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Curtas de Vila do Conde. Em julho o festival destaca a cinematografia de Ali Asgari e Farnoosh Samadi, Jacqueline Lentzou e Jorge Jácome

Entre os dias 16 e 25 e julho, o festival internacional dedicado à curta metragem…

Texto de Patricia Silva

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Entre os dias 16 e 25 e julho, o festival internacional dedicado à curta metragem regressa. Construindo-se em formato misto, entre a sala e o online, a relação com o cinema contemporâneo e a sua abordagem vanguardista debruça-se em realizadorxs referência como Ali Asgari e Farnoosh Samadi, Jacqueline Lentzou e Jorge Jácome.

"Criar novas formas de relação com o cinema contemporâneo" é o ponto de partida de mais uma edição do festival Curtas de Vila do Conde. Ultrapassando as mais diversas fronteiras de géneros, experiencialismos ou linguagem, a seleção de obras para a 29ª edição parte da dupla iraniana Ali Asgari e Farnoosh Samadi, da grega Jacqueline Lentzou e do português Jorge Jácome, que integrarão as secções não competitivas do festival, abrindo uma porta de entrada para o pensamento contemporâneo de uma nova geração de cineastas que levantam também novas leituras para problemáticas políticas dos dias que nos acompanham.

Os autores iranianos têm trabalhado não só no formato de curta como também de longa-metragem. Premiados em alguns dos mais prestigiados festivais de Cinema europeus, The Silence (2016) como Pilgrims (2020) são os resultados de colo colocar em evidência a problemática da identidade e da sua busca constante, "em que o sentimento de pertença (ou de ausência) afetiva e territorial surge em grande plano", lê-se no comunicado. Os argumentos dos artistas "podem ser resumidos em poucas palavras", sendo que os artistas realçam sobretudo a "dramaturgia dos corpos" e o "dramatismo dos diálogos". As "ressonâncias estéticas" realçam-se também no trabalho de Asghar Farhadi, pois a centralidade da feminilidade e da figura feminina ou, por exemplo, e mais concretamente, a exiguidade do espaço como método de densificação são realidades que o artista procura explorar.

Já Jacqueline Lentzou voltou-se para as estruturas e as relações familiares. A jovem estudou na The American College of Greece mas também na Royal Holloway College e na London Film School, ambas em Londres. É no seio da pequena família que as suas histórias ganham corpo e constroem "a provocação típica destes coming-of-age, a que normalmente sucede ou antecede um momento de tédio profundo, incorpora também a câmara de filmar que corre e salta e dança, em perpétuo movimento", lê-se em comunicado.

O realizador português Jorge Jácome que completa o cartaz do festival traz-nos, Past Perfect (2019) que resulta da adaptação da peça de teatro Antes, concebida por Pedro Penim. Da arqueologia de antigas discotecas devolutas em Fiesta Forever(2017) ao apocalipse botânico de Flores (2017), a obra do artista apresenta uma metodologia fortemente sensorial e impressionista, “fazendo uso de todo o artifício que a técnica lhe pode oferecer – colorizações, sobreposições, entre outros efeitos: o cinema como lugar de fantasia, de hipnose, construído a partir de derivas narrativas, relações improváveis e de encontros inusitados”, lê-se sobre o trabalho do artista.

Ainda sobre a programação geral, podes consultá-la na íntegra aqui.

O 29º Curtas Vila do Conde tem o apoio do programa MEDIA/Europa Criativa, da Câmara Municipal de Vila do Conde, do Ministério da Cultura, do Instituto do Cinema e Audiovisual e de vários parceiros imprescindíveis à realização do festival.

Texto de Patrícia Silva
Fotografia da cortesia do festival

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