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Tiago Manquinho: “Toda a gente tem algo valioso que pode ser apresentado em palco”

Numa edição que assinala três décadas de festival, a Quinzena de Dança de Almada regressa à cidade de 22 de setembro a 9 de outubro. Prometendo um programa internacional e diverso de espetáculos e videodança, o evento inaugura com uma produção inédita de Tiago Manquinho, coreógrafo convidado da companhia anfitriã, com quem o Gerador esteve à conversa.

Texto de Analú Bailosa

Fotografia de Bettina Stöß

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Em destaque no 30º festival da Companhia de Dança de Almada também estão duas peças do projeto WOMAN MADE, da italiana ArtGarage, e a estreia nacional da britânica James Wilton Dance, com a apresentação de The Four Seasons. Representante do plano nacional, Margarida Belo Costa assume-se como criadora e intérprete de Faustless, sobre o papel da mulher enquanto protagonista de vários episódios entre o bem e o mal. Junto à coreógrafa está Tiago Manquinho, que assina o espetáculo que abre o festival, no Teatro Municipal Joaquim Benite, com sessões nos dias 22 e 24 de setembro.

Radicado na Alemanha desde 2000, Tiago conclui, no evento, um período de residência artística em Almada, na qual desenvolveu “Agarra a minha mão e…”, produção que procura refletir sobre a vulnerabilidade humana em tempos de descrença. Em videochamada, o coreógrafo explicou-nos a filosofia por trás das suas criações e projetos de dança comunitária e falou sobre a relevância da Quinzena.

Gerador (G.) – Deixaste de ser bailarino e passaste a ser coreógrafo em 2017. Como foi essa transição?

Tiago Manquinho (T. M.) – Foi uma transição suave, porque eu já coreografava há muitos anos como bailarino, em pequenas produções, solos e duetos. Em 2015, fui para o teatro Braunschweig como bailarino e coreógrafo residente, já sabendo que ia deixar de dançar dois anos depois. Foi uma escolha natural, uma altura de chegar e dizer "ok, se queres coreografar, tens que te concentrar nisto". Não consigo dançar e coreografar. Fiz um solo uma vez para mim, mas nunca dancei mais nenhuma peça minha e, em princípio, não o vou fazer. Acho que é um trabalho muito diferente, muito exigente e tenho muito respeito pelos colegas que conseguem fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Tem que ver com o investir num determinado trabalho, ter tempo, dedicar-se e descobrir a sua própria linguagem. Isso, às vezes, obriga um pouco a um tamanho distanciamento do trabalho de outros, pelo menos no corpo. Eu vejo muitas peças, muitas coisas, mas numa perspetiva diferente. Eu gosto de dizer também que passei a carreira toda a tentar descobrir porque é que eu danço e, quando descobri, deixei de dançar e comecei a coreografar.

G. – O teu objetivo sempre foi ser coreógrafo ou também foi algo natural?

T. M. – Não, nunca pensei nisso. Comecei a coreografar também por acaso e em projetos. Fiz muitos trabalhos de dança de comunidade, desde 2007, e aí ganhei muita experiência. Inclusive, as maiores produções que eu fiz inicialmente eram com não profissionais.

A razão pela qual eu danço é porque quero comunicar e tocar as pessoas com o corpo, e, como coreógrafo, tenho mais ferramentas do que só o meu corpo – tenho mais corpos e acesso a um potencial todo de pessoas que não só eu para contar uma história e trazer o público a lugares emocionais.

G. – A tua biografia menciona algumas influências por trás da tua assinatura artística. Como é que defines essa identidade? Há um ponto comum em todas as tuas criações?

T. M. – O comum a todas as minhas criações é o que as torna muito diferentes também. O que elas têm em comum é que eu me concentro muito no conteúdo do que estou a trabalhar. Tenho um tema, mais abstrato ou mais concreto, e a história da peça é o que define como é que a peça vai ser. Naturalmente, os bailarinos e a equipa artística toda também têm uma influência muito grande no resultado final. É claro que há a minha linguagem e as minhas preferências estéticas, mas muita coisa é priorizada de acordo com aquilo que nós queremos levar ao público. Através disso, também a nível estético, há outros espaços que se abrem e isso para mim é muito interessante, porque eu gosto do desafio de descobrir e experimentar coisas. Desde que seja consequente do contexto da peça e que a equipa e os bailarinos transportem isso consigo, para mim é legítimo, posso deixar acontecer. Às vezes há surpresas e a peça chega a um ponto diferente daquilo que eu alguma vez podia imaginar e isso é muito giro.

Tiago Manquinho em residência na Companhia de Dança de Almada. Fotografia da cortesia de Companhia de Dança de Almada
G. – Falaste sobre a tua contribuição em projetos de dança comunitária. Que iniciativas são essas?

T. M. – Eram projetos anuais desenvolvidos pela companhia onde eu estava como bailarino. Na altura, foi a primeira companhia em que os próprios bailarinos, não externos, coreografaram com não profissionais. Era uma produção de seis semanas com cerca de 100 pessoas em palco.

Eu fui fazendo esse trabalho e, quando deixei de dançar, fui convidado para fazer outros, tanto para as mesmas como para outras companhias e teatros que têm iniciativas semelhantes. Em dois deles eu tinha a direção artística do projeto todo, noutros tenho responsabilidade coreográfica, às vezes em equipas grandes, outras sozinho, mas muitas vezes em parceria, que é o mais interessante. Sempre produções com grandes números de participantes – tivemos uma com 400 pessoas. A única mais pequena foi com nove, que vamos agora, no final do mês, levar ao maior festival de dança comunitária na Alemanha, com seis peças.

G. – Há algo nesses trabalhos com a comunidade que pode ser interessante de aplicar num contexto coreográfico profissional?

T. M. – Eu não posso, com um não profissional, entrar à espera de um determinado trabalho técnico ou de uma fisicalidade de um corpo que faça aquilo que eu preciso, com uma ideia fixa de movimento. Até posso, mas tem de ser, digamos, com uma expectativa muito baixa, porque perco tempo e, a nível pedagógico, não é o melhor estar constantemente a mostrar que aquilo que estou a dizer as pessoas não conseguem fazer. Há uma série de aspetos que nos levam a ter de ter, como coreógrafos, uma abertura muito grande para as pessoas que estão à nossa frente e a descobrir o valor do movimento delas noutro sítio além da técnica. Esse sítio é a personalidade.

Num projeto de comunidade, temos 100 pessoas onde a maior parte nunca teve contacto com dança, teatro ou nada, que vêm dos mais diversos sítios e são desde jovens delinquentes, a refugiados, imigrantes, desempregados de longa data e crianças – todos os grupos possíveis e imagináveis. Essas pessoas trazem histórias fascinantes no corpo, e não é nem a história pessoal em si, mas a linguagem do corpo. Não é se eu levanto a mão, mas como eu levanto a mão e como aquela pessoa levanta a mão.

Isso é muito útil no meu trabalho com os profissionais, porque tento ver os profissionais não como profissionais, mas como pessoas. Às vezes, os próprios bailarinos têm dificuldades em aceitar isso, porque é uma forma diferente para alguns, porque exige mais envolvimento pessoal. Eles não podem estar sempre escondidos atrás da técnica e daquilo que aprenderam, têm de se expor, é muito mais rico. Sei que a peça vai ser sempre única porque eles são únicos.

G. – E que respostas têm essas produções comunitárias?

T. M. – Para os participantes é um projeto fascinante. Conheci uma senhora que teve um acidente de automóvel e um problema cerebral como consequência, e que, durante o projeto, sentiu um estímulo físico e emocional, de tanta gente a acreditar nela, que ela descobriu capacidades que pensava que tinha perdido. Tem muito que ver com a autoestima e com acreditarmos de facto, e eu nisso acredito, que toda a gente tem algo valioso que pode ser apresentado em palco – nem sempre é arte, fazer daquilo arte é outra coisa. Na expressão de dizer que toda a gente é artista, esquecemos a parte técnica, que é importante, mas nós damos também o mínimo destas ferramentas e o resultado é artístico. Se eles são artistas é uma discussão para outro momento, mas eles são parte do processo artístico e da componente artística. Sentir isso como pessoa que nunca esteve em palco significa muito e é um presente excelente para nós.

G. – Esses projetos estão todos na Alemanha ou também há algum em Portugal?

T. M. – Até agora, tem sido na Alemanha. A Alemanha tem vindo a investir muito nessa direção nos últimos 15 anos. Por acaso gostava de fazer um projeto desses em Portugal, mas é algo que, logisticamente, é muito complicado. A parte mais fácil até é a coreografia. É uma questão de dinheiro e de estruturas que permitam apoiar isso. Mas eu acho que sim, tem havido algumas iniciativas de colegas que fazem esse trabalho cá, portanto é possível.

Ensaio do espetáculo "Agarra a minha mão e...". Fotografia da cortesia de Companhia de Dança de Almada
G. – Também idealizaste, a Act:on. É uma iniciativa na mesma linha de ação?

T. M. – É uma mistura. Eu faço muitos trabalhos de comissões, em que sou convidado para fazer uma peça, mas tento também, quando estou em casa e quando tenho tempo, desenvolver algumas estruturas e fazer uma produção independente, mesmo do zero, desde o financiamento.

Paralelo a isso há um projeto em que estive dois dias no estúdio com dois colegas bailarinos com deficiência. Eu dava informações e eles improvisavam, estivemos só a brincar para descobrir pontos comuns, formas de trabalho e métodos de trabalho para bailarinos com deficiência. Isso é outra coisa que tento incluir nas minhas produções, como no Echogedicht, em que tivemos uma bailarina com paralisia parcial da coluna, que não consegue andar sem a cadeira de rodas, mas que está em palco o espetáculo todo sem qualquer ajuda. Vendo a peça, a pessoa percebe a mais-valia que essas pessoas trazem para o nosso trabalho, que não só o virtuosismo técnico é relevante, mas também a personalidade, as histórias e as diferentes fisicalidades que nos trazem para mais perto da narrativa real da sociedade. O conceito por trás da Act:on é a interligação entre as próprias produções e projetos com uma componente social maior. Agora está um pouco de molho por algumas questões estruturais, mas é algo que vai continuar a crescer.

G. – Também é uma ideia recente, certo? Do ano passado.

T. M. – Sim. E alguns projetos que eu tenho feito dentro desse contexto não são divulgados porque são de pesquisa, de preparação para outros projetos. Provavelmente vou fazer agora, de janeiro a junho, uma investigação de cinco meses, sobre o trabalho com bailarinos e artistas com deficiência. Isso será divulgado mais a nível interno, entre os especialistas, mas depois vai servir como base para um futuro trabalho. A Alemanha tem esse luxo, e agora, com a pandemia, muito mais trabalho investigativo pôde ser feito e financiado, o que nos dá o fundamento para o trabalho performativo, mais tarde.

G. – E agora sobre a Quinzena de Dança de Almada, é a primeira vez que trabalhas com a Companhia de Dança de Almada? Como surgiu o convite?

T. M. – É a primeira vez que trabalho com a companhia. Já estive duas vezes na Quinzena como convidado, com dois solos, e sempre houve interesse em trabalharmos juntos, desde o início ficámos em contacto. Depois da última visita veio o convite para vir fazer uma peça para a companhia. Acho que gostaram do que viram (risos).

Cartaz do espetáculo "Agarra a minha mão e...". Fotografia de Tiago Manquinho
G. – Foi uma residência de quanto tempo?

T. M. – Sete semanas, mais ou menos. Estive cá quatro semanas antes do verão e duas semanas e meia agora. É um pouco diferente da Alemanha, porque nós lá trabalhamos o dia todo e os bailarinos aqui tem até às 14h, depois dão aulas e etc. O tempo foi quase a metade daquilo que é o normal para uma produção, o que tornou o processo um pouco desafiante, mas devo dizer que nada stressante, porque a equipa também é fantástica.

G. – Qual é a premissa do espetáculo “Agarra a minha mão e…”?

T. M. – Eu tendo a explorar temas muito escuros: o medo, sobre as câmaras de eco, a xenofobia, etc. Estou à procura do meu caminho para encontrar uma coisa mais leve, porque eu acho que precisamos, agora mais ainda. O convite quando estávamos a sair da pandemia e naquela de que vai tudo passar e melhorar. Fizemos a peça em abril, no início da guerra na Ucrânia, e acho que isso a tornou mais escura.

Tenho seguido a lógica do silêncio como falta de movimento, a inércia da altura da pandemia, por exemplo, quando vimos tanta coisa que não funciona na nossa sociedade que devíamos mudar e não conseguimos – estamos na mesma coisa e perdemos a oportunidade de mudar. De repente chego a esta situação: onde é que nós vamos buscar confiança? O texto já estava escrito antes da guerra e ficou ainda mais atual, infelizmente, mas nós já tínhamos essa falta.

Com o Iluminismo, a sociedade europeia deixa de ter a Igreja como resposta a tudo, o que é visto como um progresso. Passou a ser a ciência e a política, mas hoje começamos a ver que a política já não responde, porque há um descrédito de muitos atores políticos, e a ciência também começa a ser descreditada. Socialmente, há um processo de falta de crença, não no sentido de fé, mas de uma coisa para se agarrar, que nos dê aquela confiança no dia a dia para levantar e dizer que vai tudo correr bem.

Noutros continentes e noutros países, os povos aprenderam a encontrar uma mão para se agarrar na religião, nas comunidades, na alegria, na família, nas estruturas sociais. Nós deixámos de valorizar isso. Eu precisava trabalhar este tema e vincar um pouco da ideia de "ok, onde é que vamos?", sem estar a fazer uma de professor e dizer que é aquela a solução. Não há uma solução, cada pessoa tem de procurar a sua, mas acredito que o aspeto de comunidade permite-nos alterar as coisas para melhor.

G. – Como foi o processo criativo para traduzir tudo isso em dança?

T. M. – É um tema muito vasto e muito específico para cada pessoa. Eu trabalho de uma forma associativa, dou sugestões e o público agarra aquilo que se identifica consigo próprio.

Nós trazemos a imagem dos anjos caídos, de ver a nossa sociedade como anjos, uma proteção superior, que, de repente, caem no mundo real e são confrontados com dor, com amor e com outras emoções que não somos confrontados normalmente nesta intensidade. A segurança desaparece e aparece a vulnerabilidade, mas também uma beleza, o dar valor àquilo que temos. Tentamos trabalhar isso com imagens simples e fazer o público procurar esta vulnerabilidade em si próprio, esta constante necessidade de se aproximar e o lugar-comum.

Ensaio do espetáculo "Agarra a minha mão e...". Fotografia da cortesia de Companhia de Dança de Almada
G. – Tens acompanhado a preparação das outras produções da Quinzena? Estás curioso por alguma peça em específico?

T. M. – Gostaria muito, mas, infelizmente, não vou poder ficar, tenho de voltar para a Alemanha. Acho que a Quinzena representa um fenómeno quase único, pela continuidade e pelo formato, que traz coreógrafos mais estabelecidos, com mais trabalho, e coreógrafos emergentes, além da plataforma de videodança. Nesse sentido, tem um lugar único no nosso país. Uma companhia numa cidade como Almada, ou seja, sem ser Lisboa, conseguir ter uma oferta como essa, tem muito que ver com a cidade, mas muito mais com a equipa técnica que consegue este nível. Todos os intercâmbios que depois acontecem, as colaborações com outros teatros, com outras companhias e com coreógrafos, acho que são únicos, não só para o público, mas para a própria cena.

O Gerador é parceiro da Quinzena de Dança de Almada

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