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Negacionismo: De onde vem a rejeição de conhecimento científico?

O fenómeno do negacionismo surge em relação a variados temas e questões. Existem grupos de pessoas que negam acontecimentos históricos, como o Holocausto, evidências científicas, como a eficácia das vacinas na prevenção de doenças, o facto de a Terra ser um globo achatado nos polos (caso dos terraplanistas) ou as consequências das alterações climáticas, só para nomear alguns. Fomos à procura de respostas sobre este fenómeno de rejeição do conhecimento de forma a perceber as suas causas, analisar as suas nuances e saber como seria possível limitar a sua disseminação.

Ilustrações de Marina Mota

Começa com uma suspeita, uma dificuldade de encarar a realidade como ela se apresenta e uma incapacidade de se adaptar aos constrangimentos que a mesma impõe. Inconformismo com a situação, medo. É daí que surge, sobretudo. Aparece depois a ideia de uma explicação alternativa, uma forma diferente de encarar a circunstância e, no limite, de agir. Afinal de contas, há pormenores que parecem estar a ser desconsiderados e talvez ainda ninguém tenha reparado nisso. Pesquisa-se, afirma-se, divulga-se e encontra-se quem pense da mesma forma. Obtém-se validação. Mais pessoas mostram-se dispostas a dispensar todas as outras informações porque esta, sim, esta visão alternativa é mais confortável e plausível e não implica tantos constrangimentos.

Podemos, de acordo com os testemunhos recolhidos junto de cientistas, jornalistas e investigadores, explicar desta forma a génese do fenómeno do negacionismo, que ganhou maior visibilidade no nosso país à boleia da pandemia da covid-19 e das consequentes restrições. Isto não significa que não existisse antes, mas apenas que não tinha o mesmo destaque mediático que tem nos dias que correm.

No livro Denialism – How Irrational Thinking Hinders Scientific Progress, Harms the Planet and Threatens Our Lives, lançado em 2009 pela The Penguin Press – portanto, muito antes de a pandemia fazer do negacionismo um assunto familiar – o jornalista de ciência Michael Specter descreveu sucintamente este fenómeno: “Negacionismo é negação escrita em grande. É quando um segmento inteiro da sociedade, muitas vezes debatendo-se com o trauma da mudança, se afasta da realidade em prol de uma mentira mais confortável” [tradução livre].

Specter, que escreve para a revista New Yorker sobre temas relacionados com ciência, tecnologia e saúde pública, explica na obra que a “antipatia face a ideias de progresso e descobertas científicas representa uma mudança fundamental na forma como encaramos o mundo no século XXI”.

“As nossas capacidades técnicas e científicas trouxeram o mundo para um ponto de viragem no qual as conquistas chocam com as expetativas. O resultado manifesta-se frequentemente sob a forma de uma espécie de esquizofrenia cultural. Esperamos milagres, mas temos pouca fé em quem é capaz de os produzir”, diz ainda o jornalista.

As descobertas científicas e a informação oficial são, por isso, postas em causa e descredibilizadas, sendo isso justificado com uma desconfiança nas instituições. É assumida uma atitude de suspeita incessante perante as entidades, que é justificada com “dados” ou “informações” reunidas e divulgadas, na maioria dos casos, por alguém que nem sequer tem formação ou experiência relevante na área que se propõe analisar.

Isto mesmo nos foi explicado por David Marçal, autor de várias obras sobre comunicação de ciência, pseudociência e teorias enganadoras. “As pessoas põem cada vez mais em causa a ciência e as descobertas científicas porque estão a ‘chorar de barriga cheia’”, afirma, em entrevista ao GERADOR. “A ciência tem-nos permitido viver cada vez mais e melhor e as pessoas dão o conhecimento científico tanto como adquirido que já não o valorizam. Isso é uma parte da questão. A outra parte é uma certa atitude subversiva, de se colocar em oposição à hierarquia do conhecimento ou das autoridades do conhecimento”, diz o bioquímico que também foi jornalista de ciência do jornal Público.

David Marçal afirma ainda que existe uma “questão identitária” no seio de grupos negacionistas: “As pessoas acabam por adquirir um certo estatuto social, em certos meios, por acreditarem em disparates. É claramente o caso dos terraplanistas. Um terraplanista não pode mudar de ideias, porque os seus amigos, o seu estatuto social depende dele acreditar que a terra é plana”, afirma.

Falácias e argumentos enganadores

Na lista de obras assinadas por este investigador e comunicador de ciência, está o livro Pseudociência, editado em 2014 pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Neste ensaio, o autor descreve várias práticas “pseudocientíficas” que se socorrem de falácias e argumentos sem qualquer base científica que permita de facto comprovar a sua eficácia. Entre os vários exemplos – homeopatia, terapias alternativas, medicina quântica, etc. –, descreve também elementos que podemos encontrar no seio de grupos e organizações negacionistas e que são utilizados para reforçar a sua credibilidade.

Uma falácia comum é o recurso a figuras e/ou argumentos de autoridade. O que aqui está em causa é a justificação de determinada afirmação ou contestação com recurso a uma figura aparentemente reconhecida. Esta pode ser um alegado cientista, um médico ou outro tipo de “especialista” que garante a validade do produto, tratamento ou teoria. Esta falácia não se esgota na referência a uma personalidade de “renome”, e pode, também, socorrer-se de obras de referência, referir a antiguidade de determinada prática, sublinhar a origem tradicional, o sucesso comercial (no caso de estar em causa a venda de um produto), o reconhecimento académico ou o enquadramento legal. O que fica sempre em falta é a prova concreta, a evidência que permite replicar resultados e retirar conclusões.

Uma outra forma de fingir credibilidade é gerar a ilusão de uma controvérsia que, na realidade, não existe. Tenta-se fazer crer que existe uma polémica acerca de um assunto, dando a ideia de que dentro da própria comunidade científica existem dúvidas quando, na realidade, não as há. Um exemplo referido pelo autor é o caso das alterações climáticas.

Além destas “táticas”, há ainda uma outra que importa referir: a “síndrome do novo Galileu”. Conforme descrito no livro, esta “síndrome” verifica-se quando um indivíduo afirma ter descoberto sozinho “algo extraordinário e que “todos” querem esconder”. Habitualmente, a biografia desta pessoa “inclui uma passagem pela ciência convencional. Mas, depois, e na sequência de uma experiência marcante, acredita que ascendeu a uma espécie de patamar superior do conhecimento. Arredado dos canais científicos habituais, socorre-se da Internet (blogues, sítios, redes sociais, correntes de mensagens de correio eletrónico). Se necessário, compara-se a Galileu, perseguido pela Inquisição, e equipara a sua teoria ao heliocentrismo”, ironiza o autor.

A questão que aqui se levanta é que – e segundo o referido ensaio – “os avanços da ciência não são produto de génios solitários”, mas antes “são tendências que se consolidam ao longo de anos, e que envolvem vários grupos independentes que repetem as experiências realizadas pelos seus pares, confirmando ou refutando os resultados obtidos”. Daí que seja tão importante conhecer os métodos e processos científicos que permitem construir conhecimento. Disso já falaremos, mais à frente.

Negacionismo, teorias da conspiração e a paradoxal Internet

O negacionismo pode, assim, estar relacionado não apenas com a rejeição do conhecimento científico, mas também com a crença em teorias da conspiração. Neste caso, o pressuposto assumido é de que existe uma colaboração das entidades públicas, científicas ou de saúde com empresas multinacionais para levar a cabo uma prática que, apesar de (supostamente) prejudicar os cidadãos, dá lucro, logo, o dito perverso sistema capitalista continua a patrociná-lo à custa do nosso bem-estar. “Não deixa de ser notável que, perante essa alegada teia, algumas pessoas considerem que a conseguem desmascarar, com um simples motor de busca e muito tempo livre”, ironiza David Marçal na já referida obra.

Carlos Fiolhais, físico, professor universitário e ensaísta, acrescenta que as teorias da conspiração podem nem sequer estar relacionadas com ciência, pondo em causa até outros tipos de conhecimento. “Teorias de conspiração são crenças sobre a existência de uma trama congeminada por uma pessoa ou um grupo de modo secreto para causar ou esconder uma dada situação. Baseiam-se no poder que a mente humana tem de estabelecer crenças não fundamentadas e de ligar coisas que só por coincidência têm relação”, explica. O cientista, que desenvolveu também vários projetos ao nível da comunicação e divulgação de ciência, exemplifica com a falsa crença de que existe um governo secreto que domina o mundo.

“Tanto as pseudociências, como as teorias de conspiração, como o negacionismo são manifestações de irracionalidade. O ser humano é racional, mas não faltam demonstrações de irracionalidade em muitas situações”, sublinha.

De acordo com o responsável, os grupos negacionistas existem desde há muito, mas a sua proliferação ficou favorecida com o surgimento de novas tecnologias de comunicação, em especial da Internet, que facilita a produção e disseminação de conteúdos, ao mesmo tempo que permite estabelecer novos contactos e vínculos com pessoas que tenham os mesmos interesses.

“Os mecanismos de mediação que existiam, como os media tradicionais, com os seus editores, perderam, para muita gente, a relevância que tinham, havendo uma ligação direta entre emissores e recetores”, assevera Carlos Fiolhais. “Temos a tendência – difícil de reprimir – de clicar em títulos sensacionais ou engraçados e muitas vezes não dispomos de uma maneira fácil de saber o que é verdadeiro. A World Wide Web foi obra de ciência – os cientistas do CERN, na Suíça, queriam simplesmente partilhar os seus ficheiros –, mas, entregue ao mundo, passou a ser um reflexo da nossa sociedade, com tudo o que ela tem de bom e também com tudo o que ela tem de mau”, acrescenta. “É um instrumento maravilhoso de criação conjunta, mas é também uma perigosa arma para disparar mentiras”, lamenta o físico.

Gustavo Cardoso, investigador do ISCTE, nas áreas de sociologia da comunicação, também destaca o papel preponderante da Internet na proliferação deste tipo de fenómenos. “Atualmente olhamos para ela como sendo o espaço de informação versus desinformação, mas há um outro lado: é que a Internet é um espaço de criação de comunidade, ou seja, [permite] aproximar as pessoas que têm os mesmos interesses. Quando nós encontramos pessoas que pensam da mesma maneira, isso reforça as nossas próprias crenças”, sem que haja a busca de uma dimensão científica que a suporte, explica o académico.

Credibilidade e aspirações sociais

O fenómeno do negacionismo surge em relação a variados temas e questões (conforme já foi referido). Existem grupos de pessoas que negam acontecimentos históricos, como o Holocausto, evidências científicas, como a eficácia das vacinas na prevenção de doenças, o facto de a Terra ser um globo achatado nos polos (caso dos terraplanistas) ou as consequências das alterações climáticas, só para nomear alguns.

Além da atividade que fomentam nas redes sociais e plataformas digitais, há também iniciativas presenciais promovidas por estes coletivos, que visam reforçar a sua credibilidade e divulgar as suas crenças.

Um exemplo disso mesmo foi a conferência Basic Science of a Changing Climate. Este evento, organizado em 2018, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto por uma docente, deu origem a uma onda de contestação por parte de vários cientistas e académicos. Numa carta aberta divulgada nos meios de comunicação social, os profissionais alegavam que “a coberto deste interessante título que sugere um campo científico reconhecido, esta conferência é afinal organizada por um conhecido lobby negacionista das alterações climáticas, o autodenominado Independent Committee on Geoethics, e reunirá no Porto negacionistas de vários países”.

A lista de opositores incluía vários cientistas e investigadores reconhecidos nas respetivas áreas. Carlos Fiolhais e David Marçal eram dois desses nomes. Também Luísa Schimdt assinou a carta, por considerar que a conferência “vinha favorecer a desinformação”, conforme referiu, em entrevista ao GERADOR. “Vinha, no fundo, dar crédito a ideias políticas que visavam travar também as ações em prol da adaptação e mitigação [dos efeitos das alterações] climáticas”, diz a socióloga e investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa). “Nós verificámos que, estas ideias, ao invés de esclarecerem para as alterações climáticas, não pretendiam mais do que trazer dúvidas sem fundamento ou sem método científico”, acrescenta.

O que aqui está em causa é o arrendar de um auditório de uma universidade para um evento, contudo, segundo afirma David Marçal, está a ser instrumentalizada a própria reputação da instituição. “Quando se arrenda um espaço destes, de certa forma, está-se também a arrendar a credibilidade desse espaço”, diz. “Procura-se um disfarce de instituições de ciência convencionais”, acrescenta o académico e divulgador de ciência.

Durante a pandemia, foram muitos os exemplos de manifestações e iniciativas negacionistas que invadiram as ruas. A recusa das medidas de contenção para prevenir o contágio da covid-19, a negação da eficácia das vacinas ou até a crença infundada de que os dados de novos casos de infeção, internados e mortes são adulterados mobilizaram algumas centenas pelas ruas de diferentes pontos do país e até contagiaram o espetro político.

“O negacionismo da ciência em questões de saúde relacionadas com a covid-19, está também muito associado a movimentos populistas e de extrema-direita em vários países, havendo ligações entre eles. Porque são partidos antissistema e, as medidas de saúde pública representam o sistema. Nesse aspeto, uma coisa alimenta a outra”, diz David Marçal.

De facto, um caso recente de negacionismo em relação à pandemia foi também passível de assistir durante o debate dos partidos sem assento parlamentar, realizado no âmbito das eleições legislativas e transmitido pela RTP. O líder do partido Alternativa Democrática Nacional, Bruno Fialho, realizou o debate à distância por se recusar a fazer o teste à covid-19 e afirmou mesmo que o SARS-Cov-2 só causou a morte a 152 pessoas em Portugal (contrariando os dados oficiais que registavam, até àquele dia, mais de 19 mil mortos desde o início da pandemia). Também Cidália Guerreiro, do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, manifestou a sua desconfiança face ao “rigor” dos números divulgados pela Direção-Geral de Saúde, e José Pinto Coelho, do Ergue-te (ex-Partido Nacional Renovador), afirmou que pandemia não passa de uma “fraude”.

Para o investigador Gustavo Cardoso há, no entanto, que perceber que a pandemia veio, por um lado, reavivar ideias negacionistas já existentes (como os movimentos antivacinas) e, por outro, dar origem a um “negacionismo novo” (como seja a negação da própria pandemia). Além disso, o investigador do ISCTE ressalva que “também é preciso perceber que, em todos os momentos da vida, existem apropriações”. “Há pessoas que, como noutras dimensões, se apropriaram do fenómeno do negacionismo da pandemia para potenciar os seus objetivos de vida, sejam eles quais forem: de poder, de enriquecimento, seja o que for”, explica.

“A dúvida surge sempre quando aparecem partidos que questionam, em quadro eleitoral, a pandemia. Porque aí a pergunta que fica é se isto é uma estratégia para ganhar votos ou uma crença? A pergunta tem sempre de ser colocada”, alerta o académico.

Importância da literacia científica

Foi para contrariar as mentiras que deslizam diariamente pelos feeds das redes sociais que foi criada, há cerca de dez anos, a ComCept – Comunidade Céptica Portuguesa. Esta plataforma criada por “um grupo de cidadãos independentes, com diferentes níveis e áreas de formação académica”, tem o “objetivo e compromisso” de promover “o uso do pensamento crítico e racional, com apoio no método científico”.

Divulgam informação fidedigna e realizam iniciativas destinadas à promoção de literacia científica. “Há muitas opiniões e, nas redes sociais, não conseguimos distinguir o que é opinião e conhecimento fundamentado”, refere Leonor Abrantes, membro do coletivo.

A responsável explica que existe atualmente uma “falta de confiança na ciência” relacionada com a própria falta de literacia da população. “As pessoas alegam que é dito uma coisa hoje e amanhã outra diferente, sem perceberem qual é o processo [científico de produção de conhecimento]. Há 30 anos tínhamos nove planetas, agora só temos oito…”, exemplifica. “A questão é que o nosso conhecimento é sempre provisório. E em certas situações, as pessoas querem conhecimento absoluto”, o que, simplesmente, não é possível.

Leonor Abrantes refere mesmo que existe “uma falta de entendimento do conhecimento e do que é o conhecimento científico”, que é produzido de forma gradual e por etapas que a maioria desconhece.

É neste sentido que Gustavo Cardoso afirma que “a ciência não mudou absolutamente nada no quadro da pandemia, está igual a ela própria. A ciência é produto de tentativa e erro, nunca de uma solução miraculosa que surge à frente como produto do conhecimento”.

De acordo com o sociólogo, a grande diferença está na forma como encarávamos a ciência, como chegava até nós o conhecimento científico e como tudo isso mudou com o surgimento da covid-19. “No século XX, as gerações que estão vivas atualmente estão habituadas a um mundo onde, normalmente, nós lidávamos com a ciência naquilo que é sua dimensão final, que é a tecnologia – tecnologia podem ser vacinas, centrais nucleares, seja o que for. [O conhecimento científico] chegava até nós, sob a forma de um produto que nós comprávamos, sob a forma de um medicamento que íamos buscar à farmácia, etc. Portanto, víamos apenas o final do trajeto da produção científica”, diz o responsável.

Atualmente, acompanhamos os desenvolvimentos científicos quase “em tempo real”, ou seja, vamos sabendo resultados das várias experiências e testes de imediato, quando os dados são ainda preliminares e o conhecimento ainda não está consolidado. Juntando-se isto à falta de literacia da população, que desconhece as etapas inerentes ao processo científico, deparamo-nos com o caldo perfeito para o surgimento de ideias negacionistas.

“Com o movimento de ‘ciência aberta’ qualquer pessoa pode ter acesso a um grande número de artigos científicos, embora raramente os perceba”, explica Carlos Fiolhais. “Depois, os media divulgam e amplificam rapidamente quaisquer resultados de um grupo, muitas vezes mesmo antes de estar publicado”. Além disso, a publicação é apenas uma primeira validação do trabalho pela comunidade científica. “Tem de haver outras, porque a ciência nunca é o resultado de um só artigo publicado, mas a acumulação de vários, que, cruzados, dão origem a consensos”, explica.

Carlos Fiolhais explica ainda que, por vezes, podem surgir investigadores com discursos contraditórios, facto que é “completamente normal”, pois “o método científico exige ponderação dentro da comunidade científica, o que leva tempo”. “A ciência tem o seu tempo próprio, que não é o tempo dos media”, sublinha.

A investigadora Luísa Schmidt diz que a chave está em apostar na cultura educativa que ainda fica muito aquém do aumento da complexidade científica. “É preciso um grande investimento na literacia científica, na comunicação de ciência. A cultura científica é fundamental para a consolidação da democracia.”

A responsável diz que é necessário transferir conhecimento científico para a comunidade, nomeadamente através da mobilização dos próprios cientistas, comunicadores de ciência e entidades competentes.

Carlos Fiolhais, por sua vez, destaca a importância de comunicar o método científico e não apenas o seu produto final. “É preciso dar mais ênfase ao método, isto é, valorizar o espírito crítico que está no coração da ciência e que, visto bem, tão útil é nas nossas vidas. O espírito crítico não devia ser apenas uma marca da ciência, mas sim uma marca maior da sociedade humana”, alerta o cientista.

*Esta reportagem foi inicialmente publicada a 28 de janeiro de 2022.

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