O livro A Noite Imóvel, de Luís Quintais, é o grande vencedor do Prémio Casino da Póvoa, atribuído anualmente durante o Correntes d’Escritas. O anúncio foi feito pela organização do festival, na sessão oficial de abertura que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Nascido em 1968, em Angola, Luís Quintais é antropólogo, poeta, ensaísta e professor no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra. Venceu os prémios Pen Clube de Poesia, Luís Miguel Nava (categoria de Poesia) e Teixeira de Pascoaes APE/C.M. de Amarante.
Com a obra vencedora do Prémio Correntes d’Escritas foi também nomeado para o Prémio Oceanos, tendo ficado em terceiro lugar. O seu último livro de poesia, Agon, saiu em outubro do ano passado, também pela Assírio & Alvim.
Luís Quintais era um dos 12 finalistas do prémio. Além dele, estavam nomeados os escritores Adília Lopes, José Alberto Oliveira, Gastão Cruz, Golgona Anghel, João Rios, Daniel Jonas, José Luís Tavares, Inês Fonseca Santos, Rosa Oliveira, José Tolentino Mendonça e Luís Carmelo.
De acordo com a sinopse, disponibilizada pela editora Assírio & Alvim, nesta obra, Luís Quintais convida os leitores a percorrer “cenários de vazio e de destruição, de ecos e de sombras, luzes ténues e memórias turvas, questionando a possibilidade de encontrar uma inaudita beleza nos escombros deste nosso tempo”.
O júri do Prémio Casino da Póvoa deste ano foi constituído por Ana Paula Tavares, Almeida Faria, José António Gomes, Maria Quintans e Marta Bernardes. O galardão destina-se a premiar anualmente a uma obra em língua portuguesa, editada em Portugal, e escrita por um autor de língua portuguesa ou castelhana/hispânica. É atribuído nos anos pares a uma novela ou romance e nos anos ímpares a poesia.
Texto de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografia de Jonas Jacobsson via Unsplash
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