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Museu Nacional Soares dos Reis “conta inaugurar a exposição de longa duração no final do primeiro semestre”

O ano de 2021 foi sinónimo de um regresso generalizado dos públicos aos museus, palácios…

Texto de Isabel Patrício

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O ano de 2021 foi sinónimo de um regresso generalizado dos públicos aos museus, palácios e monumentos nacionais, tendo o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, conquistado um lugar de especial destaque nessa lista. Isto uma vez que, depois de um ano em que esteve “praticamente fechado”, viu o número de visitantes crescer mais de 200 %, o maior salto registado entre as várias instituições sob a alçada da Direção-Geral do Património Cultural.

Numa conversa por Zoom, António Ponte, diretor do museu em causa, fala-nos sobre esse disparo nas visitas, o papel das redes sociais na vida das instituições culturais e a pandemia, além de levantar a ponta do véu no que diz respeito à inauguração da exposição permanente do Museu Nacional Soares dos Reis.

Gerador (G.) – As estatísticas da Direção-Geral do Património Cultural indicam que o Museu Nacional Soares dos Reis viu o número de visitantes saltar mais de 200 % em 2021. Como se explica, na sua opinião, essa variação? Qual foi o grande motor para esse salto?

António Ponte (A. P.) – O que acontece é que o número de visitantes, em 2020, foi muito reduzido, porque o museu esteve fechado para obras. Quando reabrimos em maio de 2021, [apostámos] numa política de exposições temporárias fortes, impactantes e importantes do ponto de vista cultural e artístico. Isto associado ao facto de haver muita vontade de voltar ao museu [ajudou a explicar o salto em causa]. Também [apostámos] numa política de comunicação mais forte, fazendo com que mais pessoas fossem estimuladas a vir ao museu. Além disso, [dinamizámos] um conjunto de atividades complementares, que suscitou uma dinâmica de públicos muito interessante.

G. – Portanto, houve um efeito de base, mas também, quando reabriram, depararam-se com muitas pessoas com vontade de visitarem o museu.

A. P. – Exatamente. Houve uma combinação de fatores. O museu está ainda com a sua exposição de coleção fechada. Estamos, neste momento, a iniciar a montagem da exposição daquilo a que vulgarmente se chama exposição permanente e que vamos chamar exposição de longa duração. Este é um processo longo, de grande discussão, com a produção de narrativas e de conteúdos, com a reorganização de coleções. É um processo que demora tempo e não quisemos esperar por esta exposição [para reabrir]. Fomos sentindo por parte do público uma necessidade de reabrir e, então, reabrimos com este conjunto de exposições temporárias, que têm vindo a suportar a dinâmica do museu. 

G. – Durante estes dois anos de pandemia, quais têm sido os principais desafios colocados ao Museu Nacional Soares dos Reis?

A. P. – Os desafios colocados ao Museu Nacional Soares dos Reis são os desafios dos museus em geral: a necessidade de criar e disponibilizar conteúdos, que sejam capazes de manter viva a chama daquelas pessoas que são os públicos mais correntes do museu, mas que, simultaneamente, sejam capazes criar o interesse pelo museu em novos públicos, que eventualmente, no digital, tomem conhecimento da coleção do museu. Estes desafios que foram levantados no período da pandemia fizeram-nos perceber, além disso, e por exemplo, que a eventual colocação de dispositivos digitais de toque poderiam ter de ser reequacionada, porque hoje sabemos que as pessoas estão muito menos disponíveis para interagirem com máquinas que sejam de uso universal. Portanto, [foi preciso] criar novos dispositivos comunicacionais, que possam ser usados com equipamentos próprios. Esta criação de um espírito de confiança entre o museu e os públicos é muito importante e levou também a um reequacionar do próprio papel do museu. Depois, percebemos que os conteúdos digitais não podem ser o que pensávamos que eram antes da pandemia. Há requisitos muito mais rigorosos para a construção de conteúdos digitais, que possam ativar narrativas.


Museu Nacional Soares dos Reis apostou em exposições temporárias enquanto não consegue inaugurar a sua exposição de longa duração. Fotografia cortesia de Museu Nacional Soares dos Reis

G. – Quando fala em criar narrativas com os conteúdos digitais, a que se está a referir em concreto?

A. P. – Por exemplo, quando pensámos numa visita virtual ao museu ou na construção de circuitos digitais, não é só fazer [um vídeo a] 360 graus, é muito mais do que isso. Não é só chegar com uma câmara e filmar. É preciso dar noção dos espaços, selecionar objetos, criar informação própria sobre esses objetos e, eventualmente, dar pistas de leitura de alguns desses objetos. [É um trabalho] muito mais profundo do que meras visitas através de vídeos a 360 graus, que, muitas vezes, achávamos que eram as ditas visitas virtuais. As visitas virtuais implicam a construção de narrativas próprias com modos de comunicação que são diferentes dos modos de comunicação analógicos em exposição, mas que ultrapassam aquilo que nós tínhamos como adquirido anteriormente.

G. – Disse que sentia da parte dos públicos muito interesse em voltar ao museu. Mas ainda não estão, em termos de visitantes, no nível pré-pandemia, pois não?

A. P. – Ainda há caminho a fazer nesse sentido. O museu tem consciência de que só conseguirá chegar aos números pré-pandemia – e quer ultrapassá-los, porque achamos que temos condições para o fazer –, a partir do momento em que se consiga inaugurar a exposição de longa duração, que será sempre a que terá as nossas grandes obras de arte e as nossas peças mais referenciais. O calendário de exposições temporárias tem sido importante para que o museu esteja aberto e disponível para os públicos, mas temos consciência absoluta de que só com a abertura da exposição de longa duração é que nós conseguiremos atingir [os números pré-pandemia].

G. – Alguns diretores de museus nacionais sentem que os portugueses ainda não estão a regressar aos museus, com a mesma força que tinham antes da pandemia. É uma situação que se vive também no Museu Nacional Soares dos Reis?

A. P. – Aqui no museu, como lhe digo, estamos numa situação muito especial. Esta condicionante [o ter a coleção permanente ainda fechada] não nos permite tirar essas conclusões em absoluto. O que eu tenho visto é que o público reage: vem quando mudamos a exposição temporária e comunicamos ou quando temos uma atividade e comunicamos. Tivemos uma excelente Semana Santa, e o museu está também a começar a regularizar os serviços de educação com as escolas. Claro que queremos sempre mais. Temos, hoje, uma situação ainda um bocadinho estranha: as pessoas querem retomar a sua vida normal, mas ainda têm receio. É uma relação de confiança que vai ter de se reganhar nos próximos tempos. E vai ser muito importante, por um lado, reabrir a exposição [longa] e, por outro, manter os mesmos níveis de comunicação atuais. Temos uma presença muito permanente nas redes sociais e [a nossa audiência nessas plataformas] mais do que duplicou nos últimos meses, o que é relevante para a dinâmica do próprio museu. Além disso, [destaco] a relação que estamos a construir com a promoção de algumas atividades fora do próprio museu. Estamos a tentar construir [públicos] fora do próprio museu. Fizemos uma exposição numa escola de medicina. Fizemos uma instalação no Hospital de Santo António, porque é a grande instituição que está mesmo aqui ao lado do museu. Há todo um conjunto de intervenções que estamos a construir, não só dentro, mas também mostrando o museu fora de portas, que tem sido muito importante para a nossa afirmação nos últimos tempos. 

G. – Que papel entende que as redes sociais devem ter na vida dos museus? Podem funcionar como um incentivo à visita?

A. P. – Deixamos de imprimir cartazes, de fazer convites em papel, e isto demonstra uma alteração de posicionamento grande, do ponto de vista da comunicação das instituições. Já só comunicamos basicamente por via digital, através do Instagram, Facebook, Twitter e Vimeo. Tentamos estar em várias plataformas e ter uma presença muito forte na comunicação digital. Isto para construir uma base de dados que nos permita ter uma comunicação direta com os públicos, à medida que eles vão entrando no nosso circuito de relação. Não há outra maneira de comunicar hoje em dia, porque a comunicação digital transformou-se numa plataforma intergeracional. Já não é só para jovens, é para todas as faixas etárias. Portanto, as redes sociais assumiram hoje nas instituições culturais, à semelhança do que acontece na sociedade em geral, um papel preponderante naquilo que são os modelos de comunicação.

G. – Particularmente, no que diz respeito aos públicos portugueses, já antes da pandemia havia um afastamento em relação aos museus. As redes sociais podem mitigar essa situação e serem o incentivo que faltava para uma aproximação?

A. P. – Temos de analisar isto sempre de forma bidirecional: pelo lado das instituições e pelo lado dos públicos. Não acredito [que as pessoas não visitem os museus] por falta de informação. Podíamos ter uma comunicação social eventualmente mais disponível para promover as atividades culturais. Era importante. Temos atividades muito relevantes do ponto de vista cultural, que têm muito pouca cobertura dos órgãos da comunicação social, mas isso tem que ver com políticas editoriais. Isto é uma observação, mas não é justificação os públicos dizerem que desconhecem essas atividades. Se estiverem interessadas, as pessoas podem, no mínimo, procurar. As instituições comunicam, ainda que tenham de se aperfeiçoar nesse campo. As instituições precisam de profissionalizar internamente a comunicação. Estamos a investir nesta área. Não temos um departamento de comunicação, mas temos já dois técnicos só dedicados à comunicação e imagem. Todas as instituições tendem a estar nas redes sociais e, portanto, se os públicos estiverem interessados, tendem a procurar. Por outro lado, pelo lado das instituições, também é preciso fazer um esforço para perceber que, sem violar as suas missões, se as atividades que fazem se enquadram nos públicos destes tempos, isto é, se dão resposta aos desafios intelectuais e sociais que estes tempos nos apresentam. Há uma necessidade de alteração de posicionamento, eventualmente pelo lado dos públicos e das instituições.

G. – Portanto, falta um programa adaptado aos públicos portugueses. É isso?

A. P. – O afastamento poderá vir [dessa falta], mas não é universal. Certamente que há muitas instituições que hoje já analisam os públicos e já percebem quais são os fatores de motivação dos públicos e constroem a programação, tendo em conta a missão e os públicos. Mas esta estratégia tem de ser mais universalizada, digamos assim.

G. – Depreendo das suas palavras que não atribui o afastamento entre os portugueses e os museus a uma questão de cultura.

A. P. – Não, até porque, se olharmos para os teatros e para a música, os jovens vão. Conseguimos ver salas de espetáculo, tanto na música erudita clássica, como na música contemporânea, com jovens. Se calhar, as pessoas precisam de ser mais desafiadas pelas instituições, mas também têm de ser mais proativas. Se nós tivermos mais desafios, certamente também somos estimulados a rever alguns posicionamentos. Há desafios de ambas as partes. São precisos reposicionamentos em ambos os sentidos. 

G. – Tem de ser uma evolução, de certa forma, simbiótica.

A. P. – Precisamente.

António Ponte destaca o papel das redes sociais na comunicação das instituições culturais. Fotografia cortesia de Museu Nacional Soares dos Reis.

G. – Em relação aos públicos internacionais, que efeitos teve a pandemia, em termos de nacionalidades das pessoas que visitam o Museu Nacional Soares dos Reis?

A. P. – Continuamos a ter o nosso público espanhol, do Norte de Espanha, muito presente e em momentos muito especiais. Também temos um público francês muito relevante. Quando analisamos as nacionalidades dos nossos públicos, [em primeiro lugar, estão os] espanhóis, franceses, brasileiros. Depois, começamos a ter ingleses, alemães e outras nacionalidades. O que começamos a ver é que os últimos dois meses foram meses de grande movimento.

G. – Por outro lado, que avaliação faz do que está previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a cultura?

A. P. – O PRR vai ser essencial para a requalificação de muitos museus. No caso do Museu Nacional Soares dos Reis, [o PRR vai apoiar] remodelações mais pontuais, porque o museu foi alvo de uma intervenção há algum tempo. Portanto, no nosso caso, o PRR vai ser importante, porque vai ajudar a colmatar algumas necessidades, mas não é o fim. Antes, é mais um passo para a reestruturação e requalificação, o que é importante, mas elimina a necessidade de continuar a intervenção. Da parte digital, esperamos conseguir ultrapassar também algumas questões, como o desenvolvimento de um conjunto de produtos digitais, tendo em conta também as novas estratégias e as novas necessidades. 

G. – Alguns artistas têm notado que o PRR está focado muito na requalificação do já existe, em vez de financiar, por exemplo, a programação dos museus, através de diversas exposições. É uma crítica de que partilha?

A. P. – A crítica pode ser sempre a que quisermos. Se o PRR fosse para o lado da programação, as pessoas poderiam vir dizer que o importante era estabilizar as estruturas físicas. A nossa responsabilidade primeira é conseguir conservar as coleções artísticas e, no caso dos museus nacionais, conservar peças de relevância superior para a cultura nacional. Não podemos cumprir este desígnio, se não tivermos as infraestruturas resolvidas. Para muitos casos, o PRR vai ser determinante. É uma opção legítima. Nalguns casos, eventualmente seria mais importante ter investimento na programação, mas há uma lógica [por detrás das escolhas presentes no PRR], que não devo avaliar. 

G. – E fora do PRR, faltam apoios à programação dos museus?

A. P. – No nosso caso, estando fora de Lisboa, temos a possibilidade de recorrer aos fundos de Coesão da União Europeia. Portanto, a nossa exposição está a ser apoiada pelo Norte 2020, além de estar a ser apoiada por alguns mecenas. Espero poder continuar a contar com esses fundos no âmbito do Programa Operacional do Norte 2030.

G. – Olhemos agora um bocadinho para o futuro. Na programação do Museu Soares dos Reis, que iniciativas destacaria?

A. P. – Temos patentes duas exposições temporárias. Uma que põe dois artistas contemporâneos a dialogarem com um artista da nossa coleção. Temos Pedro Calapez e André Gomes a dialogarem com Artur Loureiro. É uma exposição que estará patente até ao dia 6 de junho. Temos também uma exposição de uma série que denominamos de repositório, que é uma exposição com peças de depósito, que, por tradição, não vão à exposição de longa duração e que foram escolhidas por setores que vamos convidando para selecionarem peças. Neste caso, é uma seleção dos diretores das faculdades de Medicina e do reitor da Universidade do Porto, e as peças prendem-se com a relação da arte com a saúde. Julho será um mês que trará novidades. Estamos a contar inaugurar a nossa exposição de longa duração no final do primeiro semestre. E, em julho, teremos também uma exposição sobre a viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães. Não posso deixar de destacar o projeto, que temos com um conjunto de parceiros, que é a evocação do primeiro centenário da morte da Aurélia de Souza, uma das grandes mulheres artistas portuguesas, com uma programação que está a decorrer desde o início de abril e que se manterá até junho do próximo ano e terá vários momentos altos.

G. – Por fim, aproveito para perguntar: como viu a escolha de Pedro Adão e Silva para ministro da Cultura?
A. P. – Não vou comentar. É um posicionamento pessoal.

Texto de Isabel Patrício
Fotografia cortesia de Museu Nacional Soares dos Reis

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