na altura ministro da Cultura), continuará na presidência.
Em declarações à Lusa no dia 15 de março, Miguel Honrado afirmou que pretende “dar um contributo para consolidar” o papel da entidade “como referência nas artes prerrogativas e plásticas”. Recordou que "O CCB teve desde a sua fundação um papel importantíssimo em termos culturais, sobretudo ligado às artes performativas e às artes plásticas, e é necessário que volte a ter um papel preponderante numa organização como esta”.
Nomeado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, o ex-secretário de Estado da Cultura assumirá funções a partir de hoje, dia 18. Sobre a escolha de Miguel Honrado, o gabinete da ministra da Cultura disse que "É entendimento do Ministério da Cultura que a escolha de Miguel Honrado, pelo seu percurso e experiência profissional, constitui uma mais valia para o CCB” e que "as suas funções específicas enquanto vogal serão decididas pelo presidente do Conselho de Administração, reconduzido no cargo”.
Miguel Honrado licenciou-se em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com uma pós-graduação em Curadoria e Organização de Exposições pela Escola Superior de Belas Artes/Fundação Calouste Gulbenkian. Trabalhou desde 1989 na área da produção e gestão cultural e interveio em diferentes projetos culturais, entre eles Lisboa Capital Europeia da Cultura, em 1994.
Esteve ligado ao Departamento de Dança do Instituto Português das Artes do Espetáculo (IPAE), que mais tarde coordenou, entre 1999 e 2002, e foi diretor artístico do Teatro Viriato, em Viseu, entre 2003 e 2006. Assumiu o cargo de presidente da EGEAC em 2007 e em 2015 o de presidente do conselho de administração do Teatro Nacional D. Maria II, até sair para integrar o Governo.