Lisboa
20 a 28.04
“Heróis do Impossível” é o novo espetáculo apresentado pela Companhia João Garcia Miguel, a par da comemoração dos 50 anos do 25 de abril.
A transformação da sociedade que decorreu a partir deste marco da história de Portugal é aqui espelhada na vida íntima de um casal, interpretado por Catarina Wallenstein e Pedro Lacerda. Na dinâmica de mudança coletiva, há igualmente mudança no seio das relações familiares, homem e mulher ocupam novas condições e tornam-se símbolo dos percalços de um país que floresce custosamente. Estamos perante “a força dos opostos na sua máxima tensão”.
Festival de Poesia e Música de Foz Côa
Centro cultural de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa
23 a 27.04
Vila Nova de Foz Côa torna-se palco para poesia e música, na comemoração dos 40 anos do Festival e, simultaneamente, dos 50 anos do 25 de abril. A programação conta com 38 iniciativas que se estendem pelos campos da exposição, leitura, performance, apresentação de livros, a serem apresentadas no Pequeno e Grande Auditórios di Centro Cultural de Foz Côa.
Existe ainda uma outra iniciativa, o Comboio Literário que, distinguindo-se pela sua novidade, se assume como um espaço em movimento. Este Comboio partirá da Estação de S.Bento, no Porto, com chegada ao local do Festival. À medida que se atravessa o Douro, estar-se-á perante uma performance de poesia com cunho dos alunos do Balleteatro do Porto, acompanhados pelo ator Rui Spanger e pelo músico Blandino Soares.
De salientar também, a Ação de Formação que decorrerá a par da programação do Festival, destinada a docentes, assim como a Feira do Livro de Poesia promovida pela Snob Livraria e Editora.
Vida do Grande Dom Quixote de la Mancha e do Gordo Sancho Pança
Teatro do Bairro, Lisboa
25 a 28.04
O novo espetáculo a estrear no Teatro do Bairro Alto, “Vida do Grande Dom Quixote de la Mancha e do Gordo Sancho Pança” surge como uma transformação da obra de Miguel Cervantes, que aqui se assume como uma paródia e comédia musical.
A adaptação da peça ficou a cargo de Fernando Villas-Boas, e a encenação é de Maria João Luís. Ficámos a descobrir as duas personagens icónicas e as suas peripécias, através de um tom jocoso e satírico, aparecendo o Judeu como uma figura bufa e o companheiro Sancho Pança como bobo da consciência.
Vamos todos à Manif na Alameda
Alameda, Lisboa
26.04
O Vamos Todos à Manif na Alameda, é uma atividade de música, poesia e performance, que reúne várias escolas de Lisboa, desafiadas pela Escola Secundária de Camões, e que integra a ação a nível nacional Vamos todos à Manif, impulsionada pelo Plano Nacional das Artes, no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de abril.
Os jovens, previamente ouvidos em momentos de reflexão sobre democracia e os seus atuais desafios, manifestarão as suas ideias e desejos sobre educação, num encontro caoticamente poético, assente no discurso de Sophia de Mello Breyner, de 3 de setembro de 1975, na Assembleia da República, “A cultura influi radicalmente a estrutura social e política. E por isso a questão da liberdade da cultura é uma questão primordial. (...) A cultura não existe para enfeitar a vida, mas sim para a transformar – para que o Homem possa construir e construir-se em consciência, em verdade e liberdade e em justiça.”
Esta manifestação é, por isso, um exercício de cidadania, que pretende reconhecer que a democracia é construída com todos e para todos, e que decorre de uma educação em liberdade, assente na esperança de um futuro pleno de inclusão, justiça, equidade e beleza. Porque a poesia ainda pode derrotar discursos derrotistas.
Teatro Joaquim Benite, Almada
27 e 28.04
Rafael Alvarez, co-fundador e diretor artístico da BODYBUILDERS – Dança Contemporânea, acarreta já um extenso percurso profissional como coreógrafo, intérprete e cenógrafo. Tendo apresentado trabalhos fora de Portugal, na América, Médio Oriente, Ásia e África, traz agora ao Teatro Joaquim Benite a mais recente obra da sua autoria, “MONO-NO-AWARE”. A expressão que dá nome ao espetáculo pode ser traduzida como o “pathos das coisas”, termo japonês que pretende expressar a empatia para com as coisas mais efémeras. Tomando este sentido de sensibilidade como ponto de partida para o processo criativo, vemos nascer este projeto coreográfico que, apoiado na contemplação do tempo presente e da sua transitoriedade, na simultaneidade das ideias de um passado presente e futuro, transpõe através da dança e da arte plástica imagens de memória e emoção.
TRANSBORDA - Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada
Vários espaços, Almada
27.04 a 12.05
A TRANSBORDA - Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada, organizada pela Casa da Dança e liderada por Adriana Grechi e Amauri Cacciacarro, regressa este ano com a sua 4ª edição, trazendo espetáculos, laboratórios, performances e conversas.
Fruto da priorização de uma vertente internacional, é objetivo levar a Almada coreógrafos estrangeiros numa expectativa de intercâmbio e alargamento da perspetiva artística. Os convidados são encaminhados no sentido de ocupação de teatros e espaços públicos do Conselho, aproximando públicos locais, de diferentes contextos, com uma produção além-fronteiras.
O foco das criações reside na experimentação com o outro, no escutar dos corpos, do seu movimento conjunto, transpostos em danças que enaltecem a partilha, a memória e a cooperação.