Já começou a 8ª edição do festival Westway LAB, organizado pela cooperativa A Oficina, que tem sede em Guimarães. Este ano, e por força da pandemia, as ações decorrem on-line, podendo ser acompanhadas através de streaming.
O programa, que se estende até dia 10 de abril, arrancou ontem com o Impala Campus, novo projeto europeu de formação para jovens profissionais da indústria da música. Para hoje está previsto o início das várias conferências, que irão acontecer durante todos os dias do evento. As sessões começam com a apresentação do plano plurianual do Foco Ibérico 2021-2022, às 16h, que irá incluir conferências bilaterais e projetos a ser desenvolvidos em 2022.
Rui Torrinho, programador artístico d’A Oficina, explica ao Gerador que a ideia destas sessões de debate ibérico é “lançar a semente de um processo de colaboração, no âmbito do setor da música, entre Portugal e Espanha”, a desenvolver na próxima edição. O responsável afirma que as conferências terão uma série de painéis, divididos em várias temáticas, e que juntarão profissionais de ambos os lados da fronteira para “discutir o estado das coisas mas sobretudo [para debater] o que pode ser o futuro”.
Com início dia 9, e a partir do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, terão lugar os concertos, que incluem nomes nacionais e internacionais. No primeiro dia de música – esta sexta-feira - está prevista a atuação dos Diabo a Sete, de Tristany e de Da Chick. A 10 de abril atuam os também portugueses Bicho Carpinteiro, Beatriz Pessoa e Pedro Lucas.
“Não quisemos abrir excessivamente o programa on-line porque acreditamos de facto que a força do Westway está na participação presencial. O que quisemos fazer foi manter essa força, de mostra e de promoção do talento nacional, com base na curadoria que resulta da parceria da Antena 3, com três bandas, e de um open cal do Why Portugal”, afirma Rui Torrinha.
Durante a tarde de sábado, está também marcada uma série de atuações internacionais, transmitidas numa emissão ininterrupta, na página Facebook do Westway LAB. Os showcases virtuais apresentarão projetos musicais de variadas origens, como Alicia Edelweiss (Áustria), Sofia Talvik (Suécia), TUYS (Luxemburgo), My Ugly Clementine (Áustria), Julia Bardo (Itália) e Pinpilinpussies (Espanha). Este leque variado de artistas “reflete as relações que o festival tem a nível internacional”, segundo Rui Torrinha.
O responsável disse ao Gerador que, apesar de tudo, a pandemia acaba por afetar aquilo que é o conceito do festival “no sentido em que há uma dimensão que não se pode realizar que são as residências artísticas”. “Nós promovemos encontros de artistas nacionais com estrangeiros, para trabalharem em conjunto e depois fazerem um showcase e este ano não pode acontecer isso”, refere.
Além disso, Rui Torrinha considera ainda que “é uma privação para o público não poder desfrutar da cidade”. “Há uma dimensão do festival que não se cumpre, que é uma dimensão de fruição e de encontro, que é extremamente valiosa. Isso fica por cumprir, mas esperemos que aconteça em 2022”, afirma.