Mais de 90 mil pessoas já visitaram a exposição “Prisma” do artista Vhils, que é composta por um conjunto de vídeos que revelam o quotidiano em nove metrópoles, de Lisboa a Xangai. A mostra, que foi inaugurada no final de março, está patente no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, até 5 de setembro.
“Nesta exposição, Vhils mostra uma proposta monumental e inesperada realizada em vídeo, uma das linguagens que tem vindo a aprofundar recentemente”, é explicado em comunicado. “Prisma”, é salientado na mesma nota, “guia os visitantes por uma interação imediata com realidades e situações do dia-a-dia de nove cidades estrangeiras: Cidade do México, Cincinnati, Hong Kong, Lisboa, Los Angeles, Macau, Paris, Pequim e Xangai”.
Esta mostra está patente na Galeria Oval do MAAT, que foi transformada “num labirinto urbano”, que proporciona uma “experiência imersiva, onde efeitos de escala, tempo e luz são manipulados”.
De notar que o processo criativo para esta exposição começou “há alguns anos”, mas teve o seu culminar durante a pandemia. “Com esta obra, o autor pretende refletir sobre o avanço das forças da globalização, que nem a estagnação da pandemia conseguiu travar”, é frisado, assim, em comunicado.
Na primavera, no arranque desta mostra, Vhils sublinhava que os trabalhos em questão eram também “uma reflexão sobre a crescente homogeneização das nossas sociedades: da perda de identidade em contextos urbanos e da complexidade dos desafios que enfrentamos hoje em dia. Uma afirmação sobre a igualdade, uma celebração da individualidade, e por fim, um apelo à unidade”.
Nascido em 1987, Alexandre Farto – conhecido pelo nome artístico Vhils – trabalha com várias galerias de renome, nomeadamente a galeria Vera Cortês, em Portugal, e a galeria Over the Influence, em Hong Kong e nos Estados Unidos. A sua obra encontra-se representada em diversas colecções públicas e privadas em vários países.
Já o MAAT foi inaugurado em outubro de 2016, assumindo-se enquanto “instituição internacional que se dedica a promover o discurso crítico e a prática criativa com vista a suscitar novos entendimentos sobre o presente histórico e um compromisso responsável para com o futuro comum.”