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“SEM_TÍTULO”, um espetáculo sobre milhares de vidas anónimas com uma coisa em comum: a solidão

No dia 25 de maio, o espetáculo do argentino Ariel Farace, “Sem_Título”, chega ao Teatro…

Texto de Patrícia Nogueira

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No dia 25 de maio, o espetáculo do argentino Ariel Farace, "Sem_Título", chega ao Teatro da Comuna pela mão de Patrícia Soso. O texto teve a sua estreia em 2005, em Buenos Aires, e é agora apresentado pela primeira vez em Portugal.

"Num centro urbano, habitam milhares de vidas anónimas que compartilham solidão, medos e melancolia. Num dia qualquer, as histórias de três personagens alinham-se. Ana, Ulisses e Laura, fechados nos seus próprios planetas, encontram-se, e, a partir daí, novas rotas serão traçadas. Uma obra que deita um olhar delicado sobre a singularidade e a fragilidade das nossas vidas". Esta é a sinopse de uma peça escrita em 2004 e 2005, no Brasil pelo argentino Ariel Farace, e apresentada em Buenos Aires, em 2005. "Sem_Titulo" chega agora a Portugal pela mão de Patrícia Soso, numa produção do núcleo de artes performativas e audiovisuais Casulo.

Esta adaptação coloca em primeiro plano a questão da nossa vulnerabilidade, decorrente dos repetidos estados de isolamento. Procura entender a tensão inerente entre o querer aproximar e a necessidade de afastar. Em nota à imprensa, Patrícia Soso, diz que, durante o seu período de quarentena, "numa das quotidianas idas à ilha de lixo e das poucas possibilidades que tinha de sair de casa", sentiu-se numa situação idêntica à apresentada pela história escrita pelo dramaturgo Ariel Farace, embora este tenha sido escrito muitos anos antes de imaginarmos que existiria uma pandemia a esta dimensão. No entanto, já na altura, "se desenhavam, nas relações contemporâneas, as características que a atual pandemia veio tornar mais evidentes: o isolamento, a solidão, o medo, o consumo e o descarte". Por isso, "inseridas num ambiente frio e desértico, as personagens vagueiam, ocupadas com os seus objetos, e, à nossa semelhança, escondem o medo de enfrentar o próprio vazio e o terror de aceitar que, na verdade, não entendem o sentido disto tudo".

Carla Madeira, Marlene Barreto e Valter Teixeira são os atores que dão vida a Ana, Ulisses e Laura, num espetáculo que ficará em cena no Teatro Comuna, na Sala Novas Tendências, até ao dia 29 de maio. A peça pode ser vista de quarta a sábado, às 21h00 e no domingo às 16h00, e tem o custo de 10 euros.

Texto de Patrícia Nogueira
Fotografia de cortesia

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