O Teatro Viriato celebra, a 17 de janeiro, o “1 000 058 º Aniversário da Arte” num evento que reúne música, dança, performance e conversa.
O nascimento da arte tem como base o pensamento do artista francês, Robert Filliou, seguidor da corrente artística Fluxus, que a descreve como o momento em que “alguém deixou cair uma esponja seca numa tina com água”, há um milhão e cinquenta e oito anos. Desde então, artistas por todo o mundo celebram o acontecimento.
“Do Fluxus ao Vale do Côa, do futuro aos seus primórdios, é a arte em toda a sua potência, mutante e transformadora, que queremos celebrar o ano inteiro, certos de que quando uma árvore (ou uma pedra) se tornam arte e caem no meio de um vale ou de uma floresta — haverá sempre um artista para a ouvir e fazer ecoar!”, refere a diretora.
Ernesto Sousa, “defensor de uma ação artística experimental e livre”, foi o promotor da primeira celebração da arte em Portugal, no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) e será o padrinho artístico do evento deste ano juntamente com Isabel Soares Alves “como musa e mensageira” da obra do artista.
Assinalam-se as festividades, com uma programação escolhida por “referências incontornáveis de resistência e inovação artística e cultural no país" como caracteriza Patrícia Portela, diretora artística do Teatro Viriato, os parceiros Cine Clube de Viseu, a Companhia Paulo Ribeiro, o Museu Nacional Grão Vasco, a Sérgio Hydalgo/Galeria Zé dos Bois, o Carmo81, assim como Artistas Associados e Artistas Residentes.
O evento reúne “Brindes à arte”, “Introdução à Entrevista de Marina Abramovic sobre Ernesto de Sousa”, “O nascimento da arte (Desenho em tempo real e piano)”, “Fontelo (performance)”, o “Excerto de “Sinais de Pausa (dança)”, “In a landscape, de Jonh Cage (música eletrónica e piano)”, entre outros, que poderá consultar na programação e assistir no SubPalco, o palco digital do teatro no Youtube,
“Neste primeiro trimestre, abrimos o ano com a celebração do ‘1 000 058.º Aniversário da Arte’ e a partir daí brindaremos sempre ao encontro pela arte e pela palavra, tentando sempre manter a porta aberta, assim como todos os restantes canais de comunicação disponíveis, acaso a porta física do edifício tiver de voltar a fechar”, explica Patrícia Portela, diretora artística do Teatro Viriato.
Texto por Filipa Bossuet
Fotografia da cortesia do Teatro Viriato
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