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Sob o signo da “Intercepção”, Zabra Records reúne artistas em galeria virtual

Num tempo marcado pela intermitência e pela necessidade de se reinventarem grande parte das práticas…

Texto de Ricardo Gonçalves

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Num tempo marcado pela intermitência e pela necessidade de se reinventarem grande parte das práticas artísticas mais convencionais, a Zabra Records acaba de lançar uma compilação de temas musicais, pensada a partir da ideia de uma galeria de arte imaginária, onde diversos trabalhos de videoarte, instalações e performance ecoam como elementos de inspiração.

A completar dois anos de existência, a editora de música eletrónica e experimental viu, no momento atual, a justificação mais do que necessária para juntar artistas em volta de um projeto, conceptualizado pelo artista visual João Pedro Fonseca, a que chamaram Intercepção.

“Durante esta quarentena conceptualizei 10 peças imaginárias, com rascunhos, conceitos e imagens construídas por mim, em volta de um tema: ‘Intercepção’. Neste sentido, convidei 10 músicos a interpretarem musicalmente uma das peças que lhes distribuí individualmente para dar a atmosfera”, explica ao Gerador o artista, que aqui assume a posição de curador.

Aproximando-se das linhas de um projeto arquitetónico em desenvolvimento, é possível descobrir através de uma visita virtual temas de Aires, Bliss Currency, Cucina Povera, Evitceles, Galtier, Herbert Quain, i-ne-s, KuTHi JiN, Lachrin e VVTNSS. Entre as diversas salas, os temas confluem entre si criando pontos de diálogo, sustentados por diversas imagens e pequenos textos que acompanham este exercício de passagem entre a experiência exclusivamente sonora para a visual.

A compilação conta com temas de cinco músicos nacionais e cinco internacionais

“Cada músico foi provocado por um projeto fictício diferente, com a descrição de uma possível peça ou exercício, com hipóteses físicas e conceitos teóricos de como poderia ser na realidade. Os esboços desses projetos fictícios incluíam videoarte, pintura, imagens roubadas e encontradas, instalação e performance. Através desses materiais diferentes, cada músico trabalhou na sua própria interpretação”, pode ler-se na sinopse da compilação.

Tendo em conta a experiência provocada por esta “exposição virtual em processo”, João Pedro Fonseca sublinha ainda que, na impossibilidade de se poderem visitar, fisicamente, galerias de arte , o visitante e ouvinte deste espaço pode, através da música, das keywords e das imagens, imaginar “o esquema da galeria e as peças”, que dão forma ao espaço, conferindo-lhe um carácter de descoberta e autonomia.

A compilação – que marca o 10º lançamento da editora – disponibilizada esta sexta-feira, pode ser ouvida e visitada durante todo o mês de maio. A partir de junho, a compilação passa a estar disponível nas plataformas tradicionais, como o Spotify ou o Bandcamp.

Para além do conceito, artwork e curadoria de João Pedro Fonseca, Intercepção conta com texto e curadoria adicional de Manuel Bogalheiro e revisão de Filipa Henriques.

Texto de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografia de João Pedro Fonseca

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