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Raquel Lima: “É de humildade que precisamos para conseguir dialogar com os nossos pais”

Raquel Lima é filha de Maria Palmira Joaquim. Maria Palmira Joaquim é mãe de Raquel…

Texto de Carolina Franco

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Raquel Lima é filha de Maria Palmira Joaquim. Maria Palmira Joaquim é mãe de Raquel Lima. O laço umbilical que as une transporta, em dois sentidos, todo o tipo de alimento — o material, que sacia a fome para viver, e o imaterial, que sacia a fome de viver. Raquel é poeta, arte-educadora e investigadora em estudos pós-coloniais, Maria Palmira é auxiliar de geriatria. Juntas eternizaram a ligação de mãe e filha num momento particular, com uma pandemia a levantar o véu às desigualdades e a convidar à solidariedade, num vídeo para o Teatro do Bairro Alto (TBA). Juntas dizem: “Essencial é a Fome”. 

“Essencial é a Fome” é um dos quatro vídeos-performance organizados pelo TBA cujo mote inicial foi convidar quatro profissionais das artes e da cultura que, por sua vez, convidaram quatro profissionais essenciais. Além de Raquel Lima e Maria Palmira Joaquim, juntaram-se Lila Fadista a Alice Azevedo, Andresa Soares a Olga Cunha, Welket Bungué a Joacine Katar Moreira. Em cada vídeo, disponível no site do TBA, a pandemia e o confinamento surgem como ponto de partida para pensar o que há de urgente e de essencial no agora.

Quando conversámos com Raquel Lima, numa videochamada entre Coimbra e Lisboa, tivemos como ponto de partida a breve descrição do vídeo que ainda viria a ser disponibilizado e a fotografia que a ilustrava. Conversámos sobre o vídeo sem o ter visto, ouvimos Raquel a citar Maria Palmira sem lhe conhecer a voz. Quando, por fim, o vimos, todas as peças se juntaram. 

Gerador (G.) - Esta sessão dos Essenciais propôs-te que convidasses alguém para partilhar um espaço que, no fundo, é performático, e tu escolheste a tua mãe — que além de ser auxiliar de geriatria, é a tua mãe e, por isso, se mostra essencial em vários sentidos. Percebeste logo que era com ela que querias fazer este projeto? Uma escolha tão pessoal não costuma ser um plano B. 
Raquel Lima (R.L.) - Não, não é. Quando eu recebi o convite do Francisco [Frazão, diretor artístico do TBA], percebi que ele queria tocar numa questão extremamente política, porque, de facto, estava preocupado não só com o facto de estarmos numa pandemia e a ser distinguidos entre quem é essencial ou não, mas também com esta ideia do artista como uma profissão descartável, que estava a ficar completamente sem estrutura financeira, sem apoio do Estado, numa altura tão caótica. Por isso, achei que seria importante trazer outros centros para o debate e continuar essa função política do projeto, trazendo vozes de trabalhadores essenciais que normalmente não são tão considerados, ao contrário de médicos e enfermeiros, os varredores de rua, as empregadas domésticas, as auxiliares de geriatria, etc, muitas vezes estão invisíveis nesta discussão. Obviamente, a minha mãe foi a minha primeira opção; por uma questão de proximidade, porque fortaleceu muito a nossa construção artística juntas (até porque nunca o tínhamos feito antes), mas também para trazer leituras de um ponto de vista mais íntimo, mais familiar, da casa, de uma relação de mãe e filha que também tem questões intergeracionais, de afinidades políticas ou não. Para mim, foi um processo muito interessante, exatamente como eu tinha imaginado; quer dizer, não exatamente, mas sabia que ia ser diferente de um processo com outra pessoa qualquer. E, nesse sentido, acho que foi a escolha certa.

G. - No texto de apresentação do vosso vídeo, acabam por convocar diferentes tipos de fome —  mental, espiritual, por aí fora. Achas que a pandemia nos deixou mais desconectados e, por esse motivo, sedentos da imaterialidade? Ou já estávamos? 
R. L. - Eu acho que a pandemia não fez isso. Estruturalmente obriga a um distanciamento social, porque uma pessoa fica circunscrita ao seu próprio espaço da casa sem poder ver os outros. Mas eu acho que, por isso, fez-nos valorizar muito mais os outros; valorizar o que é dar um abraço, o que é partilhar uma refeição, o que é estar com pessoas num espaço público. Não acho que a pandemia tenha tido essa consequência até aqui, porque a longo prazo já estamos a ver que as questões online estão a ser assumidas como um novo paradigma, mesmo quando podem ser contornadas. Acho que a longo prazo vamos ter algumas ferramentas de distanciamento que vão começar a ser parte do nosso quotidiano e da nossa forma de estar, mas, por outro lado, essa necessidade do outro e esse olhar para o outro desde o seu ponto de vista de fragilidade, ficou mais acentuado — e estou a pensar nas campanhas de solidariedade que aconteceram durante a pandemia. Claro que podemos olhar para onde quisermos, mas eu gosto de olhar para aqui, porque me dá esperança. Como fiz parte desse processo, através de campanhas aqui em Coimbra, e de um livro sobre essas campanhas em Portugal, que estava a ser construído com outros ativistas de várias partes do Mundo, essa dimensão de solidariedade está muito presente, e acho que é uma consequência da pandemia também. Esse lado é o que nos permite não perder a esperança e não ficar na ideia de que não há alternativa. Prefiro ler assim.

G. - Na imagem que escolheram para ilustrar vê-se uma senhora, que calculo que seja a tua mãe, e uma bebé, que eu imagino que sejas tu, com um biberão. Quando olhei para aquela imagem, numa leitura não tão literal, pensei que, de certa forma, dar o alimento também pode ser uma forma de te apresentar à tua ancestralidade. De te conectares com aquilo que é o teu elemento do espírito, mais íntimo e familiar. 
R. L. - Acho interessante a tua leitura da foto. Fico muito feliz, porque o vídeo, tal como a foto, vão ter várias camadas de interpretação possíveis, e eu quero muito que as pessoas consigam lê-las de uma forma não literal, e consigam aceder a outros lugares. Porque, realmente, a foto une-nos, de certa forma. Numa altura de extrema vulnerabilidade, quando somos bebés, precisamos de ter uma confiança nesse alimento — afetivo, de leite, de atenção. É uma coisa que nos une a todos, não só por precisarmos da nossa mãe, mas daqueles que cuidam de nós. E nesse aspeto, é também o prolongar do trabalho que a minha mãe faz enquanto cuidadora, com pessoas mais velhas, para um lugar  quase infindável, que é uma capacidade que nós temos de nutrir os nossos, mas que depois se reproduz para outras frentes e outras pessoas, mesmo a nível profissional. E acho que isso é uma leitura muito importante de se fazer: as pessoas que cuidam, também têm de ser cuidadas. E cuidar não é algo que possa ser instrumentalizado de uma forma quantitativa ou prática, é uma coisa extremamente profunda.

G. - Não é somente uma tarefa. 
R.L. - Claro, por isso é que também falo da revolta do afeto. Acho importante começarmos a conseguir perceber que, no que é essencial e não é, também há esta questão do que é trabalho reprodutivo e trabalho produtivo. Aliás, é uma reflexão que também é muito antiga nos estudos feministas: perceber que esse trabalho que é feito de limpeza da casa, lavar a roupa, estender a roupa, cuidar dos filhos, não deixa de ser um trabalho. É também questionar essas fronteiras do trabalho, até que ponto essas coisas estão a ser todas tidas em conta pela sociedade em geral. 

G. - E o que é a revolta do afeto?
R.L. - A revolta do afeto não é a revolta que se transforma em afeto. É quando o afeto está num lugar em que não era suposto estar; em que consegues dar afeto desde uma situação de subalternização e opressão. E aí tu estás a insistir numa situação afetuosa, que é muitas vezes negociada como mecanismo de poder e opressão, porque tens, por exemplo, uma relação com os teus patrões e tens de conseguir lidar com eles de uma forma respeitosa, que acaba por cair numa relação de submissão, por vezes. Mas ainda assim, quando estás em trabalhos de cuidado, tens de construir amor dentro dessa relação e o cuidado necessário para cuidar do outro, lavar o outro, mudar as fraldas do outro. E para caracterizar isso, encontrei esta expressão que é a revolta do afeto, que não é muito simples de perceber, mas que se prende com a capacidade de alguém se reinventar em situações de opressão. O mesmo acontece com a relação que tenho com a máquina de escrever "nacionalista", que se vai tornar mais evidente no vídeo.  

G. - Há pouco falei na ancestralidade precisamente por pensar no facto de a tua mãe trabalhar com pessoas mais velhas e na importância que nem toda a gente dá aos ancestrais e à ancestralidade. Pegando numa ideia do desligamento, num tom nada fatalista, que importância tem percebermos a importância e a força dessa ancestralidade no nosso caminho, numa altura como a que estamos a viver?
R.L. - Acho que é uma ótima pergunta, porque a ancestralidade é muitas vezes colocada como uma coisa muito anterior, quase da tradição e do passado, mas eu acho que a forma como tratamos as pessoas  é sintomática de um respeito daquilo que vem antes de nós. E é uma coisa que começa desde uma desvalorização, muitas vezes, das condições culturais de que nós partimos, mas também desemboca numa grande lacuna intergeracional que acontece na forma de lidar com um idoso e na sua objetificação, que passa muitas das vezes por colocar num lar de terceira idade ou não conseguir ter tempo para retribuir esse trabalho de cuidar. Sem dúvida que a ancestralidade é central no trabalho, e vou também convocá-la através da banda sonora, por exemplo com uma música do Bonga que fala sobre quando os portugueses chegam a Angola com fome e a fome lá vai aparecer em diferentes momentos, de diferentes formas, e que destroem o país. E essa relação com uma história mais ou menos recente, que é a história colonial, é algo que eu também quis que atravessasse o vídeo; vem através da história da minha mãe como angolana na diáspora, através de uma máquina de escrever do tempo do Salazar, que atravessa o vídeo do princípio ao fim, através da insistência nas desigualdades raciais enquanto continuidades históricas. Então, sem dúvida que olharmos para o passado, para a História e para a ancestralidade, é um trabalho urgente, muito mais nestes tempos de pandemia em que temos de saber valorizar o corpo do outro, a subjetividade do outro, a condição do outro. Portanto, é um aspeto central, sim, mas que não é muito evidente.

G. - E tudo isso acaba por se refletir em poesia, que está muito presente na tua vida, vive contigo. Recentemente lançaste o teu livro, Ingenuidade, Inocência, Ignorância, e gostava de te perguntar de que forma a poesia vai estar presente também nesta performance, porque lembro-me de ler numa entrevista tua que o livro era quase um encerrar de capítulo. 
R.L. - No convite do Francisco [Frazão], eu entendi que apesar de ele estar à procura de um objeto performático final, já que ele é diretor de um teatro, o que no fundo queria era reinventar os espaços de apresentação. Percebi que a ideia final era uma performance, mas não fizemos nada que fosse uma encenação ou uma construção cénica. O vídeo tem um lado muito documental e autobiográfico, tem conversas com a minha mãe, tem situações em que eu estive, tem a máquina de escrever. Mas, como dizes, a poesia atravessa-me de muitas formas. A máquina de escrever é uma forma de dizer que isso é um trabalho de literatura e escrita que está presente em mim, mas obviamente consegui dialogar com um poema que escrevi durante a pandemia, em março, salvo erro, que tem que ver com essas questões todas da democracia, e achei que era interessante intercalar com algumas cenas no vídeo. Portanto, a poesia vai estar presente através dessa leitura, vai estar com um poema que está no fim do filme, e um pouco por toda a construção. Eu não te sei dizer se é videoarte ou videocumental, mas é um vídeo muito híbrido — até porque eu não sou de vídeo e foi a primeira vez que fiz isto, mas tentei que fosse poético no sentido de ter várias camadas de interpretação, como já disse. A poesia acaba por ser transversal ao vídeo porque uma pessoa, dependendo da sua disponibilidade, vai conseguir ler algumas repetições, alguns pontos em comum, alguns paralelismos, alguns elementos que também encontramos na poesia. Espero que isso aconteça (risos). 

G. - Mencionas esse poema que escreveste no período de confinamento, e outro texto que também escreveste nessa altura foi um ensaio para a Pluto Press em que falavas de como não se pode analisar a situação da pandemia sem olhar ao contexto cultural e de segregação. Nesse texto também referias a desumanização de pessoas negras e ciganas, em concreto, e que tem sido uma constante na História de Portugal. Falando dessa desumanização de um ponto de vista interseccional, achas que isso também dificultou a chegada do alimento imaterial, mais a umas pessoas do que a outras? Isto lembra-me também de um grupo solidário no Brasil que organizou cabazes que, além dos alimentos, tinha o livro Memórias da Plantação, da Grada Kilomba, oferecido pela própria.
R. L. -  Acho super interessante essa história da Grada, é um gesto muito urgente. Como é que o alimento também tem de ser intelectual e político (?) No meu caso, estou no Núcleo Antirracista de Coimbra, e fizemos com o Projeto Nzinga, que é uma associação mais virada para afro-descendentes, e a Associação Cigana de Coimbra, uma campanha de emergência para que chegasse comida a populações prioritariamente negras e ciganas, mas acabou por ser interseccional, porque outras pessoas também precisaram. E a verdade é que isto não é mesmo uma questão de opinião; tens muitas pessoas que não estão inscritas formalmente nos sistemas de apoio da Segurança Social e que numa situação pandémica não têm a facilidade de conseguir apoios. Depois, nos apoios que existem (desde o Banco Alimentar à Cáritas), o processo burocrático para chegar lá é, em alguns casos, impossível, porque são grupos sociais muito específicos. Já tivemos vários casos de famílias, algumas com bebés, que não estavam a conseguir dar conta da alimentação, tivemos empregadas domésticas que estavam a começar a trabalhar gratuitamente porque os patrões entraram numa lógica de exploração, por saberem-nas reféns de uma situação em que morriam de fome ou morriam de vírus.

Há uma perversidade enorme a acontecer, que se tornou mais evidente com a pandemia, porque na verdade já existe e faz parte da nossa forma de estar em Portugal. Havia acampamentos de ciganos em Beja, já com várias pessoas infetadas, em que não existia monotorização e nós também direcionámos alguns recursos para lá, assim como havia famílias muito numerosas a morar no mesmo apartamento T2. Toda a situação de pandemia e confinamento obrigatório levanta o véu a uma série de questões a que as pessoas não conseguem adaptar-se, e essa desumanização não é de agora, é uma questão histórica e estrutural da nossa sociedade. Nesse sentido, fizemos o trabalho de tentar que esse alimento chegasse, e na perspetiva do outro tipo de alimento, como é o caso da Grada, acho que o livro que nós construímos (que se chama Pandemic Solidarity) foi extremamente útil; não só por todas as vendas do livro servirem para apoiar todos os coletivos que são entrevistados nesse livro, mas também porque ao produzires um livro sobre esperança, auto-gestão e apoio mútuo, estás também a conseguir mostrar que é possível trabalhar de uma forma interseccional contra essa desumanização sistémica. É preciso que esse trabalho seja continuado, mas não de uma forma assistencialista, porque muitas vezes os coletivos e associações não conseguem dar conta das carências da sociedade, é preciso que o Estado perceba que esse trabalho é feito à custa de muito esforço emocional, material, físico, etc. Então, a nossa função, a certa altura, deixou de ser a de agregar cabazes para organizar os dados para passar a fazer uma denúncia formal da ausência do Estado. E esse é um trabalho que tem de ser feito para conseguirmos gerar políticas públicas que não sejam colour blind, que tenham em conta os recortes raciais e de género. Esta fase da pandemia exige do ativismo muito trabalho - que não seja só imediato -, mas ao mesmo tempo, para quem faz ativismo, muitas vezes, as condições não são as melhores, e essas pessoas também têm de sobreviver. Aí sim, toca a todos responsabilizarem-se, partindo dos seus lugares de mais e menos privilégio, para podermos transformar. A mensagem é sempre a de um convite para que este trabalho seja mais alargado e feito por mais pessoas. 

E o vídeo vai buscar alguns desses pontos. Tem algumas cenas de manifestações, a questão racial é debatida por mim e pela minha mãe… ela parte de um lugar de “este vírus é igual para todos” e eu explico-lhe que não é bem assim. Essa conversa acontece no vídeo e é interessante ver também como é que ela vai formulando isso até ao fim, em que já está a falar da sua própria condição, que é reconhecer que ela própria sofre as consequências disso.

G. - Também os pais e os filhos vão crescendo juntos, educando-se mutuamente. O que há de essencial numa relação entre mãe e filha, que se vêem a amadurecer uma à outra, e uma com a outra?
R. L. - Eu acho que só consigo responder melhor porque fiz o vídeo e tive de ter essa sensibilidade de entender qual era a utilidade de o fazer com a minha mãe. Acho que temos de partir de um lugar de muita humildade quando falamos com os nossos pais, porque aquilo que temos como certo, não era o que eles tinham como certo na nossa idade; e ao mesmo tempo, aquilo que nós temos como certo, só o é porque eles se sacrificaram para que pudéssemos pensar dessa forma, hoje em dia. Há uma dialética que tem de ser muito humilde, porque se a minha mãe parte desse lugar de “eu achava que esta pandemia ia ser boa para ficarmos todos mais amigos”, eu sei que um certo nível de ingenuidade que ela tem nessa formulação foi o necessário para ela conseguir sobreviver tantos anos numa sociedade discriminatória. Muitas vezes, a ignorância é um mecanismo de defesa para conseguirmos sobreviver a situações de precariedade — e não é uma ignorância dissimulada, é mesmo uma negociação constante que as pessoas da geração da minha mãe, e da diáspora de que ela vem, tiveram de fazer ao longo do tempo para conseguir sobreviver e fazer com que os seus filhos tivessem o mínimo de condições. Para hoje eu conseguir fazer um vídeo, para hoje eu poder convidá-la a fazer um vídeo. É muito circular. Eu senti que muitas das minhas certezas, que para mim são super evidentes, foram permitidas por ela. É muito interessante porque, às vezes, caímos numa certa arrogância, e como é uma relação íntima de mãe e filha, eu, às vezes, posso falar de certa forma, mas ao ver isso espelhado no vídeo fiquei a achar que preciso de ser muito mais humilde para perceber as nossas condições, que são diferentes. Acho que é de humildade que precisamos para conseguir dialogar com os nossos pais e conseguir transformar as ações. 

https://www.youtube.com/watch?v=97zLKqRf9e4

Ficha técnica do vídeo

Criação: Raquel Lima
Trabalhadora essencial convidada: Maria Palmira Joaquim
Poesia: Raquel Lima (excertos de "Devaneios da Democracia Hipotecada" in Versopolis/Review e "Sucubu" in Ingenuidade Inocência Ignorância)
Música: Bonga ("Balumukeno", tradução por Maria Palmira Joaquim)
Edição: Raquel Lima, Sara Morais e Pedro Gancho
Produção: TBA / Egeac.
Agradecimentos: 
Daniela Soares
Dori Negro
Jessica Bruno
João Veloso
Lucerna do Moco
Marianna Bacci
Ruben Pensava

Colectiva Sembrar
Grupo EducAR
Movimento Negro em Portugal
Núcleo Antirracista de Coimbra
Núcleo Anti-Racista do Porto
Yanda Panafrikanu

Texto de Carolina Franco
Fotografia da cortesia de Raquel Lima / TBA

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