A Casa de Serralves acolhe, até 3 de março de 2019, a exposição "Joan Miró e a morte da pintura". A mostra foi inaugurada no espaço da Fundação de Serralves, no Porto, no passado dia 11 deste mês e inclui obras do artista catalão pertencentes à coleção do Estado português e a coleções espanholas e francesas, exibidas pela primeira vez em Portugal.
A curadoria da exposição está a cargo de Robert Lubar Messeri, que, em comunicado aos jornalistas, afirmou que as obras remontam à época em que Miró tinha 80 anos, no ano de 1973. "Joan Miró e a morte da pintura" centra-se na participação do pintor espanhol na corrente "anti-pintura", que alcançou o seu auge precisamente no início dos anos 70.
A exposição mostra algumas telas queimadas, que realçam a "raiva estética" do artista, surgindo também esculturas produzidas com tapetes e panos, que se pensam terem sido usados pelo artista para limpar o ateliê. Robert Lubar Messeri explica que esta escolha artística aponta para a 'arte povera', um movimento artístico de origem italiana que utilizava materiais não convencionais na pintura.
A mostra inclui ainda um filme do fotógrafo catalão Francesc Catalã, que demonstra o processo de criação e destruição das telas queimadas de Miró.