No dia 7 de novembro de 2019, estreou nas salas portuguesas o filme Technoboss, de João Nicolau. Em agosto, o mesmo filme estreava na 72.ª Competição Internacional de Locarno, na Suíça. Em outubro, encerrava o doclisboa ’19, em Portugal. E no passado sábado, dia 16 de novembro, foi-lhe atribuído o Grande Prémio do Júri no Festival de Cinema Europeu de Sevilha, em Espanha, onde estavam 17 filmes portugueses a concurso, segundo comunicado do Instituto do Cinema e do Audiovisual Português (ICA).
Technoboss mostra a vida de Luís Rovisco, um sexagenário divorciado, no momento em que espera reformar-se das suas funções de diretor comercial da empresa SegurVale – Sistemas Integrados de Controlo de Circulação. “Espera sentado, a maior parte das vezes ao volante e a cantar sobre o que lhe vai passando à frente. De resposta pronta e sorriso fácil, é senhor de uma bagagem que lhe permite escapar de forma sempre airosa às armadilhas que a tecnologia, os colegas e um misterioso patrão ausente parecem semear-lhe pelo caminho. Nem a morte de Napoleão (um gato), nem uma persistente dor no joelho ou um desaguisado familiar o fazem soçobrar: não há mal que uma canção não vença. Mas diante de Lucinda, a recepcionista do Hotel Almadrava, a música é outra.” Assim é apresentado o filme pela produtora O Som e a Fúria.
Trailer de Technoboss, um filme de João Nicolau.
Luís Rovisco é interpretado por Miguel Lobo Antunes, antigo administrador da Culturgest. Em entrevista à Agência Lusa, Miguel Lobo Antunes garantiu que não é ator e que só decidiu fazer este papel por confiar em João Nicolau: "Ele disse que eu era capaz de fazer. Eu sou uma criação dele." Também à Lusa, João Nicolau disse que pretendia fazer um filme sobre um homem num carro mas que, apenas depois de escolher Miguel Lobo Antunes num casting, tomou a decisão de que a personagem seria alguém perto da reforma.
Technoboss reúne pessoas como a atriz Luísa Cruz no papel de Lucinda e os músicos Luís José Martins, Pedro da Silva Martins e Norberto Lobo na composição da banda sonora. Foi um filme apoiado pelo ICA, pelo PIC Portugal - Fundo de Turismo e Cinema, pelo FUNDO CNC–ICA de Apoio à Co-produção Franco-Portuguesa, e teve a participação da RTP , Cinémage 10 Développement, Creative Europe. Em dezembro de 2019, estreará em França, onde terá distribuição da Shellac, e, em março de 2020, estreará no Brasil, com distribuição da Vitrine Filmes.