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Novo romance de Pinto Bessa questiona se a humanidade evoluiu tanto quanto se julga

O escritor André Pinto Bessa cruza duas narrativas, uma história de espionagem durante a II…

Texto de Lusa

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O escritor André Pinto Bessa cruza duas narrativas, uma história de espionagem durante a II Grande Guerra e uma história de fraude financeira no século XXI, no seu mais recente livro, “A paixão de Peter Harding”.

Para o autor são duas narrativas de ganância, iniquidade e traição, mas também de altruísmo, abnegação e serviço desinteressado.

Peter Harding, a personagem criada por Pinto Bessa que dá título ao romance, é capitão-de-fragata da Royal Navy, trabalha para o MI6 britânico e foi enviado para Lisboa, em 1942, para desvendar o mistério das avultadas remessas em ouro.

Os acontecimentos centrais da primeira narrativa, entre 1942 e 1943, são verídicos. A possibilidade de uma invasão dos Açores pelos beligerantes, as remessas de ouro, a falsificação de notas ou os acordos de volfrâmio, são alguns dos factos com fundo histórico.

A fraude financeira e bancária que, "lamentavelmente, se generalizou nas últimas décadas" tem, para o autor, raízes, causas e características que não se afastam muito do que se passou durante a Segunda Guerra.

É certo que o ambiente político e social que se viveu nos anos 1930 e 1940 é muito diferente do ambiente deste século. Porém, "a facilidade com que alguns, na primeira oportunidade, se aproveitam dos mais fracos leva-nos a pensar que a humanidade não evoluiu tanto como por vezes pensamos. A tecnologia, o acesso à informação e à cultura, ou a mobilidade de pessoas e ideias, serviram afinal para quê?"

Pinto Bessa propõe esta e outras reflexões afirmando também que há ainda razões de esperança e alguns “exemplos de solidariedade, respeito pela dignidade humana e amor ao próximo”.

As personagens criadas por André Pinto Bessa convivem no romance com personagens reais, como Sir Steven Menzies, chefe do MI6, John Nichols, delegado do Ministério da Guerra Económica, em Lisboa, Sir Ronald Campbell, embaixador do Reino Unido em Lisboa, ou o barão Oswald Von Hueningen-Huene, diplomata de carreira chefe da Legação alemã, na capital portuguesa, entre 1935 e 1944.

Para o autor há muitos pontos comuns nas duas narrativas e convida o leitor "a refletir sobre a probabilidade de a História se repetir".

O livro será apresentado na Torre do Tombo, na próxima segunda-feira às 18:00, por Guilherme Oliveira Martins e Jaime Nogueira Pinto.

Este é o sexto romance de André Pinto Bessa, que se estreou em 2007 com “Os Bastidores da OPA”, com o pseudónimo de Manuel Leitão. Seguiram-se, já em nome próprio, “Efeito Dominó” (2011), “Pacto de Silêncio” (2012), “Armadilha nos Trópicos” (2014) e “Tempus Fugit, Amor Manet” (2016).

Texto de Lusa
Fotografia de Debby Hudson disponível via Unsplash

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