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Queres saber mais sobre encenação? No Teatrão.

A Oficina Dialética da Encenação, orientada por Marco Antonio Rodrigues, é uma iniciativa de serviço…

Texto de Rita Dias

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A Oficina Dialética da Encenação, orientada por Marco Antonio Rodrigues, é uma iniciativa de serviço educativo do Teatrão, em Coimbra. Entre 30 de março e 2 de abril, serão quatro as sessões que permitirão investigar a arte e o ofício da encenação teatral dirigida para a interpretação e para a escrita cénica.

A Oficina Dialética da Encenação, pensada para encenadores e estudantes de encenação e de artes, permitirá analisar o processo de encenação teatral para a sua compreensão como arte, técnica e linguagem, compreender a sintaxe de Constantin Stanislavski e Maria Knebel na definição de uma gramática para a cena e enquadrar as circunstâncias de aproximação e complementaridade entre Stanislavski e Brecht nos processos contemporâneos de encenação, para que os participantes possam exercitar-se nas técnicas e métodos de análise ativa.

Isabel Craveiro, atriz e uma das caras do Teatrão, explicou ao Gerador que o modelo de exposição será, além de teórico, também prático. “Há uma dimensão muito prática para que os alunos possam exercitar-se nas técnicas e métodos de análise e para que criem cenas originais a partir dos textos estudados”. Neste sentido, como objetivo geral, a Oficina Dialética da Encenação prevê a criação de uma cena original, dialogando fundamentalmente com circunstâncias contemporâneas, pessoais e estéticas correlacionadas, tendo à disposição para tal a equipa de atores profissionais do Teatrão.

Marco Antonio Rodrigues é encenador e diretor de atores. Em Portugal, tem trabalhado regularmente com o Teatrão, destacando-se nesta colaboração os recentes “Richard’s”, a partir de Ricardo III de William Shakespeare, e “Ala de Criados”, de Maurício Kartun. Mas, das mais de cinquenta encenações ao longo da sua carreira, as suas produções mais recentes têm sido no Brasil. Alguns dos seus espetáculos foram apresentados no Festival Internacional de Teatro e Exposição Ibérica (FITEI), no Festival de Almada e no Teatro Nacional D. Maria II. O seu trabalho já foi distinguido com os prémios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Qualidade Brasil, Mambembe e Prémio Villanueva de Cuba, como o melhor nos respetivos anos de concurso.

Além da colaboração e da orientação de Marco Antonio Rodrigues, a Oficina tem a colaboração do LIPA, Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC). “O Teatrão tem uma vocação muito grande de trabalho pedagógico. Trabalha com universidades e politécnicos cruzando a produção de conhecimento que decorre da sua prática artística com centros de investigação na área das Artes Performativas. Temos um programa de formação com o Centro de Estudos de Teatro da FLUL e uma atividade muito regular com o Laboratório de Investigação de Práticas Artísticas da Universidade de Coimbra. Trabalhamos em colaboração com a licenciatura de Teatro e Educação da ESEC - Politécnico de Coimbra, nomeadamente na concretização do Projeto de Intervenção e Estágio. Parece-nos muito vantajoso poder criar situações de colaboração onde as componentes de prática artística se cruzam com o ensino, dando a conhecer uma diversidade de metodologias e experiências”, afirma Isabel Craveiro.

O serviço educativo é uma área à qual o Teatrão dá especial atenção, dirigido a todas as faixas etárias e oferecido com regularidade. Isabel Craveiro evidenciou que a “matriz de trabalho da companhia desde sempre trabalha com o universo escolar, de todas as idades, de todos os ciclos de ensino. Temos sempre propostas para estudantes de todos os graus, não apenas nos espetáculos que produzimos e acolhemos, mas também nos programas do Serviço Educativo do Teatrão. São uma fatia considerável do público da companhia que, com as suas famílias e colegas, acompanham de forma muito próxima o projeto da Oficina Municipal do Teatro”.

A inscrição poderá ser feita aqui até ao dia 23 de março. O limite de participantes é de dez pessoas.

Texto de Rita Dias
Fotografia de Paulo Abrantes

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