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‘Rede Interior’ distribui espetáculos por sete municípios das Beiras

Há um novo projeto de cultura itinerante que está a levar espetáculos ao ar livre…

Texto de Sofia Craveiro

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Há um novo projeto de cultura itinerante que está a levar espetáculos ao ar livre a sete municípios das Beiras e Serra da Estrela. A Rede Interior, iniciativa promovida pela ASTA – Teatro e Outras Artes, pretende “desenvolver uma programação artística e cultural integrada no território” de forma a “promover e valorizar o património histórico-cultural e sensibilizar a comunidade a participar ativamente na afirmação destes territórios”, segundo comunicado enviado ao Gerador.

Com um cardápio de 14 espetáculos, o projeto une a poesia visual, o circo e a dança contemporânea para “unificar” o conceito de itinerância e descentralização cultural “em espaços de elevado valor patrimonial e histórico, no interior de Portugal”.

Castelos, anfiteatros, jardins, praças, largos e mercados servem de palco aos espetáculos de novo circo, dança contemporânea, teatro, acrobacia, ilusionismo e equilibrismo que decorrem durante os meses de julho e agosto, com entrada gratuita.

O espetáculo “Cântico Negro”, coproduzido pela ASTA com o TeatrUBI, deu início ao festival, tendo estreado no passado dia 1 de julho, na Covilhã. Numa linha de cruzamentos artísticos entre a dança contemporânea e o teatro, a obra fala do amor e das relações, “do que (se) não sente”. A mesma peça segue agora em itinerância pela região, estando previstas atuações em Manteigas (17 de julho, às 22h), Seia (24 de julho às 22h), Fornos de Algodres (31 de julho às 21h30) e Belmonte (20 de agosto às 22h).

Já o espetáculo “Dolce Salto” da companhia italiana Circo Carpa Diem “apresenta-se com uma linguagem de clown misturada com acrobacias aéreas em mastro chinês e monociclo e, tem como pano de fundo uma tradição há muito arreigada no território – o fabrico tradicional do pão tão identitário das aldeias e das populações que se reúnem em torno dos fornos comunitários”, de acordo com a organização. Após ter sido exibido na Covilhã, este espetáculo irá agora seguir para o Fundão, no dia 13 de agosto, às 22h.

No dia seguinte, a mesma cidade recebe o espetáculo de equilibrismo “La Madeja” de Irene de Paz, que remete para narrativas da lã e da herança têxtil, típica desta região.

Antes disso, a 10 de Julho, o anfiteatro da Cerca em Gouveia recebe o espetáculo “Los Viajes de Bowa” da companhia espanhola La Gata Japonesa. Uma obra de “magia, equilibrismo, dança aérea, humor e poesia” que “remete para o imaginário infantil e nos leva pela obsessão de uma menina-mulher nómada que teima em descobrir o que afinal existe por trás das mensagens encerradas nas garrafas que são atiradas ao mar”. Esta peça estará também em cena em Manteigas (16 de julho às 22h) e Fornos de Algodres (30 de julho, às 21h30).

Ainda em Gouveia, terá lugar o espetáculo de circo contemporâneo “Oyun” (jogo, em turco), no dia 11 de julho. Da autoria do argentino Federico Menini (Companhia espanhola, El Fedito) a atuação acontece num espaço cénico em que é montada uma cozinha tradicional. Com “malabarismo de tachos, panelas, canecas e outros utensílios facilmente identificativos de uma cozinha beirã” há nesta peça um cruzamento de disciplinas artísticas tão diversas como a escultura, o desenho, a poesia visual, a música, o circo e o teatro.

Em Seia, mais precisamente no largo da Câmara Municipal, está prevista a exibição do espetáculo “Por Um Fio”, a 23 de julho, às 22h00. “Trata-se de um espetáculo de novo circo da companhia Erva Daninha, em que dois intérpretes utilizam a acrobacia aérea como técnica para procurarem continuamente o equilíbrio entre dois corpos, num jogo constante de encontros e desencontros”, segundo a mesma nota. A mesma obra irá rumar à Praça das Descobertas em Belmonte, no dia 21 de agosto.

O projeto Rede Interior é concretizado pela ASTA em parceria com as autarquias de Belmonte, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Manteigas e Seia, sendo cofinanciada pelo Centro2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Texto por Sofia Craveiro
Fotografia cedida pela ASTA

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