fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Mulheres na política: movimento cívico quer subir o limiar da paridade para 50%

O recém-criado Movimento pela Paridade Política identifica “um claro retrocesso ao nível da representatividade política das mulheres, em Portugal”. O grupo já entregou uma petição ao presidente da Assembleia da República a pedir a revisão da Lei da Paridade.

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

A Assembleia da República é composta atualmente por 76 mulheres eleitas, o que representa apenas 33% dos assentos parlamentares. Este cenário – resultado das últimas eleições legislativas, realizadas a 10 de março – levou duas investigadoras portuguesas a desafiar um grupo de mulheres académicas, especialistas na área do género e política, a criarem propostas que contrariem esta realidade. Assim nasceu o Movimento pela Paridade Política.

Para as impulsionadoras da iniciativa – Joana Torres, que é também professora universitária, e a psicóloga social Maria Helena Santos –, apesar da conquista de direitos e do aumento na representação numérica das mulheres nos órgãos políticos, a evolução “não é linear, nem tão pouco sustentável”.

Como explicam, a Lei da Paridade, aprovada em 2006, indicava  que as listas eleitorais apresentadas às eleições europeias, legislativas e autárquicas tinham de incluir uma representação mínima de 33,3% de candidatos de cada um dos sexos, não podendo ser colocadas mais de duas pessoas do mesmo sexo, consecutivamente, na  ordenação da lista. Estava, ainda, prevista a aplicação de uma multa aos partidos políticos que  não cumprissem estas condições.

Mais recentemente, em 2019, essa lei foi revista, subindo o limiar mínimo da representação para 40% e impondo a rejeição das listas em caso de incumprimento.

Mas apesar das alterações na lei, este movimento identifica um problema nos  modelos de recrutamento e de seleção dos partidos: “Se, por um lado, invocam ‘supostas dificuldades’ em recrutar mulheres, por outro lado, colocam-nas sistematicamente em  lugares menos elegíveis, isto é, em 3º, 6º, 9º...”, acusam as representantes, num comunicado enviado às redações.

“As mulheres são mais de metade da população e não podem continuar a ser deliberadamente  afastadas dos lugares de decisão política: possuem o mesmo potencial para a assunção de  funções de decisão e de execução de políticas, possuem maiores níveis de escolarização, e têm sido sistematicamente deixadas de parte”, acrescentam ainda.

“Recusamo-nos a aceitar que continuem a colocar nas mulheres o ónus da culpa do seu não envolvimento na política, sob o argumento  de não se adaptarem às estruturas ou não se interessarem pela participação política.”

No último dia 24 de abril, este Movimento pela Paridade Política entregou na Assembleia da República uma petição em que exigem a revisão da Lei da Paridade e dos mecanismos  de garantia da representação equilibrada em razão do sexo, na política.

O grupo quer que o limiar da paridade suba para 50% e que se crie um regime que obrigue à paridade na composição dos governos nacionais, nas  equipas ministeriais, secretarias de Estado e demais cargos de nomeação política.

A criação de uma comissão independente que, a cada quatro anos, apresente ao Parlamento um relatório técnico sobre a implementação e a evolução da referida lei é outra das medidas propostas.

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

26 Julho 2024

Tempos Livres. Iniciativas culturais pelo país que vale a pena espreitar

25 Julho 2024

Carta do Leitor: A ironia política dentro da violência

24 Julho 2024

42: Uma horta urbana em vez de um supermercado. E a falta de café que afeta a todos

24 Julho 2024

Seia: Terrenos agrícolas vão ser “ocupados” com cultura durante 9 dias

23 Julho 2024

Tranças de resistência

22 Julho 2024

Incertezas e ambiguidades: a nuvem cinzenta dos crimes de incitamento ao ódio

19 Julho 2024

Tempos Livres. Iniciativas culturais pelo país que vale a pena espreitar

18 Julho 2024

Carta do Leitor: Admitir que não existem minorias a partir de um lugar de (semi)privilégio é uma veleidade e uma hipocrisia

17 Julho 2024

42: Caixas e cartas

17 Julho 2024

Mais de 1800 pessoas e entidades defendem “liberdade de escrever, de publicar e de ler”

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura II – Redação de candidaturas [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Narrativas animadas – iniciação à animação de personagens [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Criação e manutenção de Associações Culturais (online)

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Soluções Criativas para Gestão de Organizações e Projetos [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Produção de Eventos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Financiamento de Estruturas e Projetos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online e presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

22 Julho 2024

A nuvem cinzenta dos crimes de ódio

Apesar do aumento das denúncias de crimes motivados por ódio, o número de acusações mantém-se baixo. A maioria dos casos são arquivados, mas a avaliação do contexto torna-se difícil face à dispersão de informação. A realidade dos crimes está envolta numa nuvem cinzenta. Nesta série escrutinamos o que está em causa no enquadramento jurídico dos crimes de ódio e quais os contextos que ajudam a explicar o aumento das queixas.

5 JUNHO 2024

Parlamento Europeu: extrema-direita cresce e os moderados estão a deixar-se contagiar

A extrema-direita está a crescer na Europa, e a sua influência já se faz sentir nas instituições democráticas. As previsões são unânimes: a representação destes partidos no Parlamento Europeu deve aumentar após as eleições de junho. Apesar de este não ser o órgão com maior peso na execução das políticas comunitárias, a alteração de forças poderá ter implicações na agenda, nomeadamente pela influência que a extrema-direita já exerce sobre a direita moderada.

A tua lista de compras0
O teu carrinho está vazio.
0