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Once in a Lifetime [Repeat]: inaugurada a maior exposição antológica da obra de João Onofre

Em Once in a Lifetime [Repeat], exposição antológica de João Onofre, inaugurada ontem na Culturgest,…

Texto de Ricardo Gonçalves

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Em Once in a Lifetime [Repeat], exposição antológica de João Onofre, inaugurada ontem na Culturgest, em Lisboa, é possível vislumbrar fragmentos que correspondem a cerca de 20 anos de trabalho do artista português.

Delfim Sardo, curador da mostra, numa visita guiada aos jornalistas, explicou que esta  “não pretende ser uma retrospetiva, nem tem a pretensão de mostrar exaustivamente a obra de João Onofre”.

Patente até ao dia 19 de maio, Once in a Lifetime [Repeat] inclui trabalhos em vídeo, nomeadamente uma peça nova especificamente concebida para a exposição, desenhos de diferentes séries desde 2005, escultura, objetos, peças sonoras e performance.

De acordo com curador, a mostra, que reúne trabalhos díspares em termos dos seus anos de criação, foi concebida em torno das ideias de recorrência e repetição estruturais no trabalho do artista. É por isso, realça Delfim Sardo, pontuada por “preocupações inerentes ao seu percurso, como a a memória do conceptualismo, o fascínio pela música, bem como as grandes temáticas da arte desde o romantismo, como  a morte, a tragédia, o investimento pessoal, a juventude, o desempenho e o erro”.

À porta do edifício da Culturgest, o visitante encontra desde logo a peça “Box”, um cubo em aço que tem uma dimensão de 1,83 metros — a profundidade de uma sepultura — e que remete para a escultura do artista Tony Smith, “Die”, que marcou a arte minimalista.

Lá dentro, nas salas expositivas, há vários vídeos criados por Onofre que remetem para a tensão das relações humanas, como aquele em que é mostrado um fragmento de uma cena com Alain Delon e Monica Vitti, do filme “O Eclipse”, do italiano Michelangelo Antonioni, onde continuamente entrelaçam as mãos, ou o vídeo que mostra o músico Norberto Lobo a tocar uma das suas composições perto de uma falésia, debaixo de um grande guarda-sol, abanado pelo vento.

Progressivamente, são mostrados desenhos, como alguns das séries “Degradation” e “Running Dry”, a peça sonora com partes de gravações de Carlos Paredes, nas quais se ouve a respiração do músico e vários vídeos com performances no atelier do artista.

No fecho da exposição, surge ainda o vídeo de uma performance, criada propositadamente para esta mostra, que dura mais de duas horas e meia, e onde são mostrados um grupo de músicos, um coro de gospel e um grupo de jogadores de raguebi, que tentam, sem sucesso, dizer a frase da canção “I want to know what love is”, dos Foreigner, por serem continuamente atirados ao chão por algum dos jogadores.

Texto de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografias de Ana Mary

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