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Isabel Ferreira: “Para fixarmos e atrairmos população, a palavra-chave é emprego”

Afinal, há trabalho e oportunidades para os jovens no interior? Tentámos encontrar a resposta a…

Texto de Flavia Brito

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Afinal, há trabalho e oportunidades para os jovens no interior? Tentámos encontrar a resposta a esta pergunta junto de Isabel Ferreira, secretária de Estado da Valorização do Interior. Encontrámo-nos por Zoom, algures entre Lisboa e Bragança, local de onde é natural e onde se encontra sediada a secretaria que lidera desde outubro de 2019.

“Hoje é possível ter uma vida profissional e uma vida pessoal próspera, a partir de qualquer parte do país”, assegura-nos a renomada cientista portuguesa, com carreira construída a partir de Trás-os-Montes, que nos fala da importância da inovação, da ciência e do empreendedorismo na dinamização dos territórios do interior, afirmando que “o interior, que antes era muito baseado no setor primário, na agricultura, na floresta, hoje é um interior com diversos setores de atividade, com uma diversificação da base económica”.

Isabel Ferreira sublinha que é preciso conhecer estas regiões para desconstruir “algumas imagens que já não correspondem à realidade”, admitindo, no entanto, que é também necessário melhorar os indicadores socioeconómicos daqueles territórios, bem como as acessibilidades, quer físicas, quer digitais, uma tarefa que, como diz, estará “sempre incompleta”.

Gerador (G.) – Sente que ainda existe algum estigma relativamente ao interior do país, que, por si só, é uma primeira barreira à sua valorização?

Isabel Ferreira (I. F.) – O estigma que existe, acho que é de quem desconhece o interior. E isso é um facto. Há muita gente que desconhece o interior e, portanto, também está ainda agarrada a algumas imagens que já não correspondem à realidade. Porque estes territórios têm evoluído enormemente nos últimos anos, nas últimas décadas, muito graças àquele que é o projeto europeu e alavancados por fundos europeus.

O interior de hoje é um interior com inúmeras oportunidades, é um interior atrativo e, cada vez mais, também consegue fixar mais pessoas e captar mais jovens. Mas, de facto, é algo em que temos de trabalhar, é na mudança dessa imagem que existe de um interiorcom que não me identifico, porque não é o interior que conheço, não é o interior onde sempre fiz a minha vida, nem é o interior que conheço agora, enquanto secretária de Estado; com exemplos de territórios onde existem hoje serviços públicos de qualidade, instituições de ensino superior – que permitem a qualificação das pessoas –, empresas, dinâmicas criadas pelas próprias autarquias extraordinariamente interessantes, não obstante, existirem ainda, no interior, territórios em que é preciso apostar em algumas infraestruturas mais básicas, nomeadamente, ligadas à cobertura digital, entre outras.

Para responder à sua pergunta, não utilizaria a palavra estigma, porque acho que já não corresponde de todo à realidade, mas há uma imagem que é preciso mudar, e isso só se muda se as pessoas, se todos os portugueses, conhecerem bem todo o país e todo o nosso território, que é diverso. É diverso e de enorme valor.

G. – Tenho falado com vários jovens naturais de territórios do interior. Há uma perceção de falta de oportunidades, por parte de muitos jovens, que vão para os grandes centros urbanos do litoral atrás daquela ideia de terem uma vida melhor...

I. F. – Quando é que isso acontecia? Há 40, 50, 30 anos, acredito. Eu própria também saí de Bragança para ir estudar na Universidade do Porto. De qualquer forma, hoje as oportunidades que os nossos jovens têm de escolherem uma instituição de ensino superior, por exemplo, em territórios do interior é diversa e é imensa. E isso também se deve a uma grande aposta deste Governo e do anterior, no sentido de diversificar a oferta formativa, apostar na cobertura territorial das universidades, mas muito dos politécnicos, que têm tido um papel muito importante na coesão territorial. As oportunidades hoje são totalmente diferentes, e a mesma coisa em termos de emprego.

Agora, encontramos no interior não só emprego público e ligado à administração pública, mas muitas oportunidades de emprego em termos do setor privado e alavancadas pela capacidade que estes territórios têm demonstrado, ao longo do tempo, de atrair empresas, mas também de estimular as próprias pessoas a dinâmicas de empreendedorismo ligadas à inovação, ligadas ao conhecimento. Portanto, o interior que antes era muito baseado no setor primário, na agricultura, na floresta, hoje é um interior com diversos setores de atividade, com uma diversificação da base económica.

Há vários exemplos. Vejamos o exemplo do Fundão, que tem uma especialização grande na área do digital, das tecnologias, das engenharias e que tem conseguido fixar e captar imensos engenheiros, imensos jovens qualificados, quer portugueses, quer estrangeiros. Ou, por exemplo, Ponte de Sor agora muito especializado no setor da aeronáutica. O caso de Bragança, de Vila Real, que são referências no domínio de toda a indústria agroalimentar, com um nível de inovação enorme, mais uma vez, juntando tecnologias, ciência, conhecimento aos recursos endógenos. De facto, o interior é muito rico em recursos endógenos, mas que precisam de ser alavancados com inovação, que leva necessariamente ao empreendedorismo, a atividades empresariais, e é isso que cria emprego. Porque para fixarmos e atrairmos população, a palavra-chave é o emprego.

Mas existem muitos outros exemplos. Na Covilhã, temos também uma especialização na área biomédica. E há tantos outros exemplos. Isto para dizer que o interior hoje é muito mais do que o setor primário. Tem indústria, tem empresas, tem diferentes setores económicos, que precisam de ser consolidados e, naturalmente, expandidos. Hoje é possível ter uma vida profissional e uma vida pessoal próspera, a partir de qualquer parte do país.

Não obstante, no interior, temos uma grande dicotomia entre aquele que é o mundo urbano e o mundo rural. Mas também hoje, para mim, é claro que tudo o que são serviços e estas dinâmicas de criação de emprego, naturalmente, se concentram em meio urbano. Isso é algo histórico, desde a evolução do Homem e do Homem primitivo, que tem tendência a aglomerar-se, mas é uma tendência sustentada em vários fatores que levam a uma maior qualidade de vida. Todavia, depois, esse meio urbano tem que estar em profunda articulação com as zonas rurais à sua volta e, se tivermos as nossas cidades, mesmo que mais pequenas, ou de dimensão média, com estas oportunidades de emprego, então, também todo o mundo rural beneficiará e poderão haver várias atividades mais ligadas ao setor primário, ou mais ligadas ao turismo, que podem ser feitas a partir do mundo rural, bem como agora toda a dinâmica associada ao teletrabalho, que poderá ser feita a partir de qualquer ponto do mundo.

Mas as pessoas podem também preferir habitar numa periferia, ou no mundo rural, e fazer a sua vida profissional numa cidade. Para isso, o que precisamos de garantir é conetividade, acessibilidades, mobilidade, e é nisso que temos de continuar a trabalhar, para que seja fácil a mobilidade, desde logo, a nível nacional e, depois, em cada ecossistema, em cada eixo urbano-rural. Porque isso, depois, também permite que as pessoas tenham um maior leque de escolhas e optem verdadeiramente por viver onde gostam. E, claro, que as preferências das pessoas são diferentes e estão também de acordo com a sua atividade profissional.

Portanto, se há alguns jovens que pensam que devem sair, isso também é desejável. É sempre bom experienciar novos ambientes, novas experiências. Isso é extraordinariamente importante, quer dentro de Portugal, quer fora. Mas que isso não seja porque não há oportunidade nos seus territórios. Claro que isso acontecia. Acontecia há muitas décadas. Agora, cada vez acontece menos. Estamos num caminho. Obviamente que é um caminho que tem de ser continuado e todas as medidas e as estratégias que pensamos para a valorização do interior têm de ser continuadas ao longo do tempo, para que se possa fazer esse caminho e para que este caminho seja irreversível. Ou seja, para que, de facto, não haja nenhuma pessoa que tenha de sair destes territórios por falta de oportunidade.

G. – Quem são os principais atores que contribuem para a implementação desta estratégia, para estas mudanças?

I. F. – Muito rapidamente, todos os atores locais. Porque todas estas políticas de coesão territorial e de valorização do interior, em particular, têm de se fazer numa lógica de baixo para cima, ou seja, numa lógica de proximidade, porque ninguém conhece melhor do que as pessoas que estão em cada território as mais-valias, as vantagens que podem explorar de forma sustentável. Mas também as dificuldades e os meios que precisarão para ultrapassar essas dificuldades. Portanto, os atores locais, que começam nas autarquias, que são extraordinariamente importantes, e todos os líderes que surgem no terreno e que também fazem a diferença.

Depois, os centros de conhecimento, a nossa academia, os politécnicos, as universidades, mas muito os centros de investigação, os centros tecnológicos, que têm mostrado um papel essencial no interior, e vemos como as cidades do interior evoluíram deste ponto de vista, das dinâmicas mais empreendedoras e empresariais ligadas à inovação. Isso faz-se porque, de facto, no território, há centros de conhecimento, que permitem, primeiro, a qualificação das pessoas, porque pessoas mais qualificadas são pessoas com mais competências, mais preparadas para desenhar estratégias de valorização do interior e, mais do que desenhar estratégias, também encontrar os meios que permitem implementar essas estratégias. Mas também [porque permitem] todas as dinâmicas ligadas à inovação e à transferência do conhecimento para o meio envolvente, para a sociedade, para o setor económico.

E, claro, as empresas, os produtores, as associações empresariais e as associações de produtores. Todos os atores locais são os mais importantes. Depois, diria também, cada um de nós. Cada um de nós que vive no interior e, sobretudo, os jovens, e as minhas palavras vão sempre para os jovens, porque acredito, tenho essa experiência, conheço todos os dias inúmeros exemplos de pessoas que fazem a diferença nos territórios.

Por isso, acredito que cada um pode fazer a diferença e sobretudo os jovens, que devem também lutar para que a sua vida profissional deixe uma marca no território, porque… O que é que é a riqueza de um território? É a riqueza das pessoas e, portanto, é sempre esta dinâmica que devemos trabalhar, para um objetivo único e coletivo. Cada um pode fazer a diferença se se empenhar, se acreditar, se apostar também na sua formação e se também estiver em conexão com o meio envolvente. Isso também é muito importante, olharmos à nossa volta, para o que existe no território, que tem potencial e pode ser explorado de forma económica, mas, claro, sustentável do ponto de vista ambiental.

G. – É preciso também valorizar as universidades e os politécnicos do interior? Pergunto isto, uma vez que a maior parte dos jovens do país acaba por optar por estudar no ensino superior em Lisboa, no Porto e em Coimbra.

I. F. – Este ano letivo, tivemos um aumento de 18 % dos alunos nas instituições de ensino superior do interior. E isso é um indicador que mostra bem a evolução destes territórios, mas também a aposta que o Governo tem feito nestas instituições. Hoje, o interior tem excelentes instituições de ensino superior e, dentro deste ecossistema das instituições de ensino superior, temos de considerar muitas dinâmicas e muitos centros ligados à investigação.

G. – Referiu há pouco a questão das acessibilidades e da conectividade. Lacunas nessas áreas estão a atrasar ou a prejudicar algumas dessas estratégias políticas que se procuram implementar? Por exemplo, a questão da Internet, de ainda haver locais com muita dificuldade de acesso à Internet, ou com baixo sinal. Os transportes públicos também…

I. F. – Pois, isso é essencial. As acessibilidades a dois níveis. As físicas e agora aquelas que estão na ordem do dia – já estavam antes da pandemia, ficaram mais sublinhadas agora durante a pandemia, e é um desafio absolutamente global. A nível europeu e aquilo que o nosso governo também traçou como prioridade é a questão da transição digital e, para isso, é preciso ter esta conetividade digital.

Em termos de acessibilidades, há sempre caminho a fazer. Há sempre algumas acessibilidades que devem ser completadas, e isso também vai acontecer agora a nível do Programa de Recuperação e Resiliência, em que está prevista também uma aposta, por exemplo, nas ligações transfronteiriças, ou os chamados missing links, portanto, percursos que faltava completar. Isso será sempre uma prioridade nossa e que, digo já, estará sempre incompleta. Porque há sempre mais necessidades do que aquelas que os recursos que temos nos permitem fazer. E isso é também a atividade governativa, é ter bem o diagnóstico de todas as necessidades e, depois, definir prioridades com base em critérios obviamente assertivos. Mas tem de se fazer prioridades.

No caso da conetividade digital, é essencial. Estamos absolutamente conscientes de que, sobretudo no mundo rural, do interior, ainda há um grande caminho a fazer, mas que o queremos fazer rapidamente e, por isso mesmo, no leilão do concurso 5G, está o compromisso de assegurar a cobertura de 75 % da população de cada uma das freguesias de baixa densidade até 2023 e 90 % até 2025. É uma meta extraordinariamente ambiciosa, e estamos também disponíveis para casa a casa, onde isso não acontecer, utilizar fundos europeus para colmatar essa falha e garantir a cobertura de rede fixa e móvel em todo o território. Isso é essencial para as dinâmicas importantes para o interior, que são as dinâmicas de proximidade. A telessaúde, os telesserviços, o teletrabalho, não se podem fazer se não tivermos esta garantia de cobertura digital.

G. – Durante a pandemia, muitas pessoas, por estarem em teletrabalho, regressaram ao interior e muitas outras optaram por ir também para estes territórios, por se sentirem mais seguras e terem outro tipo de vida. Não querendo falar em oportunidade, devido a tudo o que esta crise sanitária acarretou, pergunto se isto foi de alguma maneira uma janela aberta que agora é preciso aproveitar?

I. F. – Pois, é como diz. Claro que falar em oportunidade, quando esta pandemia trouxe e traz tanto sofrimento é muito difícil. Mas quando existem pandemias, ou quando existem condições adversas e excecionais, o mundo fica sempre diferente, e o mundo de hoje nunca será o mesmo que o mundo antes da pandemia. E, de facto, houve um olhar para os territórios do interior de forma diferente. Verificou-se a deslocação de várias famílias a trabalharem em regime de teletrabalho. Mas não só pela questão de procurarem territórios com mais espaço. Para além de mais espaço, estes territórios também oferecem qualidade de vida, porque senão as pessoas não se deslocavam. Oferecem serviços, oferecem tudo o que é necessário. O próprio conceito e a implementação do regime de teletrabalho em toda a Europa, em todo o mundo, também permitiu essas dinâmicas, de as pessoas poderem experimentar e terem essas opções na sua vida. É algo que temos de saber agora manter, consolidar, aperfeiçoar, e é uma enorme oportunidade. Temos conseguido atrair pessoas para o interior.

G. – Durante muito tempo, falou-se do interior como um território menos desenvolvido. É preciso começarmos a trabalhar num marketing mais positivo? Fazer a publicidade às oportunidades, ao estilo de vida…?

I. F. – Sem dúvida. Esta é a experiência que trago da minha vida e é a experiência que tenho, agora, enquanto secretária de Estado da Valorização do Interior. Nunca precisei de sair do interior para ter uma vida próspera do ponto de vista pessoal e profissional. Nunca. Aliás, sempre recusei sair do interior. Como eu, há muitos outros exemplos, e certamente que há também pessoas que fizeram o mesmo no litoral e outras que tiveram de sair do litoral.

Portanto, sem dúvida, temos de mudar essa imagem. Não pintando, obviamente, um cenário 100 % cor-de-rosa, porque isso não existe em nenhuma parte do mundo. E, já agora, quero dizer esta questão do desafio demográfico e dos indicadores de população, também quando falamos em baixa densidade, tudo isso é relativo. Porque, se estivermos a falar de baixa densidade na Escandinávia, os números são muito mais baixos do que os nossos. Não vamos ter as nossas cidades cheias de população, e também não queremos isso. O que queremos é que, independentemente do número de pessoas que exista em cada território, esse território tenha oportunidades, que dê oportunidades de fixar essas pessoas, de atrair outras que queiram ir para lá, sejam portugueses, sejam estrangeiros.

Os preconceitos nunca são bons em nada na vida, e o interior que temos hoje é um interior, sim, com menor densidade populacional, sim, com mais baixos indicadores socioeconómicos, e é aí que temos de trabalhar, melhorar estes indicadores socioeconómicos, porque, obviamente, se traduzem em mais qualidade de vida para as pessoas, e esse é o objetivo sempre mais nobre que todos temos. Continuar sempre a olhar para o país como um todo, assim como fazemos no contexto europeu. Isso é muito importante. Nunca deve haver políticas de centralização ou centralizadoras. Não gostamos disso, por exemplo, quando pensamos em Portugal no contexto europeu e, portanto, também não podemos querer, quando pensamos no interior no contexto nacional. Tem de haver um desenvolvimento harmonioso e equilibrado de todas as regiões. E para haver um desenvolvimento equilibrado, ou para haver um equilíbrio, só há dois caminhos: ou os fortes descem, ou os fracos sobem. Não queremos, obviamente, que os fortes desçam, portanto, temos que, nos territórios mais débeis, ou com indicadores mais débeis, ter políticas que garantam o seu aumento e que conduzam à prosperidade dos territórios. E a prosperidade é um território mais competitivo, nomeadamente, nestas dinâmicas empresariais e de criação de emprego, um território com mais conhecimento, enfim, um território com todas as condições, serviços, acessibilidades, sejam físicas, sejam digitais, que permitem uma qualidade de vida. E, assim, se cada pessoa puder escolher o sítio onde quer viver, por critérios diversos que não sejam a falta de oportunidades, isso é o desejável.

Esta entrevista está integrada na Bolsa Reportagens Essenciais "Sair do Interior... E voltar?". Lê a reportagem sobre a saída de jovens para os centros urbanos do litoral, na edição 34 da Revista Gerador, disponível na nossa loja online.

Texto por Flávia Brito
Fotografia da cortesia da secretaria de Estado da Valorização do Interior

Se queres ler mais entrevistas sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

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