“Toda a gente tem vontade de trabalhar a acessibilidade. Não há ninguém que não queira trabalhar a acessibilidade. De todas as minorias é a mais fácil de trabalhar porque não há quase que xenofobia. Existe capacitismo, mas não há xenofobia. E o capacitismo faz parte de quem é assimilado pela cultura e pela sociedade, é inconsciente. Mas quando tu apresentas um orçamento… ui, é dramático.”
Nesta Entrevista Central, recebemos Tiago Fortuna, cofundador da Access Lab, uma start-up de impacto que trabalha o acesso de pessoas com deficiência e surdas à cultura e ao entretenimento enquanto direito humano fundamental.
“A acessibilidade, a inclusão e a diversidade deve ser remunerada e tem custos como qualquer outra área.” Mas, em Portugal, “quase que não há uma base de economia para estas questões”, afirma.
O trabalho que a Access Lab tem realizado ao longo dos últimos dois anos é o principal foco desta conversa, onde conversámos também sobre a pop como meio de democracia cultural, ou do papel dos artistas na promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Tiago Fortuna co-fundou a Access Lab em 2022 para garantir o acesso de pessoas com deficiência e Surdas à cultura. A start-up de impacto trabalha planos 360º, que cobrem capacitação, consultoria, mediação e estudos de impacto. Antes, foi assessor de imprensa na LiveCom. Licenciou-se em Ciências da Comunicação pela FCSH-UNL, onde também se pós graduou em Comunicação de Cultura e Indústrias Criativas. Tem escrito crónicas no Expresso, ECO e Shifter sobre deficiência e cultura.