Cardinal Virtue para abanar a consciência social
Hangar - Centro de Investigação Artística, Lisboa
até 28.02
Conhece o trabalho do artista Faisal Abdu'Allah que, no início dos anos 80, rompeu com as regras da representação institucional, selecionando os temas das suas obras a partir da utopia emigrada, da consciência social afro-britânica, da identidade muçulmana e da vida da classe trabalhadora.
Abdu'Allah tem exposto o seu trabalho por todo o mundo, participou na Bienal de Turim, na 55ª Bienal de Veneza e na Aqua Art Miami, tendo recebido vários prémios como o Joan Mitchell, Mayor of London Award, NEA e The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts. As suas obras fazem parte das colecções da Tate Britain, do V&A Museum, do MMoCA e do Chazen Museum. Podemos também encontrá-lo nos documentários "Live Salon with Faisal Abdu'Allah" (2006) e The Fade (2012).
Esta exposição individual está patente até ao dia 28 de fevereiro.
Uma pirâmide injusta a inspirar os Cassete Pirata
Teatro Joaquim Benite, Almada
10.02
Os Cassete Pirata são unanimemente considerados uma banda firmada na cena indie portuguesa. Do seu percurso discográfico fazem parte o seu EP homónimo de estreia (2017), e os álbuns A montra (2019) e A semente (2021). A sua sonoridade depressa se converteu na banda sonora dos muitos Verões em que percorreram milhares de quilómetros, apresentando-se nos festivais de música portugueses, de Norte a Sul.
Com o ano de 2024 reservado para uma digressão nacional, os Cassete Pirata estão já de olhos no próximo álbum original da banda. Nas próprias palavras de João Firmino (voz e guitarra), Margarida Campelo e Joana Espadinha (teclados e voz), António Quintino (baixo) e João Pinheiro (bateria), o álbum Semente veio consolidar um trabalho e um olhar acutilantes sobre a sociedade portuguesa.
João Firmino exemplifica que “lembro-me de na escola me ter deparado com um desenho de um triângulo que representava a estrutura de uma sociedade profundamente injusta, onde no topo se via uma classe dominante, em oposição a uma outra, que a suportava. Essa imagem de injustiça ficou-me na memória para sempre. As últimas décadas trouxeram lutas e discussões ferozes para descobrir, em democracia, como contrariar essa estrutura. Mudaram os actores mas a pirâmide mantém-se”.
Uma “Outra Tempestade” abre novas possibilidades
Teatro Nacional São João, Porto
15 a 18.02
A última peça de William Shakespeare, A Tempestade (1610-11), é o ponto de partida para Uma Tempestade (1968), de Aimé Césaire, um dos fundadores do movimento da negritude. Os dois textos transfiguram-se agora em Outra Tempestade, a nova criação do Teatro da Garagem, encenada por Carlos J. Pessoa.
Numa ilha remota, vivem Próspero e Miranda, o Duque de Milão e a filha, para aí lançados doze anos antes por um assombroso temporal. Com eles vivem Ariel e Caliban, escravos do Duque. O que Outra Tempestade propõe é ultrapassar a habitual dicotomia senhor-escravo, Próspero-Caliban, e lançar o navio do teatro para o mar aberto. Imaginemos que Miranda e Caliban se tinham juntado e tido filhos. Que novos mundos se descobririam a partir daí? Outra Tempestade é uma peça rodeada de possibilidades por todos os lados.
Café com Filmes “A Cidade Onde Envelheço”
Teatro Cine, Torres Vedras
15.02
Francisca, uma jovem portuguesa que mora há um ano no Brasil recebe a visita de Teresa, uma antiga conhecida com quem já tinha perdido contacto. Enquanto Teresa vive momentos de descoberta e encantamento com o novo país onde se deseja instalar, Francisca deseja voltar a Lisboa.
“A cidade onde envelheço” acompanha as aventuras de duas amigas e a profunda amizade que nasce entre elas e as obriga a lidar com desejos simultâneos e opostos: a vontade de partir para um país desconhecido e a saudade irremediável de casa.
Portugal, Brasil, 2016
Realização: Marília Rocha
Género: Drama
Duração: 98 min
Expresso Transatlântico chega a Guarda
Teatro Municipal da Guarda
15.02
A banda lisboeta que junta os irmãos Gaspar Varela na guitarra portuguesa, Sebastião Varela na guitarra elétrica e Rafael Matos na bateria, lançou o seu álbum de estreia no final de 2023 e tem recebido os maiores elogios do público nacional e internacional.
Com uma sonoridade influenciada por ritmos da música popular portuguesa, brasileira e africana, o trabalho de estreia destes jovens músicos revela a banda sonora de uma Lisboa com vista para o mundo.