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Provérbios e preconceitos: a discriminação que resiste na cultura popular

Uma afirmação, um statement. Não tem necessariamente de ser uma frase, mas demonstra uma tomada…

Texto de Sofia Craveiro

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Uma afirmação, um statement. Não tem necessariamente de ser uma frase, mas demonstra uma tomada de posição, um ensinamento que é transmitido oralmente, de geração em geração. Faz parte da identidade cultural de um povo, na medida em que revela “valores, tradições, costumes, crenças, modos de vida”, mas pode existir em contradição com outros que exprimem uma ideia oposta. Grosso modo, é desta forma que se define um provérbio, nas palavras dos linguistas contactados pelo Gerador.

A definição surge como ponto de partida, já que, por vezes, um provérbio é confundido com expressões idiomáticas da língua portuguesa. Ambos fazem parte “de um tipo de discurso de linguagem que, dentro da linguística, se chama a fraseologia”, conforme explica José de Sousa Teixeira. “São expressões fixas de uma língua, só que são diferentes”, diz.

O professor associado de Ciências da Linguagem, da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da Universidade do Minho, refere exemplos, que ajudam a compreender: em águas de bacalhau é uma expressão idiomática, não um provérbio, pois não transmite qualquer ideologia ou tomada de posição. Já no caso de "pão pão, queijo queijo", estamos perante um provérbio, pois está implícita uma afirmação, uma espécie de demonstração de atitude. Apesar de não ser uma frase - pois não tem os elementos que a caracterizam, como sujeito, predicado e complemento – é um “statement”, que deixa transparecer uma posição perante uma determinada situação.

Numa análise mais técnica, os provérbios são “enunciados breves e sentenciosos que transmitem a sabedoria popular, têm uma estrutura fixa, muitas vezes bimembre com elementos rítmicos e metafóricos que favorecem a memorização”, de acordo com Ana Díaz Ferrero. Investigadora do Departamento de Tradução e Interpretação da Universidade de Granada, Ana Díaz tem dedicado o seu trabalho à língua portuguesa e – tal como José de Sousa Teixeira - desenvolvido investigações em torno da temática dos provérbios.

Em entrevista ao Gerador, explica que um provérbio é uma formulação “fixa”, fácil de memorizar, mas que pode apresentar muitas variantes que transmitem a mesma ideia. “Se reuníssemos num documento todos os ditados populares da língua portuguesa, desde os Adagios portuguezes reduzidos a lugares comuns de Antonio Delicado, publicado em Lisboa em 1651, teríamos um volume com mais de 50 000 provérbios. É evidente que muitos destes provérbios são variantes, mas mesmo assim, teríamos uma coleção com milhares de provérbios sobre todos os assuntos(família, profissões, alimentação, casamento, agricultura, amizade, emoções, economia, clima...)”, explica a investigadora.

A bom entendedor, meia palavra basta.

De acordo com Ana Díaz Ferrero, há provérbios“descritivos ou prescritivos”. Enquanto os primeiros “apresentam ou descrevem uma realidade [e] contam as características ou traços distintivos de um facto, de um lugar” – como seja o caso de Depois da tempestade vem a bonança ou Dos Santos ao Natal, Inverno natural - os segundos “aconselham ou recomendam seguir umas normas, um comportamento [considerado] apropriado numa determinada sociedade”, muitas vezes com recurso a frases imperativas. Exemplos: Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti, Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu ou ainda A mulher e a galinha com o sol recolhida e Os homens não se medem aos palmos.


É por isso que a docente da Universidade de Granada – cuja tese de doutoramento incide na análise da “Figura da mulher nos provérbios portugueses” - afirma que é nos provérbios prescritivos que podem estar expressos estereótipos ou preconceitos e que, em última instância, contribuem para perpetuar a discriminação.

José de Sousa Teixeira relaciona esse facto com os valores vigentes, que se vão alterando ao longo do tempo. “Os provérbios defendem posições sobre a sociedade, sobre os outros. Essas posições são aceitáveis num determinado momento histórico, mas noutros não são”, diz o linguista. “Chamar-lhes preconceitos ou não já é uma questão mais moralista, e não tão científica. Nesse sentido, podemos perfeitamente relacionar um provérbio a um preconceito porque os pontos de vista sociais vão mudando de geração para geração, e, portanto, vai sempre haver posições e pontos de vista que, dantes, eram aceites e que na futura geração não vão ser”, explica.

Enunciados racistas, discriminatórios, “que desvalorizam a mulher e estimulam o uso da violência” ou que demonstram xenofobia estão presentes em muitos provérbios populares. Ana Díaz Ferrero dá alguns exemplos:

A mula e a mulher com pau se quer.

Um olho no burro, outro no cigano.

A mulher honrada sempre deve ser calada.

Quem não tem padrinhos morre mouro.

A judeu e a porco não metas no teu horto.

De Espanha nem bom vento nem bom casamento

Alentejanos, algarvios e cães de caça é tudo da mesma raça.Ainda que negros, gente somos, alma temos


De facto, pela abundância de provérbios, pelas suas muitas variantes e pela dificuldade em obter dados estatísticos sobre a sua utilização, não é possível perceber de forma concreta qual a predominância dos mesmos no discurso atual, conforme explica José de Sousa Teixeira. Apesar disso, o docente da Universidade do Minho diz que, na sua opinião, “estão presentes de alguma forma, têm alguma influência”, ainda que não possa afirmar se é “grande ou pequena”.

Na intenção está o valor da acção

No livro Dicionário Prático de Provérbios Portugueses, de Gabriela Funk e Mattias Funk (2008, Edições Cosmos), lê-se que “a preservação do provérbio ao longo de muitas gerações gera a relevância e a validade do mesmo no seio de uma determinada cultura, o que permite a sua apresentação como uma regra universal. Mas essa apresentação, que é a essência do critério funcional, não implica, por si só, a aceitação como tal”.

Assim, sendo o reflexo de costumes e valores de uma sociedade, os próprios provérbios podem apresentar contradições, na medida em que existem aqueles que se revelam a antítese de outros. Ana Díaz Ferrero sublinha que também existem provérbios de teor positivo, “que promovem a igualdade entre os indivíduos, a justiça, provérbios que orientam para ter uma alimentação saudável”. O sol quando nasce é para todos ou Não se deve bater na mulher nem com uma flor são bons exemplos disso mesmo.

No entanto, se os provérbios cuja mensagem acarreta algum tipo de discriminação ou menorização continuam a estar presentes, isso demonstra que o preconceito ainda vinga na própria sociedade. Pelo menos assim pensa Alexandra Silva ex-presidente e atual coordenadora de projetos da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres: “A forma como nós falamos, o que dizemos, como comunicamos... o conteúdo e o modo da nossa comunicação são, desde logo, reflexo daquilo que, individualmente, mas também coletivamente, enquanto sociedade, pensamos sobre determinados assuntos.” Por isso, apesar de muitos provérbios terem uma origem remota, eles “ainda refletem toda uma forma de pensar coletiva, que menoriza as mulheres e as ostraciza”, segundo a ativista.

Casa varrida e mulher penteada, parece bem e não custa nada.

Do homem a praça e da mulher a casa.

A mulher honrada sempre deve ser calada.

A mulher bela faz de ti sentinela.

“Se nós pensarmos em provérbios que, de alguma forma, acentuam a beleza ou a falta de beleza das mulheres vemos que, comparativamente, não há o mesmo para os homens. Isto tudo tem a ver com a forma como nós entendemos as mulheres enquanto sociedade”, afirma Alexandra Silva. A responsável destaca a objetificação da mulher – A mulher bela faz de ti sentinela, é um exemplo - ou a legitimação da violência que está patente em muitos provérbios – como acontece, por vezes, com o provérbio Entre marido e mulher não se mete a colher. Referindo-se também às generalizações linguísticas e ao facto de serem habitualmente feitas no masculino, a responsável diz mesmo que “toda a forma como comunicamos reflete as relações de poder entre mulheres e homens, que são desiguais”.

Também José de Sousa Teixeira reconhece o conteúdo misógino de muitos provérbios populares, que desumanizam a mulher ou a subjugam a um ambiente doméstico. “Os provérbios sobre a mulher - se os fôssemos interpretar como valendo hoje - são absolutamente terríveis, porque a mulher sempre teve uma posição desajustada na sociedade, como sabemos: de não igualdade, de ser considerada inferior, de ser considerada um ser com aspetos poucos ligados à racionalidade e muito ligados à emoção”, explica.

“O facto de recorremos a estes provérbios, [mostra que] queremos, de faco, enfatizar determinados comportamentos, nomeadamente valorizar determinadas formas de domínio patriarcal”, diz, também, Maria Jorgete Teixeira, membro da direção da UMAR -União de Mulheres Alternativa e Resposta. “A linguagem não serve só para comunicar, mas serve também para marcar posições, marcar determinadas formas de conduta como certas ou erradas”, motivo pelo qual a responsável acredita que reflete as mentalidades vigentes, sejam elas inclusivas ou discriminatórias.

Vaso ruim não quebra

Sendo elementos da oralidade que transmitem costumes, tradições ou valores, os provérbios também podem, segundo a investigadora Ana Díaz Ferrero, transmitir determinadas hostilidades latentes e estereótipos em relação a determinados grupos de pessoas, culturas ou etnias.

Um exemplo paradigmático é o da comunidade cigana, visada em provérbios que a relacionam com características negativas. Um olho no burro, outro no cigano, é um exemplo de provérbio que transmite a ideia de que todas as pessoas de etnia cigana são matreiras e enganadoras, pelo que é necessário “estar alerta”. Esta mesma explicação nos foi referida por Prudêncio Canhoto, presidente da direção da Associação de Mediadores Ciganos de Portugal, sediada em Beja. “Esses ditos populares são transmitidos às crianças”, e “aí é que começa [a discriminação]”, afirma.

Prudêncio Canhoto diz que este tipo de ideias preconcebidas, cristalizadas através de provérbios repetidos constantemente, dificultam a integração das pessoas de etnia cigana, já que perpetuam estereótipos que se tornam difíceis de combater. “Diz-se que “o cigano é malandro, o cigano não quer trabalhar, o cigano só quer direitos e não deveres... isso não é bem assim”, afirma o responsável. “Temos de desconstruir isso, esses provérbios que os pais dizem às crianças”, para que seja possível combater o estigma que persiste na sociedade portuguesa e que, conforme sublinha, é legitimado por partidos extremistas e populistas, cujas agendas têm vindo a ganhar terreno.

“A cultura de um povo expressa-se de forma muito evidente nos provérbios. Havendo discriminação evidente em todas sociedades, é natural que, depois, os provérbios também espelhem isso”, diz Joana Gorjão Henriques. A jornalista do Público, cujos trabalhos incidem maioritariamente em temas relacionados com direitos humanos, diz ter “poucas dúvidas de que existe racismo e discriminação na nossa sociedade”, facto que acaba por transparecer na comunicação oral.

A autora das obras Racismo em Português e Racismo no País dos Brancos Costumes (ambos editados pela Tinta da China), diz que as expressões utilizadas no quotidiano

provocam uma certa “naturalização” dos preconceitos, muitas vezes de forma irrefletida. “Às vezes a população portuguesa não se dá conta [que está a ser racista]”, afirma.

Paula Cardoso diz o mesmo. A jornalista e fundadora da plataforma Afrolink refere que a consciência de que muitos provérbios e expressões populares são racistas “não existe, de todo”. “Essa consciência começa a surgir muito a partir dos movimentos antirracistas, do movimento negro, que, obviamente, a partir do momento em que se começa a navegar sobre todo o contexto da opressão, a própria língua acaba por ser uma das expressões dessa opressão, que é histórica”, diz, frisando que, nos provérbios como noutras expressões idiomáticas, existe uma “associação do negro a coisas más”.

A gente preta não se faz a cara vermelha.

Ganhá-lo como um preto, gastá-lo como um fidalgo

Mulher de preto, criada de longe

Amanhã jejua o preto, ainda bem que não é hoje!

A inconsciência é, de acordo com Paula Cardoso, parte do problema. A falta de pensamento crítico sobre as expressões que se empregam na oralidade, muitas vezes por força do hábito, acaba por perpetuar a discriminação e reforçar a associação da pessoa negra a elementos negativos.

Há provérbios, como o caso da expressão A fome é negra, que, no entanto, podem não ter a sua origem no racismo. José de Sousa Teixeira diz que, este tipo de provérbios, estão antes relacionados com a ideia de luz e trevas, associadas a clareza, benefício e a medo, obscuridade, desconhecimento (respetivamente). “Há uma confusão terrível nos simbolismos com os nossos preconceitos atuais. Um desses simbolismos é com a cor branca e preta”, que, segundo o linguista “não reflete a cor da pele das pessoas”, mas sim a ideia de opostos já explicada anteriormente.

“Na minha opinião - e na de outros linguistas - é um erro achar-se [que isso está ligado à cor da pele]”, diz. “É claro que, hoje em dia, como somos muito sensíveis ao racismo e a estes preconceitos, nós reinterpretamos estas expressões, e aí é que está o mal”.

Mais vale cautela que arrependimento

Paula Cardoso, por sua vez, diz que não importa a origem do provérbio, mas sim a intenção com que é usado. “O que me importa é a forma como [a palavra] é utilizada. Se ela depois é desvirtuada e tudo mais, isso não me importa, sinceramente. A questão é como é que ela me magoa, como é que, nas nossas relações, há palavras que têm um peso traumático e há outras que não. Então vamos utilizar as outras que não. É apenas isto”, declara.

O motivo reside no facto de a linguagem e a reformulação de expressões contribuir para combater o preconceito e a discriminação, conforme explica Carla Isidoro. A presidente da direção da Fala Terra -  Associação de Comunicação para a Diversidade diz ser importante combater no dia a dia a perpetuação de mensagens discriminatórias. “Estamos em 2021, no século XXI, e ainda hoje vemos [pessoas] a dizer e a perpetuar certos ditados como se eles fossem brincadeiras e frases leves. Eu acho que eles devem mesmo ser olhados com seriedade e devem ser combatidos” afirma. “Mesmo que esses ditados e esses provérbios sejam ditos à mesa de jantar, entre amigos, na brincadeira, eu acho que é importante haver uma voz que se levanta” e que contesta essa manifestação de “sabedoria” popular.

“Acho que é importante nós termos um posicionamento claro nos dias de hoje, porque até há muito pouco tempo até o nosso posicionamento era questionado pela sociedade”, acrescenta Carla Isidoro. “Os ditados tinham uma força social e cultural tão grande que até quem os questionava não era bem visto”, sublinha a responsável.

Sobre este ponto, Maria Jorgete Teixeira deixa um alerta “eu acho que as questões culturais são as mais difíceis de mudar. Porque é mais fácil mudar uma lei, mas mudar mentalidades é um trabalho que tem de ser diário, constante e que leva o seu tempo.” Por este motivo destaca a importância de não transmitir as expressões discriminatórias, e de sensibilizar as gerações futuras para o questionamento. “Começa-se por aí, pelos mais pequeninos”, afirma.

Até porque, e conforme explicam os ativistas contactados pelo Gerador, as palavras não são inócuas, “têm conteúdo e emoção” e, a partir do momento em que há um maior cuidado na linguagem, isso acaba por se traduzir numa maior consciência social perante a discriminação. “Eu acho que é um caminho a fazer e ele tem de ser individual porque isto não se muda por decreto”, afirma Paula Cardoso, sublinhando a importância de uma simultânea “responsabilização coletiva”.

A investigadora Ana Díaz Ferrero simplifica e resume tudo a uma frase: “Mudam os tempos, mudam os pensamentos, mudam os provérbios”.

Texto de Sofia Craveiro
Ilustração de Marina Mota

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