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Quando as abelhas são o canário da mina de carvão

O que acontece quando já não existem suficientes abelhas para polinizar as paisagens? Porque é que este ser tão pequeno tem uma relevância tão grande?

Texto de Redação

©Diana Neves

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De acordo com o The Science Times, as abelhas foram declaradas o ser vivo mais importante na Terra, pelo EarthWatch Institute no Royal Geographical Society em Londres, em 2019. A abelha é um polinizador. Na sua atividade, atraídas pela forma e cor das plantas e flores, transportam pólen e, na colmeia, produzem mel.

Segundo o mesmo artigo, “70 % da agricultura mundial depende exclusivamente das abelhas”, o que significa que a polinização contribui para a produção de cerca de 70 % dos vegetais, frutas e grãos que consumimos, o que se traduz, por sua vez, no ganho de cerca de 200 biliões de dólares (193 biliões de euros) no setor da agricultura mundial. Gonçalo Themudo, biólogo e investigador na CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental), no Porto, assinala que o “valor prestado pelas abelhas vai à volta dos mil milhões de euros por ano”.

Gonçalo Themudo, biólogo e investigador. ©Site oficial da CIIMAR

A atividade das abelhas ajuda a manter o equilíbrio dos ecossistemas. Contudo, esta espécie está em risco: desapareceu quase 90 % da população de abelhas a nível mundial, nos últimos anos. Basicamente, a extinção das abelhas levaria a um colapso ambiental. Embora o biólogo acredite que “se a espécie da abelha europeia desaparecesse, haveria outras que poderiam levar a cabo o mesmo serviço [ecológico]”, como aves, nomeadamente o beija-flor, o colibri e outros insetos.

Porque estão a desaparecer?

A Abelha Azul

“Eu costumo comparar as abelhas ao canário na mina de carvão. Os mineiros levavam aquele passarinho na gaiola e, depois, quando a mina ficava sem oxigénio, o primeiro que morria era o passarinho, e os mineiros sabiam que era tempo de fugir e ir para a superfície. As abelhas são um pouco esse canário na mina de carvão, em termos do ecossistema”, conta Harald Hafner.

Austríaco a viver em Portugal desde 2006, Harald Hafner começou a ter colmeias, como um passatempo, há cerca de 25 anos, ainda em Viena. Mas o fascínio por abelhas nasceu quando ainda era criança. “Eu tinha uma avó no Norte de Itália que tinha abelhas. Lembro-me de quando era miúdo andar sempre lá de volta das abelhas, quando a visitávamos. [Lembro-me] do cheiro da casinha das abelhas onde tinham a sala de extração [de mel]”.

Harald Hafner com um fato de apicultor na sua quinta em Mangualde. ©Diana Neves

Ainda chegou a viver na República Dominicana, onde se tornou apicultor a tempo inteiro. Fez da paixão, profissão, e de antropólogo tornou-se apicultor. Em 2005, conheceu Natália Nelas e mudou-se para Portugal.

Natália nasceu em África, geria o negócio do pai. Foi quando estavam a fechar a empresa que conheceu Harald. “Começámos a procurar um projeto de vida mais simples, e virado para a natureza, claro, mas não sabíamos bem o que queríamos. Surgiu a apicultura, era a paixão do Harald. E também nos permitia fazer um bocadinho o que nós gostamos que é viajar”, conta com um sorriso. Hoje, é a contabilista da Abelha Azul e, como gosta de dizer, trata “dos papéis e da burocracia”.

Construíram o projeto da Abelha Azul, em Mangualde, no distrito de Viseu. Praticam apicultura natural. Harald é responsável por aproximadamente 200 colmeias na região da Beira Alta.

Harald Hafner e Natália Nelas à porta da sua quinta, em Mangualde. ©Diana Neves

Além da parte comercial, o projeto desenvolve cursos e formações abertos a amadores, experientes, portugueses ou estrangeiros, a curiosos ou a principiantes. Natália alerta que, há dez anos, eram sobretudo homens, já de alguma idade, que apareciam nos cursos. Ultimamente, têm sido mulheres. É também com esta formação que conseguem complementar o seu trabalho de vendas.

Além disso, Natália nota que, ao longo dos anos, há um interesse particular e mais afincado das pessoas em consumirem produtos de origem natural. E apesar de, admitem, não terem tantos ganhos como se produzissem de forma intensiva, o casal prefere respeitar o ritmo natural dos processos.

De certo modo, consideram ser importante, num papel mais pedagógico e cultural, dar a conhecer à comunidade a importância das abelhas. Nas feiras urbanas, confessam que são sempre os mais novos que demonstram uma curiosidade diferente quando o apicultor lhes dá a conhecer as abelhas. Harald defende que “a abelha também é a ferramenta ideal para voltar a fazer uma reconexão das pessoas à natureza”.

Mas porquê sensibilizar a população em geral para este ser tão pequeno?

O peso dos ecossistemas suportado por um ser de 100 miligramas

A ação de polinização das abelhas tem uma base ecológica forte. A nível ambiental, ajuda na perpetuação e crescimento de culturas agrícolas e nativas. A nível económico, produz bens para a indústria alimentar e farmacêutica.

A polinização por parte das abelhas ajuda as produções agrícolas em rendimento, qualidade e quantidade. Não há populações de abelhas suficientes para suportar formas agrícolas de grande escala. “Hoje, na agricultura intensiva já há polinizadores importados”, refere Harald.

Também Gonçalo Themudo refere que, “nos Estado Unidos, há um negócio de transporte de abelhas para fazer polinização, por exemplo de amendoeiras. Elas são transportadas em carrinhas de um lado para o outro para poderem polinizar certas plantações”.

Segundo a National Geographic, as abelhas contribuem para o equilíbrio dos ecossistemas e para a biodiversidade do planeta. A existência ou não de abelhas consegue demonstrar a saúde ou deterioração de um ecossistema.

As paisagens ecossistémicas têm sido de forma direta ou indireta afetadas pelas alterações climáticas, seja por fogos florestais ou ondas de seca que têm destruído as plantas, frutos e sementes disponíveis para as abelhas. “E isso também traz grandes problemas para a vida selvagem, para outros animais que dependem desses frutos: pássaros, aves, coelhos”, afirma o apicultor. A importância das abelhas manifesta-se na influência indireta que têm nesta cadeia alimentar quase invisível.

As alterações climáticas têm sido um fator inegável para o decréscimo da população deste inseto. Segundo o mesmo artigo, um aumento da temperatura terrestre de 1.8 ºC a 2.6 ºC é fatal para as abelhas.

Harald acredita que a paisagem precisa das abelhas para se regenerar, e as abelhas precisam da paisagem para existirem. É por isso que, no seu trabalho, tenta respeitar os ciclos normais de funcionamento das abelhas.

A responsabilidade moral de partilhar o alimento

A apicultura natural é condicionada pela meteorologia e pelas vagas de calor ou frio que definem determinados anos. Durante o inverno, o trabalho de campo das abelhas é menor. Não saem das colmeias em dias chuvosos ou muito frios. Mas o trabalho na quinta da Abelha Azul continua a funcionar, seja com os cursos, a venda de produtos, ou a preparar as caixas para o ano que vem. A produção de mel ocorre durante a primavera e o verão.

“A apicultura é uma coisa muito sazonal. Eu, como apicultor, dependo 100 % da paisagem onde tenho as colmeias. E esse é também um dos grandes problemas que temos hoje”, afirma Harald.

“Na apicultura, temos de seguir o ritmo natural das coisas, das abelhas, porque o desenvolvimento de cada colmeia depende do que elas encontram na paisagem em termos de clima, de tempo, de vegetação, das flores que estão disponíveis”, menciona. Mas o apicultor confessa que, recentemente, não tem sido fácil respeitar o processo natural.

“Nos primeiros anos, aqui em Portugal, eu nunca alimentava colmeias. Muitas vezes, muitos apicultores alimentam regularmente as colmeias, tiram o mel, as abelhas ficam com poucas reservas e o apicultor precisa de substituir o mel que roubou com xarope de açúcar. E nós, numa apicultura natural, não fazemos isso. Tentamos ao máximo deixar-lhes suficiente comida para elas poderem passar essas épocas em que não vem nada do campo. Mas isso nos últimos anos tornou-se um pouco mais difícil, porque esses períodos são cada vez mais compridos, há cada vez menos comida que elas conseguem trazer”, conta.

Para produzir um quilo de mel é necessária a recolha de néctar em 4 milhões de flores. “Ao longo destes 17 anos, em que tenho abelhas em Portugal, noto que há uma deterioração imensa da flora apícola”, o que resulta numa produção fraca.

A falta de diversidade floral na paisagem dificulta a produção de mel monofloral, como mel de rosmaninho ou tília, e a pobreza dos ecossistemas está a diminuir o próprio fluxo de mel: em vez de tirarem néctar na primavera (mais claro) e no verão (mais escuro), tiram só no final da época para deixar, durante o ano, alimento suficiente às abelhas.

“Eu conseguia tirar 30 quilos de néctar por colmeia, há quinze anos; agora, já me sinto feliz se conseguir tirar 10 quilos, em média, por colmeia”, sobretudo, “nesta filosofia de deixar sempre o suficiente para que elas não precisem de ser alimentadas artificialmente”.

Nós estamos a matar as abelhas

Gonçalo Themudo aponta “o uso intensivo de pesticidas”, a “baixa diversidade genética”, “os novos agentes patogénicos (que derivam da grande concentração de colmeias em espaços pequenos na apicultura intensiva) e a poluição luminosa e do ar como principais fatores de ameaça às abelhas

Além disso, a desflorestação, a própria agricultura intensiva, o uso de culturas geneticamente modificadas e as alterações climáticas afetam igualmente as populações deste inseto.

Para Harald, as alterações climáticas, com grandes períodos de seca e fogos florestais – que se intensificam ano após ano – têm sido causa da danificação cíclica da paisagem ecossistémica.

Especialmente em Portugal, o abandono rural e das atividades agrícolas e pecuárias tradicionais – que mantinham a vegetação curta e forneciam alternativas florais às abelhas – são outros fatores que afetam os polinizadores. Por outro lado, as monoculturas florestais (de eucaliptos e pinheiros) têm empobrecido os solos e as matas.

Na serra da Lousã, a predominância de urze resultava na produção de um mel muito escuro, quase preto, um dos dois únicos que tem um “P” em denominação de origem portuguesa, produzido pela Associação de Apicultores de Mel da Lousã. “Nos últimos cinco a dez anos, eles têm cada vez mais problemas na produção desse mel de qualidade, consoante as regras que essa denominação exige, porque cada vez há mais eucaliptos e menos urze nessa zona. Então, o mel que chega aos apicultores, que trabalham nessa zona, já é um mel quase de eucalipto ou de mistura de eucalipto e urze, e que já não tem o mesmo paladar, a mesma cor, as mesmas características, que o mel original”, explica Harald.

“Não há vida para os polinizadores”. E não há rendimento. “Esta é uma parte da agricultura em que estou mesmo 100 % a depender da paisagem, do clima”, refere. O apicultor destaca que noutras explorações agrícolas há meios que permitem tirar proveito da terra, como “uma estufa, uma rede anti pássaros" em condições meteorológicas menos favoráveis. Mas na apicultura “as abelhas precisam de uma paisagem muito além do que posso criar num terreno que é meu”, conclui “e por outro lado, a paisagem precisa delas, de todos os polinizadores, para depois se regenerar”.

A par das alterações climáticas, alguns parasitas e predadores, como a vespa asiática, e doenças têm levado à perda de “30 a 40 % dos efetivos nas colmeias”. “São colmeias que desaparecem antes de produzir uma só grama de mel”, lamenta o apicultor. “Se isso acontecesse no setor dos porcos, imagina que perdemos 30 % dos porcos antes de serem aproveitados para produção, seria uma catástrofe nacional”.

Na perspetiva de Harald, a apicultura é negligenciada, sobretudo, porque “90 % dos apicultores são pequenos ou fazem desta atividade um hobby”. Apicultura em grande escala regista-se em paisagens com grande predominância de rosmaninho, como “nas serras algarvias, o alto Alentejo, a Beira Interior, a Terra Quente Transmontana”.

“Somos os parentes pobres dos agricultores”

É claro: “o problema não tem só a ver com a produção natural, mas na apicultura em geral. Eu diria que estamos quase a chegar a um limite que será inadiável”, comenta o apicultor. “Nós, que trabalhamos perto deste inseto, vemos as mudanças imediatamente”, afirma, “um agricultor sente isso, mas um apicultor sente ainda uns anos mais cedo”.

"Lamentavelmente, nós, os apicultores cá em Portugal, dizemos que somos os parentes pobres dos agricultores”. Apesar da importância da atividade das abelhas e do trabalho dos apicultores, enquanto seus guardiães, Harald perceciona uma certa ingratidão. “Não recebemos ainda nada por este serviço ecossistémico que estamos a prestar.”

Nos incêndios de 2017, Harald e Natália viram arder algumas das suas colmeias para as quais receberam apoios diretos. Já não é assim. Este ano voltaram a arder, na serra, algumas colmeias da Abelha Azul, mas os apoios não chegaram, nem têm perspetiva de chegar. “É bastante burocrático”, lamenta Harald.

“Em geral, as ajudas no setor apícola não chegam de forma direta ou chegam tarde ou a percentagem é muita pequena”, afirma o apicultor. Existem distribuições de ajudas no espaço europeu em consequência da importância que se tem atribuído aos serviços ecossistémicos, neste caso, de polinizadores. Mas em território nacional, os subsídios que existem são dados de forma indireta em prol de possíveis doenças que os profissionais poderão desenvolver. “Em Espanha, recebem uma ajuda direta por colmeia. E, assim, o apicultor tem a autonomia de decidir onde é preciso fazer o investimento. Aqui não tenho essa possibilidade.”

O que podemos fazer para proteger as abelhas?

Até um pequeno ser vivo pode ter um impacto grande.

Até agora, na União Europeia não há uma lei que proteja especificamente as abelhas ou o seu habitat, apesar da sua relevância ecológica. E não se sabe ao certo quantas colmeias naturais ainda existem na Europa.

Para regredir a ameaça às abelhas, ativistas defendem que se deve eliminar o uso de pesticidas e deve-se investir em formas de agricultura ecológica. Para Gonçalo Themudo, é necessário “promover as zonas sem pesticidas”, “não haver manipulação genética”, não concentrar muitas colmeias em espaços pequenos para prevenir doenças e deixar o acasalamento ocorrer de forma natural. Além disso, todos temos um papel a desempenhar individualmente, como seja não cortar as flores e plantas que existam nos quintais particulares, para as abelhas “terem alimento na altura que mais precisam, que é logo a seguir ao inverno”.

“Abelha Azul”, conta Harald, surgiu do seu imaginário, como uma pintura pitoresca, de abelhas a voar sob o céu azul. “A abelha, quando sai da colmeia para o campo, sai com o tempo bom, e voam no céu azul, quando está sol, quentinho”. Para Harald, “a abelha é um ser fantástico que dá muito mais do que retira em qualquer sistema ambiental onde atua. Produz mais para o bem-estar de tudo do que retira. E aí difere muito de nós”.

Para Gonçalo, a abelha “poderá ser, talvez, dos seres mais sociáveis da vida animal”. “Têm uma civilização bastante ordenada, com funções muito específicas”. “As abelhas estão condicionadas ao seu habitat natural, durante milhares de anos houve uma adaptação ao seu ambiente. E talvez seja bom preservar isso”, defende.

As abelhas estão a morrer. Fugimos da mina ou ficamos?

*Esta reportagem foi inicialmente publicada a 14 de dezembro de 2022.

Texto de Diana Neves

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