Depois de retomado a 26 de junho, entre os dias 1 e 3 de julho, o Festival dos Capuchos assinala a reta final da sua programação, contando com nomes como Alexandre Kantorow, a Orquestra de Câmara de São Petersburgo e ainda António Pescada, Guilherme d’Oliveira Martins e a escritora Hélia Correia, que partilham as suas reflexões perante a literatura de Dostoievski, naquela que é a terceira e última conversa do ciclo que integra o festival.
Partindo do conceito "5 Séculos de História e 5 Séculos de Música” a viagem na criação musical que acontece desde o passado dia 11 de junho, no Convento dos Capuchos, apresenta um repertório musical dos séculos XVI a XVIII, que ultrapassa épocas como o Renascimento, o Barroco, o Classicismo.
A assinalar o começo do mês de julho, pelas 21horas, Alexandre Kantorow, o pianista que é intitulado como a "reencarnação de Liszt", apresenta um recital dedicado a Brahms, Liszt e Rachmaninov.


Alexandre tornou-se o primeiro pianista francês a conquistar a Medalha de Ouro no prestigiado Concurso Tchaikovsky em Moscovo e também o Grand Prix. Já tocou em grandes salas de concerto, como Royal Concertgebouw de Amsterdam, Konzerthaus Berlin, Philharmonie de Paris, Bozar em Bruxelas e também em diversos festivais prestigiados, como é o caso de La Roque d’Anthéron, Piano aux Jacobins, Heidelberg, etc. Toca regularmente com Valery Gergiev e a Orquestra Mariinsky de São Petersburgo.
Segue-se a Orquestra de Câmara de S. Petersburgo juntamente com Serguei Nakariakov, no dia 2 de julho, no mesmo horário.


Reconhecida como uma das instituições musicais russas de referência na cena internacional, a Orquestra de Câmara de S. Petersburgo foi fundada em 1990 por músicos diplomados do Conservatório de São Petersburgo. Marcando presença regular nas principais temporadas de concertos e festivais Europa, abarca um repertório desde o Barroco até à música do nosso tempo, tendo como diretor musical o maestro Yuri Gilbo.
A acompanhar a Orquestra está Serguei Nakariakov, considerado o mais brilhante intérprete atual de trompete e fliscorne (‘Flügelhorn’). Fez a sua primeira gravação com 15 anos e o triplo CD que editou na Warner/Teldec em 2012 é uma ilustrativa enciclopédia da extensão da sua arte, a qual já lhe valeu ser apelidado de ‘Paganini’ e ‘Caruso’ do trompete, pela forma como alia virtuosismo, requinte sonoro e expressividade.


O artista e a Orquestra irão juntar-se novamente no último dia de festival, 3 de julho, juntamente com Filipe Pinto-Ribeiro, maestro e diretor artístico do festival, num concerto de encerramento dedicado a Tchaikovsky & Schostakovich.
Ainda no dia 3 de julho, pelas 18h30, decorrerá o último ciclo de Conversas dos Capuchos, desta vez, voltada para Fiódor Dostoievski, que terá como mote, a obra Os Irmãos Karamazov, na qual retrata a angústia de um mundo sem Deus e outras inquietações da existência. Esta conversa reunirá o tradutor António Pescada, o administrador da Fundação Calouste Gulbenkian Guilherme d’Oliveira Martins e a escritora Hélia Correia.
Depois de se silenciar durante duas décadas, o festival volta a fazer-se ouvir contando com a promoção da Câmara Municipal de Almada, da DSCH Associação Musical, e ainda com o alto patrocínio do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.