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Solar abandonado em Viana do Castelo vai acolher “polo difusor de cultura”

Um antigo edifício do Estado em Viana do Castelo devoluto há 10 anos, que chegou…

Texto de Carolina Franco

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Um antigo edifício do Estado em Viana do Castelo devoluto há 10 anos, que chegou a ser vandalizado, vai ser transformado num "polo difusor de cultura", inspirado no modelo de fundações como Serralves, da Gulbenkian e até da Cupertino de Miranda. O imóvel encontra-se situado junto à Escola Secundária Maria Maior, frequentada por mais de 700 alunos.

"Queremos criar um polo difusor de cultura, arte, educação e de justiça social inspirado no modelo de Serralves", afirmou no dia 16 de abril à Lusa o presidente do conselho de administração da Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, José Luís Carvalhido da Ponte.

Em causa está o solar dos Quesados, vendido por 681 mil euros à Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, na primeira hasta pública descentralizada de edifícios devolutos do Estado, que se realizou na sexta-feira em Paredes de Coura. O solar dos Quesados foi ocupado até 2009 pela extinta Junta Autónoma das Estradas, atual Infraestruturas de Portugal. Em novembro de 2015, o imóvel foi parcialmente destruído por um incêndio e, em junho de 2017, encontrava-se sinalizado pela Saúde Pública após ter sido ocupado por sem-abrigo.

Em declarações à Lusa, Carvalhido da Ponte referiu hoje que a Fundação quer "inspirar-se nos bons modelos" existentes no país, apontando, além de Serralves, no Porto, os exemplos da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e a Cupertino de Miranda", também no Porto, entre outros.

"Queremos criar um espaço à dimensão do solar dos Quesados e à dimensão de Viana do Castelo, mas inspirado nas coisas boas que se fazem no país", afirmou. Ainda assim, o responsável escusou-se a apontar um prazo e uma estimativa do investimento do projeto, que, frisou, "vai ser pensado, calmamente".

"Temos sede própria. Não estamos pressionados e por isso vamos trabalhar no projeto com tranquilidade", reforçou, acrescentando que, "ainda este ano, serão realizadas obras no exterior do solar para evitar que a degradação se acentue”. A intenção da Fundação é instalar naquele imóvel a sua sede para "ganhar dimensão e visibilidade".

"O espaço que ocupamos tornou-se pequeno para a nossa atividade. Estamos a romper pelas costuras e precisamos de um novo fato. Temos de dar o salto para transformamo-nos numa grande fundação", explicou. Carvalhido da Ponte adiantou ser necessária "uma galeria de arte e um auditório maiores" para acolher os eventos que a Fundação promove, bem como para expor o espólio que possui, "algum atualmente empacotado por falta de espaço".

"Ajudamos a resolver um cancro da cidade e queremos dar-lhe uma utilização nobre, compatível com a nobreza do imóvel", reforçou. Além de "polo difusor de arte, cultura, educação e justiça social, o projeto prevê a utilização do espaço a criar pelas associações culturais e escolas, entre outras instituições".

Em janeiro, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, chegou a anunciar que iria candidatar a reabilitação do imóvel a fundos comunitários para criar um espaço cultural ao serviço da comunidade.

A Fundação Caixa Agrícola do Noroeste foi criada em 2011 "com a finalidade de promover o mutualismo e ações de caráter cultural, educativo, artístico, social e filantrópico, na sua área geográfica de ação, que abrange o concelho de Barcelos (Braga) e o distrito de Viana do Castelo. A sua missão passa por “promover melhorias sustentáveis dos padrões de vida das crianças, jovens e  idosos" das duas localidades que abrange, como é possível ler no site oficial. Sabe mais sobre a Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, aqui

Texto de Lusa e Carolina Franco
Fotografia de Alina Grubnyak

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